Mário Gatti vai exportar modelo de atendimento

05/02/2002

O Hospital Municipal "Dr. Mário Gatti", em Campinas, iniciou um trabalho de documentação de seu modelo de acolhimento no pronto-socorro. A crescente demanda pelos serviços de emergência, no último ano, contribuiu para que o Hospital desenvolvesse um eficiente modelo de atendimento, pronto para ser "exportado" para outras instituições de saúde. O documento será apresentado no próximo Seminário de Saúde Pública que será realizado ainda este ano.

O modelo de acolhimento do Hospital ganhou impulso após convite recebido pelo Mário Gatti, feito pelo Comitê Técnico de Humanização de Serviços de Saúde, do Ministério da Saúde, para elaborar um projeto-piloto nessa área.

A Partir daí, o "Grupo de Humanização, formado por funcionários da área clínica e administrativa e por representantes dos usuários, passou a se reunir semanalmente.

Hoje, o Pronto-Socorro do "Mário Gatti" atende uma média de 14.500 pacientes por mês. Desse volume, 75% são pacientes que carecem de atendimento clínico. O restante necessita de encaminhamento para cirurgia.

Para atender essa demanda com eficiência no Pronto-Socorro, o Hospital implantou a "Classificação de Risco". Trata-se de um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. É importante lembrar que, nos casos de urgência, o atendimento é imediato, sem nenhuma espera.

Assim, a prioridade da assistência médica e de enfermagem é feita categorizando os pacientes em quatro níveis. Dependendo da situação, o paciente é remetido a uma ala do Hospital, identificada por uma cor.

A distribuição dos pacientes será feita, inicialmente, por meio dos agentes de triagem (ou acolhimento), que encaminharão cada um às áreas específicas, seguindo um protocolo baseado na queixa.

Doentes graves, que necessitam de atendimento médico e de enfermagem imediato, são encaminhados à ala Vermelha. Daí, ele pode seguir para o Centro Cirúrgico, UTI ou para a ala Amarela.

A ala Amarela, dotada de equipamentos de última geração e com atendimento de enfermagem 24 horas por dia, recebe doentes que necessitam ser atendidos o mais rápido possível, mas que não correm risco imediato de vida.

Para a ala Verde seguem os doentes em condições não-agudas, porém encaminhadas com prioridade ao atendimento médico. Ali o paciente pode ser mantido em observação enquanto é medicado.

Um dos objetivos principais dessa iniciativa é implantar um programa de humanização dos serviços de saúde. Pesquisa de Satisfação dos usuários, com relação ao atendimento recebido dos profissionais de Saúde, nas Enfermarias e Pronto-Socorro do Mário Gatti, realizada em dezembro de 2001, apontou índice de 95% na soma dos conceitos Ótimo e Bom.

Esse resultado, reflexo de um trabalho desenvolvido, com apoio do Governo Democrático e Popular, com transparência e valorização do serviço público, serve de indicativo de que o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti está no caminho certo para a implantação de um sistema de saúde que atenda às expectativas de todos.

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