Perigo da dengue desloca-se para outros bairros de Campinas

28/02/2002

A Coordenadoria de Vigilância e Saúde Ambiental da Prefeitura de Campinas divulgou nota, ontem, informando que, nas últimas semanas, verificou-se um deslocamento da epidemia de dengue, da região do Campo Belo, para outras áreas da cidade.

O percentual de casos verificados nesse bairro está diminuindo em relação ao total de casos confirmados, apesar de que 60% ainda estão concentrados nesse ponto, Região Sul da cidade. Os outros 40% dos casos estão distribuídos por outras áreas.

As principais áreas de transmissão, além do Campo Belo, neste momento, na Região Sul, são bairros como São Domingos, São José, Carvalho de Moura e Faria Lima. Na Região Noroeste, as área de risco situam-se no Balão do Laranja, com interface com o Santa Lúcia e Vila Rica. Na Região Sudoeste: área do DIC I. No Distrito Norte, merece atenção a área do Distrito de Barão Geraldo. Os mesmos cuidados devem ser dispensados à área de Souzas e Costa e Silva, na Região leste.

Para manter o monitoramento da epidemia, algumas ações são fundamentais:

manter níveis elevados de suspeição em todas as áreas da cidade e notificar todos os suspeitos. Além disso, a imprescindível a realização de busca ativa de suspeitos (se não for possível, pelo menos para todos os casos confirmados), com orientação e retirada de criadouros removíveis. O objetivo é avaliar a expansão da epidemia, descobrir novas áreas de transmissão e delimitar locais para intervenção.

Novos casos

O último relatório apresentado pelo Instituto Adolfo Lutz, dia 27 de fevereiro, confirmou 44 novos casos de dengue na cidade. Com esses números, Campinas registra um total de 380 casos da doença em 2002. Desse total, 277 são casos autóctones (contraídos no próprio município), 79 importados e 24 estão em investigação.

Dengue Hemorrágica

Foi confirmado em Campinas o terceiro caso de dengue hemorrágica. O paciente é uma jovem de 20 anos, procedente do Peru, em passagem por Campinas e atendida na Unicamp. Até o momento foram notificados à CoViSA sete casos de dengue hemorrágica, sendo três confirmados, um descartado e os demais em investigação.

Não houve ocorrência de casos graves e todas as evoluções foram para cura. Isso se deve, principalmente ao diagnóstico e intervenção precoces. Apesar disso, o número de notificações é pequeno diante do total de suspeitos de dengue. Para que a situação permaneça sobre controle é importantíssima a notificação de todos os casos suspeitos de dengue hemorrágica, de forma rápida (por telefone ou fax), para que sejam tomadas todas as medidas de controle imediatamente.

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