A Secretaria de Saúde
de Campinas dá continuidade, esta semana (de 10 a 14 de
fevereiro), às ações de combate a dengue em toda cidade. Mas
a região Sul recebe cuidado especial porque é lá que a doença
tem atacado mais e onde, desde janeiro, já foram confirmados 38
casos autóctones, sendo 33 na Vila Industrial e São Bernardo,
dois no Parque Figueira, 1 no São José, 1 no São Vicente e 1
na Vila Ipê. Também há oito importados.
Nesta
segunda-feira, 10, as equipes do Distrito de Saúde Sul promovem
busca de casos suspeitos de dengue na Favela Vitória, área da
Vila Ipê. Durante a ação, os agentes comunitários e outros
profissionais de saúde fazem a eliminação de criadouros. A
população ainda é informada sobre as maneiras de combater o
mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus da dengue.
Até o final da semana, as equipes ainda fazem um mutirão de
limpeza na Favela Vitória.
Na última
semana, houve mini arrastão na área do Parque da Figueira,
onde esta semana, as equipes prosseguem atentas aos casos
suspeitos e realizam ações educativas. Na área do Centro de
Saúde Faria Lima (que inclui Vila Industrial e São Bernardo)
os trabalhos de busca ativa e desinsetização estão sendo
intensificados. Na sexta-feira, 14, as atividades ocorrem no
Centro de Saúde São Vicente.
Na região
Noroeste, as equipes a Secretaria de Saúde iniciaram, nesta
segunda-feira, 10 de fevereiro, colocação de telas em caixas
d’água que estão sem tampas ou com tampas inadequadas. A
operação inclui limpeza dos reservatórios, aplicação de BTI
(larvicida biológico) na água de não consumo, vistoria de
casa em casa à procura de casos suspeitos e para retirada de
criadouros e ações educativas. As caixas d’água mantidas de
forma inadequada acabam se transformando em local de procriação
do mosquito da dengue.
Ainda na
Noroeste, nesta terça-feira, acontece arrastão na área do
Centro de Saúde Pedro de Aquino, conhecido como CS Balão do
Laranja. Na quarta-feira, 12, as ações de remoção de
criadouros ocorrem na área do Centro de Saúde Floresta.
Na região
Leste, o arrastão ocorre nesta segunda-feira, 10. Na quarta,
12, as equipes trabalham na área do CS São Marcos, região
Norte. Na quinta-feira, 13, as equipes do Distrito Sudoeste
trabalham num cata-bagulhos no Módulo da Vila União. A idéia,
segundo a coordenação do Centro de Saúde santa Lúcia,
responsável pelo Módulo, é que os agentes comunitário
trabalhem em regime de mutirão para que as atividades possam
ser mais produtivas e resolutivas.
A Secretaria de
Saúde também vem incentivando campineiros a tomar medidas
simples para identificar e eliminar os focos do mosquito. Em
toda cidade, agentes comunitários estão nas ruas diariamente
alertando sobre os perigos da doença. Cartilhas e panfletos
educativos são distribuídos nas cinco regiões do município.
Segundo
levantamento recente da Prefeitura, mais de 80% dos focos do
mosquito estão nas residências em vasos de planta, potes,
latas e em garrafas nos quintais. E, de acordo com a enfermeira
sanitarista Salma Balista, coordenadora da Vigilância e Saúde
Ambiental da Prefeitura, é muito fácil se livrar dos
criadouros.
"É necessário
só um pouco de boa vontade e atenção para transformar o
ambiente em um local livre de dengue. São medidas simples como
ajustar pratos aos vasos, manter garrafas de cabeça para baixo,
pneus cobertos, lixos e cisternas tampados e a caixa d’água
limpa e bem vedada", reforça.
Números –
Campinas tem registrados, desde janeiro de 2003, 42 casos autóctones
– contraídos na própria cidade - de dengue. Também há
registros de 25 casos importados – quando a pessoa é
infectada em outro município. Outros 4 casos ainda estão sendo
investigados. Na última semana, de 3 a 7 de fevereiro, por
conta da mudança no sistema de envio do Instituto Adolfo Lutz,
que realiza os exames, a Secretaria de Saúde recebeu resultados
de 17 casos positivos. Isto não significa, no entanto, que
todos sejam da semana passada.