Prefeitura intensifica ações contra a dengue na região Sul de Campinas

10/02/2003

A Secretaria de Saúde de Campinas dá continuidade, esta semana (de 10 a 14 de fevereiro), às ações de combate a dengue em toda cidade. Mas a região Sul recebe cuidado especial porque é lá que a doença tem atacado mais e onde, desde janeiro, já foram confirmados 38 casos autóctones, sendo 33 na Vila Industrial e São Bernardo, dois no Parque Figueira, 1 no São José, 1 no São Vicente e 1 na Vila Ipê. Também há oito importados.

Nesta segunda-feira, 10, as equipes do Distrito de Saúde Sul promovem busca de casos suspeitos de dengue na Favela Vitória, área da Vila Ipê. Durante a ação, os agentes comunitários e outros profissionais de saúde fazem a eliminação de criadouros. A população ainda é informada sobre as maneiras de combater o mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus da dengue. Até o final da semana, as equipes ainda fazem um mutirão de limpeza na Favela Vitória.

Na última semana, houve mini arrastão na área do Parque da Figueira, onde esta semana, as equipes prosseguem atentas aos casos suspeitos e realizam ações educativas. Na área do Centro de Saúde Faria Lima (que inclui Vila Industrial e São Bernardo) os trabalhos de busca ativa e desinsetização estão sendo intensificados. Na sexta-feira, 14, as atividades ocorrem no Centro de Saúde São Vicente.

Na região Noroeste, as equipes a Secretaria de Saúde iniciaram, nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, colocação de telas em caixas d’água que estão sem tampas ou com tampas inadequadas. A operação inclui limpeza dos reservatórios, aplicação de BTI (larvicida biológico) na água de não consumo, vistoria de casa em casa à procura de casos suspeitos e para retirada de criadouros e ações educativas. As caixas d’água mantidas de forma inadequada acabam se transformando em local de procriação do mosquito da dengue.

Ainda na Noroeste, nesta terça-feira, acontece arrastão na área do Centro de Saúde Pedro de Aquino, conhecido como CS Balão do Laranja. Na quarta-feira, 12, as ações de remoção de criadouros ocorrem na área do Centro de Saúde Floresta.

Na região Leste, o arrastão ocorre nesta segunda-feira, 10. Na quarta, 12, as equipes trabalham na área do CS São Marcos, região Norte. Na quinta-feira, 13, as equipes do Distrito Sudoeste trabalham num cata-bagulhos no Módulo da Vila União. A idéia, segundo a coordenação do Centro de Saúde santa Lúcia, responsável pelo Módulo, é que os agentes comunitário trabalhem em regime de mutirão para que as atividades possam ser mais produtivas e resolutivas.

A Secretaria de Saúde também vem incentivando campineiros a tomar medidas simples para identificar e eliminar os focos do mosquito. Em toda cidade, agentes comunitários estão nas ruas diariamente alertando sobre os perigos da doença. Cartilhas e panfletos educativos são distribuídos nas cinco regiões do município.

Segundo levantamento recente da Prefeitura, mais de 80% dos focos do mosquito estão nas residências em vasos de planta, potes, latas e em garrafas nos quintais. E, de acordo com a enfermeira sanitarista Salma Balista, coordenadora da Vigilância e Saúde Ambiental da Prefeitura, é muito fácil se livrar dos criadouros.

"É necessário só um pouco de boa vontade e atenção para transformar o ambiente em um local livre de dengue. São medidas simples como ajustar pratos aos vasos, manter garrafas de cabeça para baixo, pneus cobertos, lixos e cisternas tampados e a caixa d’água limpa e bem vedada", reforça.

Números – Campinas tem registrados, desde janeiro de 2003, 42 casos autóctones – contraídos na própria cidade - de dengue. Também há registros de 25 casos importados – quando a pessoa é infectada em outro município. Outros 4 casos ainda estão sendo investigados. Na última semana, de 3 a 7 de fevereiro, por conta da mudança no sistema de envio do Instituto Adolfo Lutz, que realiza os exames, a Secretaria de Saúde recebeu resultados de 17 casos positivos. Isto não significa, no entanto, que todos sejam da semana passada.

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