A Prefeitura de
Campinas interditou na última sexta-feira, 7 de fevereiro, duas
minas na região Leste da cidade, nos bairros Vila Nogueira e
Alto Taquaral. A água das nascentes oferece risco para a saúde
das pessoas. Análises solicitadas pela Secretaria de Saúde
apontaram contaminação por coliformes fecais nos dois locais.
Coliformes fecais são bactérias que habitam o intestino do
homem e de outros animais.
Além de
colocar placas informando que a água está imprópria para
consumo humano, agentes comunitários de saúde estiveram no
local para informar a população sobre os riscos das pessoas
desenvolverem doenças ao consumir o produto. Os Centros de Saúde
de Costa e Silva e São Quirino, que respondem pelas duas áreas,
também passaram a orientar a população.
De acordo com a
direção da Visa Leste (Vigilância em Saúde), muitos cidadãos
buscam água nas duas minas para beber. Alguns acreditam,
inclusive, que o produto pode curar. Isto tem feito com que
pessoas de outros bairros, inclusive, se desloquem até os
locais para buscar o produto. Alguns se recusam a acreditar que
exista contaminação e até a placa colocada no local na última
sexta-feira, 7, informando sobre a situação foi arrancada no
final de semana e teve que ser substituída nesta segunda, 10.
A Secretaria de
Saúde analisa a água das duas nascentes, de dois em dois
meses, há aproximadamente dois anos. Esta não é a primeira
vez que os locais são interditados. A Saúde já proibiu o uso
da fonte numa ocasião e a Sanasa num outro momento. A água das
duas minas continuará a ser monitorada pela Secretaria de Saúde.
A Prefeitura também verifica a necessidade de lacrar as
nascentes.
De acordo com o
médico sanitarista Vicente Pisani Neto, coordenador da Vigilância
Sanitária da Prefeitura, a população tem o hábito de
utilizar água de fontes alternativas para beber. "É um
risco. A água pode ser um veículo para transmitir micróbios
que causam várias doenças ao homem", diz. É importante,
de acordo com ele, que as pessoas sejam informadas que o produto
pode estar contaminado mesmo que aparentemente esteja livre de
resíduos ou cheiros.
Vicente diz
ainda que, além de bactérias e outros micróbios, com a expansão
da cidade, também há risco de que a água de nascentes esteja
contaminada por produtos químicos. O médico informa que a
Secretaria de Saúde é responsável por monitorar a água que
os cidadãos de Campinas consomem. Isto inclui também a água
da Sanasa.