Moradores da região Noroeste se unem a Distrito de Saúde para combater a dengue

12/02/2003

Profissionais do Distrito de Saúde Noroeste reuniram-se na última terça-feira, 11 de fevereiro, com representantes da população daquela região e da Secretaria de Serviços Públicos, no campus 2 da PUC-Campinas, para elaborar um plano de combate à dengue. A área Noroeste de Campinas registrou, este ano, três casos autóctones da doença e quatro importados. No mesmo período de 2002, foram 36 autóctones – quando a pessoa é infectada no local onde mora.

A região é referência para 154 mil moradores de bairros que ficam na abrangência dos Centros de Saúde Integração, Balão do Laranja, Perseu Leite de Barros, Ipaussurama, Florence, Valença e Floresta.

Na reunião, as pessoas aprenderam práticas de prevenção e combate à doença. O objetivo é que elas conheçam a realidade do município em relação à dengue e tenham meios de conscientizar os cidadãos para que eles divulguem na comunidade e dentro das suas casas os meios de prevenir o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus que causa a doença.

Mais de 60 cidadãos participaram do evento. Eles representavam Associações de Bairros, Conselhos Locais de Saúde, LBV (Legião da Boa Vontade), Escolas, Pastoral da Saúde e ONGs. Foram definidas ações, responsáveis por cada atividade e prazo para concretizá-las.

De acordo com a enfermeira sanitarista Eloísa Costa, coordenadora do Núcleo de Saúde Coletiva da Noroeste, foram definidas ações como utilizar jornais de bairro e rádios comunitárias para disseminar ações educativas sobre dengue. "Reuniões da comunidade como missas e cultos serão utilizadas para alertar sobre os sintomas da doença e precauções. Ações como cata-bagulhos em áreas limítrofes entre Centros de Saúde e Distritos serão intensificadas", diz.

Ainda, segundo Eloísa, medidas como controle para criadouros não removíveis, como calhas, caixas d’água e outros, serão incrementadas. A Vigilância em Saúde será mais rigorosa para aplicar medidas administrativas como notificações, advertências e multas nos casos de recusa à visita dos profissionais de saúde e nos pontos de risco para a dengue – borracharias, sucateiros etc. A coleta seletiva nos bairros será mais divulgada.

"Também vamos definir estratégias diferentes para domicílios fechados e recusas. Pretendemos trabalhar no final da tarde ou aos sábados e domingos. Domicílios livres de criadouros receberão um selo", afirma.

O plano também prevê intervenções políticas para destinar de maneira adequada pneus coletados, divulgação de mensagens sobre dengue em contas de luz e água e em holerites, manutenção de áreas públicas livres de criadouros com estímulo para que a população também colabore, incrementar campanhas educativas e elaboração de uma estratégia de controle da dengue que considere as particularidades de cada área. A cada três meses o plano será avaliado.

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