Profissionais do
Distrito de Saúde Noroeste reuniram-se na última terça-feira,
11 de fevereiro, com representantes da população daquela região
e da Secretaria de Serviços Públicos, no campus 2 da
PUC-Campinas, para elaborar um plano de combate à dengue. A área
Noroeste de Campinas registrou, este ano, três casos autóctones
da doença e quatro importados. No mesmo período de 2002, foram
36 autóctones – quando a pessoa é infectada no local onde
mora.
A região é
referência para 154 mil moradores de bairros que ficam na
abrangência dos Centros de Saúde Integração, Balão do
Laranja, Perseu Leite de Barros, Ipaussurama, Florence, Valença
e Floresta.
Na reunião, as
pessoas aprenderam práticas de prevenção e combate à doença.
O objetivo é que elas conheçam a realidade do município em
relação à dengue e tenham meios de conscientizar os cidadãos
para que eles divulguem na comunidade e dentro das suas casas os
meios de prevenir o mosquito Aedes aegypti, transmissor
do vírus que causa a doença.
Mais de 60
cidadãos participaram do evento. Eles representavam Associações
de Bairros, Conselhos Locais de Saúde, LBV (Legião da Boa
Vontade), Escolas, Pastoral da Saúde e ONGs. Foram definidas ações,
responsáveis por cada atividade e prazo para concretizá-las.
De acordo com a
enfermeira sanitarista Eloísa Costa, coordenadora do Núcleo de
Saúde Coletiva da Noroeste, foram definidas ações como
utilizar jornais de bairro e rádios comunitárias para
disseminar ações educativas sobre dengue. "Reuniões da
comunidade como missas e cultos serão utilizadas para alertar
sobre os sintomas da doença e precauções. Ações como
cata-bagulhos em áreas limítrofes entre Centros de Saúde e
Distritos serão intensificadas", diz.
Ainda, segundo
Eloísa, medidas como controle para criadouros não removíveis,
como calhas, caixas d’água e outros, serão incrementadas. A
Vigilância em Saúde será mais rigorosa para aplicar medidas
administrativas como notificações, advertências e multas nos
casos de recusa à visita dos profissionais de saúde e nos
pontos de risco para a dengue – borracharias, sucateiros etc.
A coleta seletiva nos bairros será mais divulgada.
"Também
vamos definir estratégias diferentes para domicílios fechados
e recusas. Pretendemos trabalhar no final da tarde ou aos sábados
e domingos. Domicílios livres de criadouros receberão um
selo", afirma.
O plano também
prevê intervenções políticas para destinar de maneira
adequada pneus coletados, divulgação de mensagens sobre dengue
em contas de luz e água e em holerites, manutenção de áreas
públicas livres de criadouros com estímulo para que a população
também colabore, incrementar campanhas educativas e elaboração
de uma estratégia de controle da dengue que considere as
particularidades de cada área. A cada três meses o plano será
avaliado.