A Secretaria de Saúde
de Campinas prossegue nesta quarta-feira, 19 de fevereiro,
mobilizada para acolher e prestar assistência às famílias
atingidas pelos alagamentos ocasionados pelo temporal da última
segunda-feira, 17. As equipes do Paidéia – Saúde da Família
que atuam nas áreas atingidas orientam as pessoas sobre como
limpar a residência, distribuem sacos de lixo, água potável,
luvas e hipoclorito.
Também
informam sobre o risco de doenças que podem ocorrer com quem
teve contato com as águas, quando procurar a equipe de saúde e
sobre como evitar acidentes. Todos os Centros de Saúde estão
arrecadando roupas, alimentos, colchões e calçados. E ainda
estão dando suporte para cadastrar e priorizar aqueles que
necessitam de cestas básicas.
Na região
Norte da cidade, de acordo com o Distrito de Saúde, 468 famílias
prejudicadas pelo temporal estão recebendo assistência das
equipes do Paidéia. Não há desabrigados. Todos já puderam
voltar para suas casas ou estão acomodados em residências de
parentes. Apenas a área rural de Barão Geraldo, onde está
instalado a Unidade de Saúde da Família do Village, continua
alagada. O Centro de Saúde São Marcos e a Unidade do Rosália,
que foram atingidos em parte, já atuam normalmente. No Centro
de Saúde Santa Bárbara, a energia elétrica e as linhas telefônicas
devem voltar a operar normalmente na tarde desta quarta.
Na região Sul,
as áreas mais atingidas estão na abrangência dos Centros de
Saúde da Vila Ipê, Esmeraldina, Orosimbo Maia, Paranapanema e
da Unidade de Saúde da Família do Parque Oziel. Todas as famílias
já puderam retornar para suas residências.
A situação
mais grave ocorreu no Jardim Tamoyo, no Esmeraldina. Entretanto,
as 42 famílias atingidas já retornaram para suas casas. Elas
receberam comida, colchões, cobertores, além de sacos de lixo,
luvas e hipoclorito. Agentes de saúde orientaram sobre
probabilidade de doenças, vacinação e como proceder em caso
de febre e/ou outros sintomas.
Na Noroeste, na
área do Centro de Saúde Florence, no Satélite Íris II, 15
famílias tiveram que deixar suas casas. Sete delas estão
alojadas na Escola Estadual Satélite II e as demais estão em
frente à cooperativa. Há risco de desabamento para sete residências.
No Núcleo Residencial Três Estrelas, no Florence II, 40 famílias
tiveram suas casas alagadas. Não houve necessidade de remoção.
Uma casa e a edícula de outra desabaram e as famílias foram
removidas para o residencial São Luís.
Na área do
Centro de Saúde Floresta, no Campinas Grande, cinco famílias
estão alojadas na Escola Estadual Antônio Nobre. No Centro de
Saúde Integração, 12 casas foram alagadas. Entretanto, não
houve necessidade de remoção dos moradores.
Na área do Balão
do Laranja, os núcleos Armet, Anchieta e Sapucaí foram
atingidos. Doze residências foram alagadas e uma desmoronou. As
pessoas estão em casa de familiares. A Defesa Civil avalia a
necessidade de interdição de outras residências. No Jardim
Novo Campos Elíseos e no residencial Jardim Palmares, área do
Perseu Leite de Barros, casas foram alagadas. Não houve
necessidade de remoção das famílias.
Vários Centros
de Saúde da região sofreram danos e necessitam de pequenas
correções. No entanto, apenas a Unidade de Saúde da Família
do Lisa está com atendimento interrompido. A medida foi necessária
porque a rua que dá acesso ao serviço foi destruída.
As equipes de
Saúde do Distrito Noroeste, além de orientações e apoio para
limpeza, estão promovendo vacinação contra tétano e
difteria. As atividades de remoção dos moradores estão sendo
feitas em parceria com Associação de Moradores e Secretaria de
Assistência Social. ONGs (Organizações Não Governamentais) e
ARs (Administrações Regionais) são parceiras na arrecadação
de alimentos, roupas e colchões para atender quem perdeu tudo.
Na região
Leste, as pessoas afetadas estão recebendo assistência em
casa, no caso das áreas alagadas, e nos abrigos providenciados
para atender as famílias atingidas. As mais atingidas são as
famílias da rua Moscou, Parque Imperador e do Beco de Sousas.
No caso dos abrigos, as equipes do Paidéia – Saúde da Família
estão visitaram os locais para identificar as necessidades das
pessoas. Os agentes comunitários de saúde orientam sobre a
limpeza do local, principalmente banheiros.
Os
profissionais de saúde desenvolvem ações educativas e
orientam sobre doenças como leptospirose, hepatite A, tétano e
verminoses. As pessoas estão sendo orientadas para vacinação,
como evitar acidentes e quando procurar a equipe de saúde.
Na região
Sudoeste, na área dos Centros de Saúde Dic 1 e São Cristóvão,
as equipes do Paidéia montaram uma rede de ajuda com o Conselho
Local de Saúde, Associação de Moradores e síndicos dos
conjuntos habitacionais para arrecadação de alimentos,
cobertores, colchões etc.
Os agentes
comunitários estão cadastrando famílias com maiores
dificuldades. Informações com relação a cuidados a serem
adotados para prevenção de doenças também estão sendo dadas
por meio de carro de som. Os profissionais de saúde se
organizaram para dar atenção especial a recém-nascidos,
gestantes e idosos.
Há dois
abrigos na área do CS Dic 1 e 1 na área do São Cristóvão. A
alimentação dos abrigados do Dic 1 está sendo feita no Centro
de Convivência Tear das Artes, equipamento da Secretaria de Saúde.
Na área do CS
Aeroporto, as equipes do Paidéia colaboram na limpeza do abrigo
da casa da Sopa. Os profissionais ainda trabalham na identificação
e encaminhamento da população em risco, desabrigados ou
desalojados. Nos CSs Dic 3 e Vista Alegre, as famílias
atingidas estão recebendo atenção, orientações e apoio e
visita das equipes.
Os Centros de
Saúde estão orientando que a população não busque água em
minas ou nascentes porque há risco de contaminação.