Desde o último
dia 17, cerca de vinte funcionários do Mário Gatti participam do
Projeto Aprender não tem Idade, de alfabetização de
trabalhadores do serviço público. As aulas são realizadas
diariamente, das 7h30 às 9h, na Unidade de Saúde do Trabalhador
(UST).
O projeto é uma
iniciativa da Fundação Municipal para Educação Comunitária,
que trabalha em parceria com as Secretarias Municipais de Recursos
Humanos, da Saúde, de Cultura, de Serviços Públicos e com o
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais.
O projeto teve início
em março de 2002 e conta atualmente com 125 alunos matriculados,
distribuídos em sete turmas: DESP, DPJ, AR 2, AR11, SETEC,
Subprefeitura de Nova Aparecida e DLU.
O objetivo do
programa é erradicar o analfabetismo no serviço público
municipal e garantir políticas de valorização dos (as)
trabalhadores e trabalhadoras.
De acordo com os
dados obtidos no Recadastramento 2002, a Prefeitura tem 113
trabalhadores que se declararam analfabetos e 722 com educação básica
(até 4ª série) incompleta. Além disso, 850 servidores
estudaram até a 4ª série (ensino fundamental completo) e 720
com ensino de 5ª a 8ª série incompletas.
Ensino
fundamental
Já estão
abertas as inscrições para os servidores interessados em
concluir o ensino fundamental (5ª a 8ª séries). Esse curso foi
desenvolvido pela Escola de Governo e Desenvolvimento do Servidor
(EGDS).
Maiores informações
com as gerências de cada unidade. O comprovante de escolaridade
é o único documento necessário para a matrícula. Maiores
informações pelo telefone 3735-0156.
Motivação
A Costureira
Maria das Graças Heleotério, 50 anos, conta que aprender a ler e
a escrever significa a realização de um grande sonho. Ela
explica que, como a maioria das crianças, chegou a se matricular
em uma escola primária no município de Novo Cruzeiro, interior
de Minas Gerais. "Os tempos eram difíceis e tive que deixar
a escola para ajudar os pais no sustento da casa", relata
Maria das Graças.
Hoje, matriculada
no curso de alfabetização do Mário Gatti, a costureira é aluna
assídua e já começa a escrever as primeiras palavras.
"Estou muito entusiasmada e meu filho de 21 anos está me
dando o maior apoio", afirma.
Da mesma forma, o
trabalhador de Serviços Gerais, José Neves Leal, de 56 anos,
explica que tem o incentivo de seus quatro filhos para se manter
nos estudos. José neves estudou até o terceiro ano primário, em
Adamantina (MG). Seu objetivo é obter mais bagagem para enfrentar
o supletivo de segundo grau.
A costureira
Aparecida Pereira Xavier, 54 anos, também chegou a freqüentar a
escola primária na cidade paulista de Córrego Fundo.
"Preciso só relembrar o que aprendi quando era menina",
afirma. Aparecida conta que sente falta da leitura para poder
acompanhar as músicas que são cantadas na igreja.