Prosseguem as aulas de alfabetização no Mário Gatti

24/02/2003

Desde o último dia 17, cerca de vinte funcionários do Mário Gatti participam do Projeto Aprender não tem Idade, de alfabetização de trabalhadores do serviço público. As aulas são realizadas diariamente, das 7h30 às 9h, na Unidade de Saúde do Trabalhador (UST).

O projeto é uma iniciativa da Fundação Municipal para Educação Comunitária, que trabalha em parceria com as Secretarias Municipais de Recursos Humanos, da Saúde, de Cultura, de Serviços Públicos e com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais.

O projeto teve início em março de 2002 e conta atualmente com 125 alunos matriculados, distribuídos em sete turmas: DESP, DPJ, AR 2, AR11, SETEC, Subprefeitura de Nova Aparecida e DLU.

O objetivo do programa é erradicar o analfabetismo no serviço público municipal e garantir políticas de valorização dos (as) trabalhadores e trabalhadoras.

De acordo com os dados obtidos no Recadastramento 2002, a Prefeitura tem 113 trabalhadores que se declararam analfabetos e 722 com educação básica (até 4ª série) incompleta. Além disso, 850 servidores estudaram até a 4ª série (ensino fundamental completo) e 720 com ensino de 5ª a 8ª série incompletas.

Ensino fundamental

Já estão abertas as inscrições para os servidores interessados em concluir o ensino fundamental (5ª a 8ª séries). Esse curso foi desenvolvido pela Escola de Governo e Desenvolvimento do Servidor (EGDS).

Maiores informações com as gerências de cada unidade. O comprovante de escolaridade é o único documento necessário para a matrícula. Maiores informações pelo telefone 3735-0156.

Motivação

A Costureira Maria das Graças Heleotério, 50 anos, conta que aprender a ler e a escrever significa a realização de um grande sonho. Ela explica que, como a maioria das crianças, chegou a se matricular em uma escola primária no município de Novo Cruzeiro, interior de Minas Gerais. "Os tempos eram difíceis e tive que deixar a escola para ajudar os pais no sustento da casa", relata Maria das Graças.

Hoje, matriculada no curso de alfabetização do Mário Gatti, a costureira é aluna assídua e já começa a escrever as primeiras palavras. "Estou muito entusiasmada e meu filho de 21 anos está me dando o maior apoio", afirma.

Da mesma forma, o trabalhador de Serviços Gerais, José Neves Leal, de 56 anos, explica que tem o incentivo de seus quatro filhos para se manter nos estudos. José neves estudou até o terceiro ano primário, em Adamantina (MG). Seu objetivo é obter mais bagagem para enfrentar o supletivo de segundo grau.

A costureira Aparecida Pereira Xavier, 54 anos, também chegou a freqüentar a escola primária na cidade paulista de Córrego Fundo. "Preciso só relembrar o que aprendi quando era menina", afirma. Aparecida conta que sente falta da leitura para poder acompanhar as músicas que são cantadas na igreja.

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