Denize Assis
A Vigilância
em Saúde de Campinas interditou nesta sexta-feira, 13 de
fevereiro, a farmácia de manipulação São Luís, na rua
Conceição, no Centro da cidade. As equipes das Vigilâncias
Leste e Norte apreenderam, durante a ação, aproximadamente
5.763 volumes de medicamentos e produtos irregulares.
Entre eles
havia remédios e cosméticos vencidos, sem data de fabricação
e de validade ou sem o nome do paciente e do médico, matérias-primas
vencidas e itens sem descrição da fórmula. A prática
constitui crime contra a saúde pública e a denúncia será
levada ao Ministério Público. O proprietário será multado.
Segundo a
enfermeira sanitarista Salma Balista, coordenadora da Saúde
Coletiva da Prefeitura, o estabelecimento cometeu várias
irregularidades. "As equipes ainda constataram que a
quantidade e o tipo de produto fabricado no local caracterizam
atividade de indústria", afirma. De acordo com a
sanitarista o espaço de manipulação do estabelecimento foi
interditado e somente a área em que são comercializados
produtos industrializados pode continuar a funcionar.
Na cidade,
existem outros estabelecimentos que usam o nome fantasia Farmácia
São Luís. Todos foram avaliados pelas equipes numa atividade
que durou mais de uma semana. A ação foi desencadeada a
partir de uma denúncia anônima.
A farmácia São
Luís de Barão Geraldo também foi interditada. Neste caso,
além de irregularidades semelhantes às encontradas no
estabelecimento da rua Conceição, o local atuava sem farmacêutico
responsável e sem licença e, por isso, não pode vender nem
mesmo os produtos industrializados.
As drogarias
São Luís do Campinas Shopping e do Cambuí foram autuadas
por comercializarem produtos irregulares e porque vendiam
itens manipulados em outro local. "Esta prática
caracteriza intermediação de fórmulas entre
estabelecimentos, o que também é proibido por lei", diz
Salma. A sanitarista orienta aos consumidores que possuem
produtos manipulados na São Luís a não utilizá-los.
"A pessoa deve procurar, se possível, realizar a fórmula
em outra farmácia".
A
coordenadora da Visa Leste, Janete Navarro, orienta que as
pessoas não adquiram produtos irregulares ou clandestinos,
que são aqueles que não especificam a composição química
e/ou data de fabricação e validade e/ou nome do paciente e
do médico. "Em caso de dúvida, o cidadão deve
solicitar informações à vigilância em saúde de sua região",
diz. A coordenadora reforça que as pessoas devem exercer a
cidadania e denunciar situações irregulares.
O médico
sanitarista Vicente Pisani Neto, coordenador da Vigilância em
Saúde da Prefeitura, informa que o medicamento irregular
tanto pode não surtir o efeito desejado como pode provocar
agravos de saúde (chamados iatrogenia). Segundo ele, a
iatrogenia é terceira causa de morte no mundo, atrás apenas
das doenças cardiovasculares e dos cânceres.
Para contatar
a Vigilância em Saúde as pessoas devem telefonar para 3242
5870 (Região Norte), 3268 6244 (Noroeste), 3254 7060 (Leste),
3227 4499 (Sudoeste), 3273 5999 (Sul) ou solicitar informações
pelo telefone 156.