Denize Assis
A Prefeitura
de Campinas, por meio do Centro de Referência em Doenças
Sexualmente Transmissíveis e Aids (DST/Aids), vai
disponibilizar, gratuitamente, 50 mil camisinhas para os foliões
durante o Carnaval 2005. Os preservativos serão distribuídos
entre esta sexta-feira, dia 4 de fevereiro, e terça-feira,
dia 8, nas regiões central e do Campo Grande e Ouro Verde,
onde haverá concentração de foliões e desfiles de bandas,
blocos e escolas de samba. A quantidade corresponde a 20% das
250 mil unidades distribuídas mensalmente pela Prefeitura nos
Centros de Saúde e demais serviços da rede municipal.
De acordo com
a coordenação do Programa Municipal de DST/Aids, o objetivo
é que a distribuição dos preservativos seja feita de forma
qualificada pelas equipes da Secretaria de Saúde. Durante as
ações, os profissionais que integram as equipes do vão
orientar a população sobre a necessidade do uso do
preservativo e enfocar o slogan ‘Vista-se, use sempre
camisinha’, produzido pelo Ministério da Saúde para o
Carnaval 2005.
A campanha é
dirigida a toda população. No entanto, segundo enfermeira
sanitarista Maria Cristina Ilário, coordenadora do Programa
Municipal de DST/Aids, será dada ênfase para a população
sexualmente ativa das classes C, D e E. "O maior objetivo
do programa é dar visibilidade para a camisinha e promover a
educação em saúde. E este trabalho ganha uma dimensão
muito grande no Carnaval, pelo tamanho do público envolvido.
É o que chamamos de marketing social do preservativo",
informa Cristina.
A sanitarista
ainda destaca a parceria, neste Carnaval, com a Organização
Não Governamental Casa de Cultura Tainã, que agrega jovens
com grande participação de afro-descendentes. A ONG vai
colocar nas ruas o grupo de maracatu sempre acompanhado por um
bloco de prevenção à Aids.
Risco.
De acordo com Cristina, após o Carnaval, aumenta o número de
pessoas que procuram o Centro de Referência Municipal de DST/AIDS
e de ligações para o Disk Aids (3234 5000) e para o Centro
de Orientação e Apoio Sorológico (Coas) 3236 3711.
"A
procura por estes serviços aumenta porque existe uma tendência
de maior exposição ao risco de infecção pelo HIV no
Carnaval, por causa do contexto da festa. Por isso, nesta época,
reforçamos as ações de prevenção", diz.
Referência. Campinas
é reconhecida no Brasil como modelo na assistência e
tratamento da Aids e tem trabalhado para se tornar referência
também na área de prevenção a infecção pelo HIV e outras
DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). O município
garante 100% de atenção às pessoas com Aids. Segundo dados
da Vigilância em Saúde, a cidade tem notificados cerca de 4
mil casos de Aids de 82 até 2004. Deste total,
aproximadamente 55% já foram a óbito. Atualmente, com relação
ao total de casos, para cada três homens infectados, há uma
mulher.