Campinas confirma mais dois casos de dengue e reforça ações contra a doença

04/02/2005

Denize Assis

Com a confirmação de mais dois casos de dengue, a Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Vigilância em Saúde (Visa) Noroeste, promoveu nesta sexta-feira, dia 4, uma grande operação contra a dengue no Jardim Lisa. Os trabalhos incluíram busca ativa de outros suspeitos, inviabilização de criadouros do mosquito Aedes aegypti e orientação da comunidade em relação aos sinais e sintomas da doença.

Os novos casos, confirmados na última quinta-feira, dia 3, referem-se a pai e filha moradores do Jardim Lisa e são importados de Rondônia. Caso importado significa que a pessoa contraiu a doença em outro município. Este ano, Campinas registrou, no total, sete casos de dengue, dos quais dois são autóctones – quando a pessoa contrai a doença na cidade onde reside. Os cinco casos restantes são todos importados de Rondônia.

A enfermeira sanitarista Eloísa Cristina dos Santos Costa, coordenadora da Visa Noroeste, informa que as ações imediatas de bloqueio, que incluem busca de outros casos e combate ao criadouros, são fundamentais para o controle da dengue na cidade. "Além disso, outro ponto importante são as ações que promovem a maior compreensão da população sobre a sua importância na prevenção e controle da doença", afirma.

Sul. Enquanto na Região Noroeste as equipes promoviam o bloqueio, na Região Sul, na área de abrangência do Centro de Saúde Esmeraldina, um mutirão de agentes comunitários, supervisor e ajudantes de controle ambiental removeram centenas de quilos de entulhos da residência de um morador que acumula, no quintal, materiais que podem favorecer a proliferação do mosquito da dengue.

A operação exigiu três viagens de caminhão para o transporte dos materiais para o aterro, a parceria da Administração Regional (AR) 9 e do Departamento de Limpeza Urbana e o apoio da Guarda Municipal.

Leste. Na Região Leste, na próxima segunda-feira, dia 7, uma equipe da Visa, em parceria com servidores da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, promove uma operação cata-bagulho para remoção de pneus na rua Clóvis Teixeira, numa área próxima ao córrego das Mansões Santo Antônio. Os pneus, por acumularem água, são potenciais criadouros do mosquito da dengue.

A médica veterinária Jeanette Trigo Nasser, responsável pelas ações de combate à dengue em Campinas, afirma que as visitas das equipes de saúde às casas para a eliminação dos criadouros do Aedes aegypti e as demais medidas sanitárias e ambientais adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde são fundamentais para o controle da doença.

No entanto, segundo Jeanette, a compreensão do problema por parte da população e a ajuda de cada um também são importantes. "O combate à dengue tem que fazer parte do dia-a-dia de cada cidadão. Não podemos relaxar. Os ovos do mosquito da dengue continuam vivos por até um ano. Por isso, poder público e sociedade precisam estar juntos no combate à dengue todos os dias", diz.

A veterinária informa ainda que a melhor maneira de prevenir a doença é impedir a reprodução do mosquito, que procura água acumulada para colocar seus ovos em recipientes como pneus, latas, garrafas, vasos de planta, caixas d´água destampadas e piscinas não tratadas, entre outros.

Os sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dor no corpo e dor por trás dos olhos. A pessoa também pode apresentar dor nas juntas e manchas vermelhas na pele. Ao apresentar algum destes sinais, o cidadão deve procurar o Centro de Saúde, evitar medicamentos à base da ácido acetilsalicílico, como aspirina, AAS, melhoral, entre outros, e ingerir líquido em abundância.

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