Denize Assis
Com a confirmação
de mais dois casos de dengue, a Secretaria de Saúde de
Campinas, por meio da Vigilância em Saúde (Visa) Noroeste,
promoveu nesta sexta-feira, dia 4, uma grande operação contra
a dengue no Jardim Lisa. Os trabalhos incluíram busca ativa de
outros suspeitos, inviabilização de criadouros do mosquito Aedes
aegypti e orientação da comunidade em relação aos sinais
e sintomas da doença.
Os novos casos,
confirmados na última quinta-feira, dia 3, referem-se a pai e
filha moradores do Jardim Lisa e são importados de Rondônia.
Caso importado significa que a pessoa contraiu a doença em
outro município. Este ano, Campinas registrou, no total, sete
casos de dengue, dos quais dois são autóctones – quando a
pessoa contrai a doença na cidade onde reside. Os cinco casos
restantes são todos importados de Rondônia.
A enfermeira
sanitarista Eloísa Cristina dos Santos Costa, coordenadora da
Visa Noroeste, informa que as ações imediatas de bloqueio, que
incluem busca de outros casos e combate ao criadouros, são
fundamentais para o controle da dengue na cidade. "Além
disso, outro ponto importante são as ações que promovem a
maior compreensão da população sobre a sua importância na
prevenção e controle da doença", afirma.
Sul.
Enquanto na Região Noroeste as equipes promoviam o bloqueio, na
Região Sul, na área de abrangência do Centro de Saúde
Esmeraldina, um mutirão de agentes comunitários, supervisor e
ajudantes de controle ambiental removeram centenas de quilos de
entulhos da residência de um morador que acumula, no quintal,
materiais que podem favorecer a proliferação do mosquito da
dengue.
A operação
exigiu três viagens de caminhão para o transporte dos
materiais para o aterro, a parceria da Administração Regional
(AR) 9 e do Departamento de Limpeza Urbana e o apoio da Guarda
Municipal.
Leste.
Na Região Leste, na próxima segunda-feira, dia 7, uma equipe
da Visa, em parceria com servidores da Secretaria de Obras e
Serviços Públicos, promove uma operação cata-bagulho para
remoção de pneus na rua Clóvis Teixeira, numa área próxima
ao córrego das Mansões Santo Antônio. Os pneus, por
acumularem água, são potenciais criadouros do mosquito da
dengue.
A médica
veterinária Jeanette Trigo Nasser, responsável pelas ações
de combate à dengue em Campinas, afirma que as visitas das
equipes de saúde às casas para a eliminação dos criadouros
do Aedes aegypti e as demais medidas sanitárias e
ambientais adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde são
fundamentais para o controle da doença.
No entanto,
segundo Jeanette, a compreensão do problema por parte da população
e a ajuda de cada um também são importantes. "O combate
à dengue tem que fazer parte do dia-a-dia de cada cidadão. Não
podemos relaxar. Os ovos do mosquito da dengue continuam vivos
por até um ano. Por isso, poder público e sociedade precisam
estar juntos no combate à dengue todos os dias", diz.
A veterinária
informa ainda que a melhor maneira de prevenir a doença é
impedir a reprodução do mosquito, que procura água acumulada
para colocar seus ovos em recipientes como pneus, latas,
garrafas, vasos de planta, caixas d´água destampadas e
piscinas não tratadas, entre outros.
Os sintomas da
dengue são febre, dor de cabeça, dor no corpo e dor por trás
dos olhos. A pessoa também pode apresentar dor nas juntas e
manchas vermelhas na pele. Ao apresentar algum destes sinais, o
cidadão deve procurar o Centro de Saúde, evitar medicamentos
à base da ácido acetilsalicílico, como aspirina, AAS,
melhoral, entre outros, e ingerir líquido em abundância.