Denize Assis
A Prefeitura
de Campinas está disponibilizando a experiência do Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192) do município
para a implantação do Samu Metropolitano. Na última terça-feira,
dia 15 de fevereiro, a coordenação do Samu Campinas
apresentou para prefeitos da Região Metropolitana o projeto
com indicadores e estratégias necessárias para a implantação
do serviço.
O estudo,
elaborado por uma Câmara Temática constituída especialmente
para este fim, propõe atender os 2,4 milhões de habitantes
dos 19 municípios de toda Região Metropolitana. Atualmente,
Campinas é a única cidade entre as 19 a contar com o Samu.
"O Samu
Metropolitano vai proporcionar muitas melhorias para a população
já que permite estruturar e organizar o atendimento às urgência
na região. Além disso, vai colaborar com a solução de vários
problemas como acidentes em rodovias ou com os casos de cidadãos
que não contam com assistência em seus municípios",
diz Gilberto Luiz Moraes Selber, secretário de Saúde de
Campinas.
Para receber
o Samu Regional, os 19 municípios de Região Metropolitana
foram divididos em quatro micro-regiões. Cada uma delas vai
contar com uma central de regulação médica, para atender os
pedidos de socorro e encaminhar os casos. Ao mesmo tempo,
todas as unidades de atenção aos casos de urgência médica
destas cidades, que comporão uma rede, vão estar preparadas
para receber os pacientes.
Para custeio
do Samu Metropolitano, o Ministério da Saúde destinaria R$
800 mil mês e exigir uma contrapartida de igual valor a ser
dividida entre gestores estaduais e municipais. Segundo José
Roberto Hansen, coordenador do Samu Campinas e da Câmara Temática,
o Ministério também vai custear 15 viaturas básicas e dez
equipadas com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) necessárias
para viabilizar o projeto, além de enviar recursos para a
implantação de três centrais de regulação médica e
capacitação de profissionais.
"Atualmente,
os pacientes são encaminhados de forma desorganizada. Mas o
Samu Regional permite organizar o sistema e ampliar e melhorar
a qualidade da assistência prestada à população nos casos
de urgência. Ganha o usuário e os gestores municipais também,
já que os municípios serão recompensados com a recolocação
dos pacientes nos seus lugares", afirma Hansen. Além
disso, diz o coordenador, o Samu Regional permite consolidar a
política de atenção às urgências e fortalecer o Sistema
Único de Saúde (SUS) da região.
Campinas.
A população de Campinas já conta com o Samu, que atua
conforme modelo proposto atualmente pelo Ministério, há nove
anos. A unidade, da Prefeitura, presta atendimento de urgência
e emergência no local onde o cidadão se encontra e, se
necessário, após estabilizar a vítima, transporta-a para um
serviço médico. O serviço atende às urgências de natureza
traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica
e psiquiátrica.
Para tanto, o
serviço conta com equipes de suporte básico (motoristas,
socorristas, auxiliares e técnicos de enfermagem),
capacitadas para atendimento das urgências com risco moderado
de vida e equipes de suporte avançado (motoristas, médicos e
enfermeiros) para atendimento das urgências graves, que
necessitam resposta imediata e intervenção mais complexa.
Atualmente, a
frota do Samu/Campinas é composta por 26 viaturas sendo que,
operacionalmente, o serviço atua com 10 ambulâncias básicas
e três UTIs ou suporte avançado. Isto significa que, além
da frota que está nas ruas, tem sempre viaturas de suporte
para substituir as que estão em manutenção ou quebradas. O
serviço ainda conta com central de regulação médica de urgência
para coordenar os atendimentos.
A unidade
recebe 5 mil solicitações de socorro por mês e ainda
realiza o transporte de 2,5 mil pacientes crônicos, que, sem
recursos próprios, carecem de ser transportados para serviços
de hemodiálise, fisioterapia, radioterapia e quimoterapia.
Para acionar
o Samu, basta um telefonema gratuito para o número 192. Os
pedidos de socorro são atendidos nas Centrais de Regulação
Médica de Urgência, que funcionam 24 horas por dia sempre
com a presença de um médico. O médico regulador vai avaliar
as necessidades de cada pedido de ajuda e dará a melhor
resposta para cada caso, que pode ser uma orientação, um
conselho ou o envio de uma ambulância.