Vigilância prepara equipe para gerenciar resíduos de saúde conforme novas regras da Anvisa

23/02/2005

Denize Assis

A Vigilância em Saúde (Visa) de Campinas promove nestas quinta-feira e sexta-feira, dias 24 e 25 de fevereiro, capacitação sobre gerenciamento de resíduos de serviços de saúde – coleta, manuseio, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final - para servidores que atuam nas unidades da rede pública municipal de saúde da Região Noroeste da cidade.

"O objetivo é atualizar profissionais das diversas áreas sobre as novas regras relativas aos resíduos de saúde estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em resolução de dezembro de 2004", diz Cássia Catarina Pereira, tecnóloga em saneamento ambiental da Visa Noroeste.

Outra meta, segundo Cássia, é acrescentar informações para que os profissionais possam atuar nas suas unidades com o intuito de reduzir a quantidade de resíduos e aprimorar a separação desse material. "Queremos ainda reforçar o papel da saúde como órgão fiscalizador dos estabelecimentos que geram estes resíduos", diz.

A tecnóloga informa que a destinação adequada dos resíduos reduz os danos à saúde e ao meio ambiente e os riscos de acidentes com profissionais que trabalham com estes resíduos. E afirma que o bom gerenciamento do resíduo de saúde ainda diminui custos no processo de inutilização desse material.

"Com a capacitação de profissionais reforçamos também a necessidade de encaminhar para esterilização e incineração - processos de alto custo - somente os resíduos que precisam desse tratamento. O trabalho ainda contribui para a eficácia da destinação de materiais como embalagens, papéis e caixas de papelão para reciclagem", diz Cássia.

Em Campinas, cerca de 800 toneladas de lixo urbano são geradas por dia, sendo que 1% a 3% dessa quantidade é produzida nos estabelecimentos de saúde. Desse total, entre 10% e 25% representam riscos à saúde. Com a segregação correta do resíduo de saúde, é possível também reduzir a possibilidade de contaminação do lixo comum.

A Secretaria de Saúde de Campinas informa que, na cidade, os resíduos do grupo A - potencialmente infectantes - e E - perfurocortantes - são tratados pelo sistema de microondas, que desinfecta elementos biológicos, e, posteriormente, destinados para o aterro sanitário Delta A. Os resíduos do grupo D - resíduos comuns - também são levados para o aterro, os do grupo B – químicos - são incinerados no município de Paulínia e resíduos do grupo C - rejeitos radioativos - recebem tratamento diferenciado de acordo com norma do Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

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