Denize Assis
A Vigilância
em Saúde (Visa) de Campinas promove nestas quinta-feira e
sexta-feira, dias 24 e 25 de fevereiro, capacitação
sobre gerenciamento de resíduos de serviços de saúde
– coleta, manuseio, armazenamento, transporte,
tratamento e disposição final - para servidores que
atuam nas unidades da rede pública municipal de saúde da
Região Noroeste da cidade.
"O
objetivo é atualizar profissionais das diversas áreas
sobre as novas regras relativas aos resíduos de saúde
estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) em resolução de dezembro de 2004", diz Cássia
Catarina Pereira, tecnóloga em saneamento ambiental da
Visa Noroeste.
Outra
meta, segundo Cássia, é acrescentar informações para
que os profissionais possam atuar nas suas unidades com o
intuito de reduzir a quantidade de resíduos e aprimorar a
separação desse material. "Queremos ainda reforçar
o papel da saúde como órgão fiscalizador dos
estabelecimentos que geram estes resíduos", diz.
A tecnóloga
informa que a destinação adequada dos resíduos reduz os
danos à saúde e ao meio ambiente e os riscos de
acidentes com profissionais que trabalham com estes resíduos.
E afirma que o bom gerenciamento do resíduo de saúde
ainda diminui custos no processo de inutilização desse
material.
"Com a capacitação de profissionais reforçamos
também a necessidade de encaminhar para esterilização e
incineração - processos de alto custo - somente os resíduos
que precisam desse tratamento. O trabalho ainda contribui
para a eficácia da destinação de materiais como
embalagens, papéis e caixas de papelão para
reciclagem", diz Cássia.
Em
Campinas, cerca de 800 toneladas de lixo urbano são
geradas por dia, sendo que 1% a 3% dessa quantidade é
produzida nos estabelecimentos de saúde. Desse total,
entre 10% e 25% representam riscos à saúde. Com a
segregação correta do resíduo de saúde, é possível
também reduzir a possibilidade de contaminação do lixo
comum.
A
Secretaria de Saúde de Campinas informa que, na cidade,
os resíduos do grupo A - potencialmente infectantes - e E
- perfurocortantes - são tratados pelo sistema de
microondas, que desinfecta elementos biológicos, e,
posteriormente, destinados para o aterro sanitário Delta
A. Os resíduos do grupo D - resíduos comuns - também são
levados para o aterro, os do grupo B – químicos - são
incinerados no município de Paulínia e resíduos do
grupo C - rejeitos radioativos - recebem tratamento
diferenciado de acordo com norma do Conselho Nacional de
Energia Nuclear (CNEN).