Campinas confirmou nesta sexta, dia 25, mais um caso de dengue

25/02/2005

Denize Assis

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou nesta sexta-feira, dia 25 de fevereiro, mais um caso de dengue em Campinas, o que eleva para nove o número de ocorrências na cidade desde janeiro. O registro refere-se a um morador da Vila Francisca, na divisa com Sumaré, Região Norte, bairro onde não foram notificados casos da doença este ano.

De acordo com a Vigilância em Saúde, o local provável de infecção ainda está sendo esclarecido, já que a pessoa mora em Campinas, trabalha em Sumaré e se deslocou em atividades de lazer para outros municípios vizinhos. Portanto, ainda está sendo investigado se a ocorrência é autóctone ou importada.

Para evitar novos casos oriundos deste registro, equipes da Vigilância em Saúde (Visa) Norte iniciaram, imediatamente, trabalho preventivo na comunidade. A ação inclui avaliação do histórico do paciente, busca de outras pessoas com sintomas, atividades educativas e inviabilização de criadouros do mosquito Aedes aegypti.

"Também estão sendo levantados prontuários de residentes na Vila Francisca, Chácara Anhangüera e Parque Maria Helena – estes bairros são vizinhos – que passaram pelo Pronto Atendimento (PA) Anchieta nos últimos dias para identificar pessoas com sintomas ou diagnóstico inconclusivo que possa levar a uma suspeita dengue. O objetivo é saber se houve transmissão anterior a este caso", diz o biólogo Ovando Provatti, da Visa Norte.

Na segunda-feira, dia 28 de fevereiro, o trabalho de busca de suspeitos e inviabilização de criadouros prossegue em conjunto com equipes do Centro de Saúde Anchieta, unidade que se responsabiliza pela área. Agentes comunitários de saúde vão atuar nos dez quarteirões nas adjacências do endereço onde reside o paciente.

Uma enfermeira vai acompanhar a ação para, se necessário, colher exames. As amostras devem ser colhidas até o quinto dia do início dos sintomas, para isolamento de vírus – identifica se foi vírus tipo 1, 2, 3 ou 4 -, e após o sexto dia para sorologia.

Segundo Ovando, a Secretaria de Saúde de Campinas atuou, há três meses, em ação contra a dengue na Vila Francisca. Na ocasião, constatou-se uma disponibilidade grande de criadouros e as equipes removeram uma tonelada de resíduos que podem acumular água e, portanto, favorecem a proliferação do mosquito.

Mas, segundo a Vigilância em Saúde, o que tem sido constatado nas ações, não somente na Vila Francisca mas em toda cidade, é que há, por parte da população, reposição rápida de recipientes que servem como criadouros. "É necessário que as pessoas se conscientizem e não acumulem materiais", diz Jeanette Trigo Nasser, responsável pelas ações de combate à dengue em Campinas.

Segundo Jeanette, as pessoas precisam incorporar o combate à dengue nas suas ações diárias. São atitudes como certificar-se que as caixas d´água estão adequadamente limpas e vedadas, não deixar água acumulada nos pratinhos de vasos de planta, fechar bem os sacos plásticos utilizados para acondicionar lixo e manter a lixeira tampada, retirar a água parada das lajes, não acumular entulhos nos quintais e dar aos resíduos o destino adequado, entre outras orientações já difundidas pela Secretaria de Saúde e Ministério da Saúde.

"Estas recomendações, quando executadas durante todos os meses do ano, garantem a eliminação dos potenciais criadouros do mosquito e previnem a ocorrência de surtos", diz a veterinária. Os sintomas da dengue são febre, dor de cabeça e no corpo e fraqueza. Também podem surgir manchas na pele. Ao apresentar algum destes sinais, a pessoa deve procurar rapidamente o Centro de Saúde.

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