30 mil preservativos já foram distribuídos pelo Programa Municipal de DST/Aids que deve atingir a marca de 400 mil camisinhas no Carnaval

08/02/2007

Objetivo é promover prevenção à transmissão do hiv/aids e doenças sexualmente transmissíveis;
camisinhas, no entanto são distribuídas durante o ano todo

Cerca de 400 mil preservativos devem ser distribuídos até o final do Carnaval de Campinas. A estimativa é do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Campinas. As camisinhas podem ser obtidas gratuitamente.

Desde o dia 20 de janeiro, quando teve início a realização dos eventos oficiais de Carnaval de Campinas, até esta semana, cerca de 30 mil preservativos já foram entregues. A frase que orienta a campanha de prevenção é: "Com camisinha, alegria durante e depois da festa".

A dispensação ocorre nos ensaios de escolas de samba, como nesta quarta-feira quando a entrega foi realizada a partir das 20h30 no ensaio da escola de samba Unidos do Shangai, no Jardim Shangai, localizado à região Sudoeste de Campinas, além de outros eventos do "Carnaval da Integração".

Hoje, quinta-feira, 8 de fevereiro, o trabalho será realizado no ensaio da escola de samba Leões da Vila Padre Anchieta (Região Noroeste de Campinas), na esquina das ruas Papa São Sérgio e São Cirilo, com equipes do Centro de Referência (CR) do Programa DST/Aids de Campinas e apoio de profissionais da Rede Básica.

Nesta sexta-feira, 9 de fevereiro de 2006, a entrega de camisinhas à população será realizada a partir das 20h, em evento do Carnaval da Integração que acontece na Estação Cultura.

A distribuição é feita a partir de uma Unidade Móvel de Prevenção (UMP), identificada com um banner verde que traz as marcas da campanha "Vista-se! Use sempre camisinha" do Ministério da Saúde e do Centro de Referência DST/Aids de Campinas por equipes do Centro de Referência (CR) do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas, com participação de profissionais de Distritos e Centros de Saúde que atuam nas comunidades em que as escolas realizam seus ensaios.

"No Carnaval as pessoas ficam mais descontraídas e alegres, mais disponíveis para relações interpessoais passageiras. Portanto manter a veiculação de informações de prevenção e a disponibilização de preservativos é muito importante", explica a coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas, Cristina Ilario.

A dispensação de preservativos nos eventos do Carnaval é realizada para ampliar a divulgação da necessidade de uso das camisinhas em todas as relações sexuais para prevenir a transmissão das doenças sexualmente transmissíveis e do hiv, vírus que causa a aids, e disponibilizadas informações sobre serviços públicos de saúde para realização do diagnóstico.

Durante todo o ano ocorre entrega gratuita de preservativos nos Centros de Saúde e no Centro de Referência (CR) do Programa DST/Aids de Campinas, uma unidade que integra o Sistema Único de Saúde (SUS).

Para saber mais sobre prevenção à aids e às doenças sexualmente transmissíveis a população deve informar-se através dos Centros de Saúde ou no Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids.

O Centro de Referência é uma unidade pública de saúde localizada à rua Regente Feijó, 637, Centro, funciona de segunda a sexta, das 7h às 20h (exceto feriados) e o telefone é (19) 3234 – 5000.

A aids não tem cura, mas tem tratamento. O teste de hiv e sífilis pode ser realizado em qualquer Centro de Saúde de Campinas, ou no Centro de Referência de DST/Aids. Mais informações sobre o teste de hiv podem ser obtidas nestas unidades ou pelo telefone (19) 3236 – 3711.

Mulheres

De acordo com dados divulgados no dia 30 de novembro pela Secretaria Municipal de Saúde, Campinas tem 4.763 casos de aids notificados no município desde a década de 80.

A epidemia se apresenta estável na cidade, com declínio para algumas categorias - como usuários de drogas injetáveis. Estimativas da Coordenação do Centro de Referência do PM-DST/Aids de Campinas, com base em projeções do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que em Campinas aproximadamente 2.000 pessoas vivem com o vírus hiv e não sabem.

Deste contingente, estima-se que pelo menos um terço sejam mulheres. Uma das formas de fortalecer as ações de prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, junto à população é incentivar a realização do teste de hiv de maneira precoce, principalmente entre as mulheres.

Heterossexuais

Dados epidemiológicos da Secretaria de Saúde mostram que, na década de 80, início da epidemia de aids na cidade, a síndrome era majoritariamente masculina. Uma relação de 40 casos de aids entre homens para cada caso entre mulheres chegou ser registrada nos anos 80.

Segundo o Programa DST/Aids, no entanto, essa relação mudou e hoje a principal forma de transmissão do hiv está nas relações sexuais desprotegidas (sem uso de camisinha) entre homens e mulheres heterossexuais, ou seja, homens que relacionam-se com mulheres e mulheres que se relacionam com homens.

E a relação desproporcional de casos verificados majoritariamente entre homens, nas décadas passadas, não é mais realidade. O maior avanço da epidemia, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde, está entre as mulheres, o que inclui tanto as mulheres solteiras como casadas.

A relação é praticamente de um caso de aids em homem para cada caso em mulher.

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Mais informações à Imprensa: Eli Fernandes, (19) 8115 – 4856; Assessoria de Imprensa - Centro de Referência do Programa DST/Aids Campinas, Rua Regente Feijó, 637, Centro, Telefones: (19) 3234.5000, 3236.3711, 3232.3283, 3234.4995. De 2ª a 6ª, das 7h às 8h.

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