Ações da Emdec e Programa DST Aids integram o desfile de Carnaval de Rua da City Banda neste sábado, dia 10

09/02/2007

O objetivo é levar informações sobre uso de bebida e direção
e a vulnerabilidade das pessoas que fazem sexo sem proteção

"Carnaval da Inclusão" é um conjunto de ações desenvolvidas pelo Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de Campinas, em parceria com a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e Secretaria Municipal de Transportes (Setransp), neste sábado, dia 10, durante o desfile de Carnaval de Rua da City Banda.

A proposta é promover simultaneamente o "Carnaval da Inclusão", iniciativa das instituições públicas de levar às avenidas um grupo de pessoas com deficiência, a maioria delas, moradores de Campinas que utilizam cadeiras de rodas, além de idosos e pessoas que vivem com hiv ou que vivem com a aids.

A mobilização desse grupo está sendo feita pela Emdec e pelo Programa Municipal de DST/Aids com proposta vinculada à idéia de promover "prevenção positHIVa", casada ao slogan do Ministério da Saúde "A Vida É Mais Forte Que A Aids", lançado em 2006, no Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado globalmente em 1º de Dezembro, data reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo os organizadores, a expectativa é levar cerca de 250 pessoas para a folia, incluindo também funcionários da EMDEC e do Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids.

O bloco e as ações terão como mote "Folia e alegria combinam com vida" – "Vista-se – Use sempre camisinha" e "Se beber não dirija". Especificamente para o Carnaval da Integração, promovido em Campinas através da Secretaria Municipal de Cultura Esporte e Lazer, o Programa DST/Aids adotou o slogan: "Com camisinha, alegria antes e depois da festa", com base no mote da campanha nacional desenvolvida através do Ministério da Saúde.

A Emdec/Setransp e o Programa Municipal de DST/Aids de Campinas distribuirão 40 mil leques para os foliões, que trarão o slogan das ações. Esse material será levado ainda para as portas de clubes e outros eventos no Carnaval Integração 2007. Além disso, o bloco desfilará com camisetas trazendo esse mote. Cerca de 2.000 camisinhas também devem ser distribuídas durante o evento oficial do Carnaval 2007 de Campinas.

"No Carnaval, as pessoas ficam mais descontraídas, alegres e mais disponíveis para relações interpessoais passageiras. Portanto, manter a veiculação de informações e prevenção e a disponibilização de preservativos é muito importante", afirma a coordenadora do Programa Municipal DST/Aids de Campinas, a enfermeira sanitarista, Cristina Ilario.

As ações do Carnaval integram a Campanha "Preferência pela Vida", pelo segundo ano consecutivo. Em 2006, a Emdec/Setransp e o Programa Municipal de DST/Aids uniram -se pela primeira vez para um trabalho de educação e informação no Carnaval. Naquele ano, o slogan foi "Arriscar não vale a pena! Use camisinha e não dirija embriagado".

Para a gerente de Desenvolvimento e Educação da EMDEC, Samantha Moreira, é muito importante e adequada essa proposta de conscientização. "Conseguimos unir órgãos com atuações distintas, mas preocupações em comum: o cuidado e preservação da vida, o que não deixa de ser um desafio."

Samantha destaca que neste ano foi possível ampliar ainda mais a proposta e acrescentar às iniciativas com o Programa Municipal de DST/Aids, a questão da inclusão das pessoas com deficiência, idosos e pessoas que vivem com hiv/aids, abrindo espaço para esses grupos.

A dispensação de preservativos nos eventos do Carnaval é realizada para ampliar a divulgação da necessidade de uso das camisinhas em todas as relações sexuais para prevenir a transmissão das doenças sexualmente transmissíveis e do hiv, vírus que causa a aids, e diponibilizadas informações sobre serviços públicos de saúde para realização do diagnóstico.

Durante todo o ano ocorre entrega gratuita de preservativos nos Centros de Saúde e no Centro de Referência (CR) do Programa DST/Aids de Campinas, uma unidade que integra o Sistema Único de Saúde (SUS).

Para saber mais sobre prevenção à aids e às doenças sexualmente transmissíveis a população deve informar-se através dos Centros de Saúde ou no Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids.

O Centro de Referência é uma unidade pública de saúde localizada à rua Regente Feijó, 637, Centro, funciona de segunda a sexta, das 7h às 20h (exceto feriados) e o telefone é (19) 3234 – 5000.

A aids não tem cura, mas tem tratamento. O teste de hiv e sífilis pode ser realizado em qualquer Centro de Saúde de Campinas, ou no Centro de Referência de DST/Aids. Mais informações sobre o teste de hiv podem ser obtidas nestas unidades ou pelo telefone (19) 3236 – 3711.

Mulheres

De acordo com dados divulgados no dia 30 de novembro pela Secretaria Municipal de Saúde, Campinas tem 4.763 casos de aids notificados no município desde a década de 80.

A epidemia se apresenta estável na cidade, com declínio para algumas categorias - como usuários de drogas injetáveis. Estimativas da Coordenação do Centro de Referência do PM-DST/Aids de Campinas, com base em projeções do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que em Campinas aproximadamente 2.000 pessoas vivem com o vírus hiv e não sabem.

Deste contingente, estima-se que pelo menos um terço sejam mulheres. Uma das formas de fortalecer as ações de prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, junto à população é incentivar a realização do teste de hiv de maneira precoce, principalmente entre as mulheres.

Heterossexuais

Dados epidemiológicos da Secretaria de Saúde mostram que, na década de 80, início da epidemia de aids na cidade, a síndrome era majoritariamente masculina. Uma relação de 40 casos de aids entre homens para cada caso entre mulheres chegou ser registrada nos anos 80.

Segundo o Programa DST/Aids, no entanto, essa relação mudou e hoje a principal forma de transmissão do hiv está nas relações sexuais desprotegidas (sem uso de camisinha) entre homens e mulheres heterossexuais, ou seja, homens que relacionam-se com mulheres e mulheres que se relacionam com homens.

E a relação desproporcional de casos verificados majoritariamente entre homens, nas décadas passadas, não é mais realidade. O maior avanço da epidemia, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde, está entre as mulheres, o que inclui tanto as mulheres solteiras como casadas.

A relação é praticamente de um caso de aids em homem para cada caso em mulher.

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Mais informações à Imprensa: Eli Fernandes, (19) 8115 – 4856; Assessoria de Imprensa - Centro de Referência do Programa DST/Aids Campinas, Rua Regente Feijó, 637, Centro, Telefones: (19) 3234.5000, 3236.3711, 3232.3283, 3234.4995. De 2ª a 6ª, das 7h às 8h.

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