Programa Municipal de DST/Aids realizou distribuição de camisinhas nos ensaios oficiais de 12 escolas de samba de Campinas

09/02/2007

 Atuação da equipe continua em todos os eventos oficiais do Carnaval da Integração
realizado através da Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer

O Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de Campinas deve realizar neste sábado, dia 10 de fevereiro de 2007 a distribuição de camisinhas e material informativo sobre prevenção no último ensaio oficial das escolas de samba de Campinas que participam do Carnaval da Integração.

Trata-se de um trabalho de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (dst), ao vírus hiv e à aids realizado por equipes do Centro de Referência (CR) do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas com participação de parceiros do serviço e profissionais dos Distritos e Centros de Saúde da rede pública municipal.

Cerca de 30 mil camisinhas foram distribuídas nos ensaios de escolas de samba que integram a programação do Carnaval da Integração, além de eventos como os que são realizados na Estação Cultura, onde ocorreu a escola da Rainha do Carnaval de Campinas e do Reio Momo, além de apresentações de bandas e agremiações carnavalescas. A previsão é que até o término do Carnaval da Integração seja distribuídas cerca de 450 mil camisinhas, gratuitamente, à população.

A estratégia de prevenção, segundo a enfermeira sanitarista Cristina Ilario, coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas objetiva disponibilizar as camisinhas para que a população possa se proteger em caso de eventuais relações interpessoais passageiras no período do Carnaval e também de dar visibilidade à necessidade de uso da camisinha em todas as relações sexuais para evitar a transmissão do hiv/aids e das doenças sexualmente transmissíveis.

"No Carnaval as pessoas ficam mais descontraídas e alegres, mais disponíveis para relações interpessoais passageiras. Portanto manter a veiculação de informações de prevenção e a disponibilização de preservativos é muito importante", explica a coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas, Cristina Ilario.

O último ensaio de escola de samba da programação do Carnaval da Integração, realizado através da Secretaria Municipal de Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Lazer (SMCEL) deve ser da agremiação Princesa de Madureira, prevista para ocorrer no bairro São Bernardo.

Nesta sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007, a distribuição deve ocorrer em apresentações carnavalescas na Estação Cultura. Na noite de quinta-feira o trabalho foi realizado na quadra da escola de samba Leões da Vila Padre Anchieta, localizada no bairro de mesmo nome. A campanha de prevenção também foi realizada nos ensaios das seguintes escolas: Rosa de Prata, Unidos do Paranapanema, Gaviões dos DICs, Ponte Preta Amor Maior, Estrela D´Alva, Renascença, Santa Lucia, Vaiquemké, Unidos do Grajaúna, Unidos do Shangay.

Durante todo o ano ocorre entrega gratuita de preservativos nos Centros de Saúde e no Centro de Referência (CR) do Programa DST/Aids de Campinas, uma unidade que integra o Sistema Único de Saúde (SUS).

Para saber mais sobre prevenção à aids e às doenças sexualmente transmissíveis a população deve informar-se através dos Centros de Saúde ou no Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids.

O Centro de Referência é uma unidade pública de saúde localizada à rua Regente Feijó, 637, Centro, funciona de segunda a sexta, das 7h às 20h (exceto feriados) e o telefone é (19) 3234 – 5000.

A aids não tem cura, mas tem tratamento. O teste de hiv e sífilis pode ser realizado em qualquer Centro de Saúde de Campinas, ou no Centro de Referência de DST/Aids. Mais informações sobre o teste de hiv podem ser obtidas nestas unidades ou pelo telefone (19) 3236 – 3711.

Mulheres

De acordo com dados divulgados no dia 30 de novembro pela Secretaria Municipal de Saúde, Campinas tem 4.763 casos de aids notificados no município desde a década de 80.

A epidemia se apresenta estável na cidade, com declínio para algumas categorias - como usuários de drogas injetáveis. Estimativas da Coordenação do Centro de Referência do PM-DST/Aids de Campinas, com base em projeções do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que em Campinas aproximadamente 2.000 pessoas vivem com o vírus hiv e não sabem.

Deste contingente, estima-se que pelo menos um terço sejam mulheres. Uma das formas de fortalecer as ações de prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, junto à população é incentivar a realização do teste de hiv de maneira precoce, principalmente entre as mulheres.

Heterossexuais

Dados epidemiológicos da Secretaria de Saúde mostram que, na década de 80, início da epidemia de aids na cidade, a síndrome era majoritariamente masculina. Uma relação de 40 casos de aids entre homens para cada caso entre mulheres chegou ser registrada nos anos 80.

Segundo o Programa DST/Aids, no entanto, essa relação mudou e hoje a principal forma de transmissão do hiv está nas relações sexuais desprotegidas (sem uso de camisinha) entre homens e mulheres heterossexuais, ou seja, homens que relacionam-se com mulheres e mulheres que se relacionam com homens.

E a relação desproporcional de casos verificados majoritariamente entre homens, nas décadas passadas, não é mais realidade. O maior avanço da epidemia, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde, está entre as mulheres, o que inclui tanto as mulheres solteiras como casadas. A relação é praticamente de um caso de aids em homem para cada caso em mulher.

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