Simpósio apresenta novas técnicas no tratamento às doenças da tireóide

26/02/2007

Jorge Massarolo

A prevenção e o tratamento às doenças provocadas pela disfunção da glândula tireóide é o tema principal do Simpósio de Tireóide e Paratireóide (STeP 2007), que será realizado no dia 03 de março no The Royal Palm Plaza Hotel, em Campinas, com a presença de mais de 30 médicos palestrantes de todo o Brasil. O evento tem o apoio do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti (HMMG), dos Departamentos de Endocrinologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e PUCC, e da DIMEN Medicina Nuclear.

A tireóide é uma glândula endócrina, em forma de borboleta, localizada no pescoço e responsável pela produção do hormônio tireoidiano, vital para o metabolismo do corpo humano. Estima-se que 5 a 10% da população desenvolva um nódulo (caroço) palpável na tireóide durante sua vida, e mais de um terço das mulheres podem apresentá-lo se investigadas por ultra-som. No entanto, a minoria dos nódulos representa câncer. O grande dilema no tratamento é a diferenciação entre os benignos mais comuns e os malignos menos comuns.

De acordo com um dos organizadores do simpósio, o cirurgião Higino Steck, médico do HMMG e membro da ONCCAPE (Oncologia Cirúrgica de Cabeça e Pescoço), os casos de câncer da tireóide estão mais freqüentes, mas quando diagnosticados em tempo, com ultra-som e biópsia de agulha, as chances de cura superam os 95%. Muitos nódulos de tireóide necessitam apenas de acompanhamento.

“Novas técnicas de cirurgia tem sido desenvolvidas para os nódulos que precisam ser operados, e um dos avanços mais recentes é a cirurgia videoassistida, que permite incisões bem menores, com vantagem estética e com a mesma eficácia que a cirurgia convencional”, diz Steck. Alguns centros de medicina no Brasil já realizam essa técnica com sucesso. Um dos riscos comuns da cirurgia da tireóide é a possibilidade de apresentar rouquidão temporária. Materiais novos auxiliam a cirurgia tornando-a mais rápida e segura.

A tireóide causa outras doenças como o Bócio, que é o aumento da glândula e precisa de cirurgia. “Alguns casos podem ser tratados com medicamentos pelo endocrinologista, como o Hipertireoidismo (aumento dos hormônios da tireóide – é a tireóide que emagrece), o Hipotireoidismo (diminuição dos hormônios, muito freqüente – é a tireóide que engorda), e a Tireoidite”, explica.

As paratireóides são quatro glândulas pequenas localizadas no pescoço próximas à tireóide (duas de cada lado) e que são responsáveis pelo metabolismo do cálcio. Podem apresentar disfunções com o Hipoparatireoidismo, que precisa tratar com cálcio, e Hiperparatireoidismo que pode precisar de cirurgia. A nova técnica de cirurgia videoassistida pode ser aplicada nestes casos.

Todos esses temas serão abordados por médicos palestrantes durante o evento, que começa às 8h da manhã. Mais informações e inscrições no site: www.tireoide.net ou pelo telefone 32368290. O número de vagas é limitado. O acesso ao simpósio é restrito aos profissionais que podem prescrever medicamentos. Para os participantes haverá acreditação de pontos nas especialidades de clínica médica, endocrinologia, endocrinologia infantil e cirurgia de cabeça e pescoço.

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