Centro de Saúde Boa Vista faz baile e realiza campanhas “Vista-se” e “Fique Sabendo” para o Carnaval

01/02/2008

Autor: Eli Fernandes

Trabalho da unidade tem apoio do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids da Secretaria de Saúde de Campinas

O Centro de Saúde (CS) da Vila Boa Vista (região do Distrito de Saúde Noroeste), em Campinas, desenvolve uma programação especial no período que antecede o Carnaval para incentivar o uso da camisinha como prevenção ao HIV, à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e de incentivo ao teste de HIV/DSTs.

Nesta sexta-feira, dia 1º de fevereiro de 2008, das 9h às 12h, haverá palestras sobre DSTs e aids, coletas de exames para HIV, sífilis, hepatites e papanicolau. No período da tarde, das 14h às 19h, será realizado uma baile de Carnaval com grupos de usuários do serviço no Centro de Convivência da Vila Boa Vista, localizado à rua das Castanheiras, número 47. A entrada é gratuita para toda a população.

“Nossa intenção é aproveitar este período para chamar atenção para a prevenção à aids entre as pessoas que já freqüentam o Centro de Saúde e outras pessoas que não estão vindo à unidade, mas que pode vir e contar com o serviços do Sistema Único de Saúde”, disse a enfermeira sanitarista Ivanei Felix Pereira coordenadora do Centro de Saúde da Vila Boa Vista.

Segundo ela, o slogan deste conjunto de ações é: “Neste Carnaval, só não brinque com sua vida”. Durante todo o dia o Centro de Saúde dará máscaras para distribuição com preservativos e material educativo/informativo, realizará exposição de fotos de ações e eventos promovidos pelo Centro de Saúde e exposição de cartazes sobre DST/aids produzidos pelo Ministério da Saúde e demais parceiros do SUS.

O incentivo ao uso do preservativo é realizado através da campanha “Vista-se, use sempre camisinha” e o incentivo ao diagnóstico precoce através da campanha “Fique Sabendo”. São campanhas nacionais desenvolvidas a partir do Programa Nacional de DST/Aids. Camisinhas, o teste e o tratamento, se necessário, são oferecidos gratuitamente através do SUS.

As ações do CS Boa Vista têm apoio e matriciamento do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas. O Centro de Saúde da Vila Boa Vista ficar à Ruas das Acácias, sem número. O telefone é (19) 3245 – 2662. O funcionamento é de segunda a sexta, das 7h às 19h. As distribuição de camisinhas e o teste de HIV e outras DSTs são gratuitos. O resultado do teste é sigiloso e só quem faz o exame fica sabendo o resultado.

Centro de Referência do Programa DST/Aids de Campinas

A aids é uma síndrome que pode ser tratada e controlada através do SUS em serviços especializados, como o Centro de Referência do Programa DST/Aids de Campinas. O Centro de Referência fica na rua Regente Feijó, 637, Centro, e está aberto de segunda a sexta-feira (exceto aos feriados) das 7h às 20h. O telefone, para mais informações sobre este serviço é (19) 3234 – 5000.

De acordo com estimativa do Ministério da Saúde, cerca de 2.000 pessoas têm o vírus HIV em Campinas e não sabem. O teste é oferecido gratuitamente através do SUS e deve ser feito em qualquer Centro de Saúde (CS) de Campinas ou no Centro de Referência do PMDST/Aids. A melhor forma de prevenção à aids e às doenças sexualmente transmissíveis é o uso de camisinha em todas as relações sexuais.

Para saber mais sobre o teste de HIV e sífilis, em Campinas, a população deve informar-se no Centro de Saúde mais próximo, ou através do telefone (19) 3236 – 3711, do Centro de Referência, de segunda a sexta-feira, das 7h às 20h, à rua Regente Feijó, 637, ou no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do Complexo Ouro Verde, telefone 3226 – 7475, somente às segundas-feiras, das 13h às 17h.

O teste é gratuito, pode ser anônimo e só a pessoa que faz o exame fica sabendo o resultado. Para saber mais sobre aids a população pode acessar o site http://www.aids.gov.br ou ligar para o Disk-Saúde: 0800 61 1997 (do Ministério da Saúde) ou para o Disk-DST/Aids: 0800 16 2550 (do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo).

Dados demonstram controle da epidemia em Campinas

A incidência da aids em jovens na faixa etária dos 15 aos 19 anos caiu em Campinas de 23 para 1,3 casos em cada grupo de 100 mil habitantes nos últimos anos. O incentivo ao uso do preservativo nas relações sexuais, segundo o Programa Municipal de DST/Aids é uma das explicações para a queda da incidência. A busca por esse insumo nas unidades básicas de saúde em Campinas cresceu de 40.000 unidades/mês em 1999 para 300.000 unidades/mês em 2005. (Confira:)

1991 – 23 (23 casos em cada grupo de 100 mil habitantes)

1998 – 5,4 (5,4 casos em cada grupo de 100 mil habitantes)

2004 – 1,3 (1,3 casos em cada grupo de 100 mil habitantes)

No ano de 2006 foram notificados 246 casos de aids em pessoas maiores que 13 anos e dois casos em crianças com menos de 13 anos.

325 casos em 2003

293 casos em 2004

279 casos em 2005

246 casos em 2006

Em 2007, até o mês de outubro, foram notificados 135 casos de aids em pessoas com idade superior a 13 anos. De acordo com os dados epidemiológicos divulgados pelo Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campinas foram 83 casos em homens e 52 em mulheres.

Deste total notificado até outubro, 81,5% contraiu aids através de transmissão sexual, sendo que 63,6% são pessoas que disseram ser heterossexuais e 35% homossexuais ou bissexuais. “Entre os casos de aids por categoria de transmissão heterossexual inverteu-se a relação de gênero”, disse Cristina. A relação, explica, é de 1.4 mulheres para cada homem. De 2000 até 2006 esta relação oscilou entre 2 e 1,5 homens para 1 mulher.

“Embora sejam dados provisórios é uma tendência para os próximos anos que pode ser confirmada com o fechamento dos dados de 2007”, afirma a coordenadora do PMDST/Aids de Campinas. A concentração por faixa etária, segundo ela, para ambos os sexos é dos 30 a 39 anos. “Mesmo se considerarmos infecção 5 anos antes dos sintomas e parâmetros laboratoriais, atualmente a epidemia, em Campinas, não é jovem”, disse.

Com relação à distribuição por raça, cor e etnia, são 52,5% brancos, 9,62% pretos e 32,59% pardos. “Mesmo se somarmos pretos e pardos, a maioria dos casos é branca. Faremos uma análise mais detalhada entre proporção do quesito na população Campinas e banco de óbitos por aids, para conhecer influência de outras variáveis como acesso e assistência”, explica.

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