Mario Gatti adota sistema para agilizar atendimento

08/02/2013

Autor: Nice Maria

Com objetivo de humanizar o atendimento mediante escuta qualificada do cidadão que busca os serviços de urgência e emergência, o Hospital Municipal Dr. Mario Gatti, de Campinas, trabalha desde o dia 28/01/2013 com o serviço de acolhimento com classificação de risco.

A equipe é formada por dois enfermeiros, dois auxiliares de enfermagem, médicos, serviço social, estagiários e recepção.

O atendimento é iniciado com a identificação dos pacientes que necessitam de intervenção médica e de cuidados de enfermagem, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.

Depois de acolhidos pelo auxiliar de enfermagem e de enfermeiro que, utilizando informações da escuta qualificada e da tomada de dados vitais como pressão arterial, oxigenação, pulso e temperatura, os usuários são classificados por cores.

A cor vermelha indica que o caso de é de emergência e que o paciente deve ser atendido com prioridade. A equipe trabalha rapidamente com acionamento de sinal sonoro de alerta para preparação da sala de emergência.

Na cor amarela o usuário terá atendimento com prioridade sobre classificados na cor verde, e são encaminhados para salas de espera sob supervisão continuada da equipe. A reavaliação clinica é realizada a cada trinta minutos. Em caso de alteração do quadro, o atendimento ocorre imediatamente.

Os usuários classificados como verde também aguardam atendimento médico em salas de espera e recebem orientação que serão atendidos após os pacientes classificados como vermelho e amarelo.

Se o quadro clinico é crônico e sem sofrimento agudo os pacientes são classificados na cor azul, sendo preferencialmente encaminhados para atendimento nas unidades básicas de saúde.

Rosa Maria Torres, gerente de enfermagem do pronto socorro adulto(PSA) considera o serviço um avanço, e garante que em pouco tempo de implantação o projeto foi entendido pelos profissionais e pacientes. "Todo mundo entendeu bem o conceito do serviço, sendo que tantos os profissionais quanto os pacientes se sentem mais seguros. O tempo de espera também já foi reduzido, além de diminuir também o risco dos usuários desenvolverem casos mais graves", disse.

A direção do hospital ainda não tem um levantamento com indicadores que comprovem melhorias no atendimento depois da implantação do serviço de triagem com classificação de risco, o que deve ocorrer após dois meses a data de incio do serviço.

No entanto, alguns pacientes já demonstram satisfação, como é o caso da dona de casa Maria Lucia Luzin, que procurou o Mario Gatti sentido dores nas pernas e inchaço e foi acolhida pela triagem de classificação de risco. A paciente, que sofre com úlceras vasculares e já esteve na unidade outras vezes, disse notar a diferença positiva no atendimento. "Vejo que as coisas melhoraram, o atendimento foi mais rápido e me deram mais atenção. Me senti mais segura também", concluiu.

A implantação do acolhimento com classificação de risco, atende a uma portaria do Ministério da Saúde. A determinação é de que nenhum paciente poderá ser dispensado sem ser atendido, ou seja, sem ser acolhido, classificado e encaminhado de forma responsável pela unidade de saúde de referencia.

Segundo o chefe do ponto socorro adulto do Mario Gatti, Fábio Murano, alguns grupos de pacientes foram descritos como situações especiais. É o caso dos idosos, deficientes, acamados, gestantes algemados, escoltados ou envolvidos em ocorrência policial, além de vitimas de abuso sexual e pacientes que retornam ao atendimento em menos de 24 horas sem melhora. Murano explica que esses pacientes devem merecer atenção da equipe de classificação de isco, e dentro do possível, a avaliação deve ser priorizada, respeitando a situação clinica dos outros usuários que aguardam atendimento.

Para Fábio Murano, o acolhimento com avaliação de risco é fundamental para o atendimento mais eficiente e seguro. "Temos, com esse acolhimento, um atendimento mais humanizado, com menor possibilidade de erros e mais rápido. Os pacientes querem e necessitam que o atendimento seja resolutivo, humanizado e seguro", finalizou.

Volta ao índice de notícias