Dengue: Saúde e Exército visitam 3,4 mil residências

19/02/2013

Autor: Tiago Freitas

Os servidores da Secretaria Municipal de Saúde designados para realizar as vistorias de combate à dengue, somados aos 100 homens da 11ª Brigada de Infantaria Leve do Exército, completaram, nesta terça-feira, 19 de fevereiro, três dias completos de visitações a residências da cidade. Ao todo, 3.403 imóveis foram vistoriados desde o início do programa. Destes, 1.286 estavam fechados e quarenta proprietários recusaram-se a receber as equipes.

"Começamos pelos dois bairros considerados mais problemáticos da cidade: Campo Belo e Jardim Rossin. No primeiro, tivemos quatro casos confirmados em dezembro e janeiro. No segundo foram cinco em janeiro e outros dois em fevereiro", informou a médica veterinária Tessa Roesler, coordenadora do Programa de Controle da Dengue do município.

Os soldados, que receberam capacitação pelo Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), atuam na remoção de criadouros, telamentos de caixas d'água e nas ações de educação, informação e mobilização social em diversos bairros da cidade. Além da força de trabalho, o Exército também disponibilizou sete caminhões, sendo dois para a remoção de materiais e resíduos propícios para a proliferação do mosquito e cinco para transporte da tropa.

Nesta quarta-feira, dia 20, as equipes vão atuar no Jardim Fernanda e, na quinta-feira, 21, voltam ao Jardim Rossin. Este ano foram notificados, em Campinas, 518 casos suspeitos de dengue, dos quais 85 foram confirmados, entre autóctones e importados. Apenas um dos casos teve desenvolvimento da febre hemorrágica. O paciente foi tratado, medicado, teve alta médica e passa bem.

Parceria

A parceria entre a Prefeitura e o Exército foi formalizada em 23 de janeiro, quando o prefeito Jonas Donizette reuniu-se com o comandante da 11ª Brigada de Infantaria Leve, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva. Na ocasião, o prefeito considerou extrema importância a ajuda dos militares nessa empreitada. "Nossa maior preocupação é que algumas medidas preventivas, que poderiam ter sido desenvolvidas no período anterior, deixaram de ser tomadas. Temos, ainda, o quadro de desligamento dos profissionais contratados pelo Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, que trabalhavam no combate da doença. Além disso - ressaltou o prefeito -, há circulação de um novo tipo de vírus, o Tipo 4, que potencializa o risco de epidemia. Portanto, o reforço do Exército é fundamental".

Fotos de Carlos Bassan

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