Secretaria da Saúde amplia apoio a lesionados

19/03/2002

Os cidadãos campineiros com lesão medular ocasionadas pela violência urbana já podem contar, a partir desta quarta-feira, dia 20 de março, com um serviço de atenção diferenciado. A Secretaria da Saúde inaugura o Projeto de Educação em Saúde ao Portador de Lesão Raqui-Medular. Com isso, os pacientes passam a ter acompanhamento integral, que inclui, a recuperação – fisioterapia e terapia ocupacional - e reabilitação.

A iniciativa é baseada nos conceitos do Projeto Paidéia – Saúde da Família e vai proporcionar acompanhamento integral às vítimas da violência urbana - que inclui acidentes de trânsito ou de trabalho, disparos de arma de fogo, agressões físicas e outros tipos de trauma.

O Projeto será lançado às 14h desta quarta-feira (20), no Centro de Reabilitação Física da Prefeitura de Campinas, na Avenida Orosimbo Maia, 921.

"Nosso objetivo é resgatar um espaço de cidadania para essas vítimas de violência", explica Osmarina F.C. Ruiz, coordenadora do Centro de Reabilitação Física da Secretaria de Saúde de Campinas.

Segundo a coordenadora, esse resgate significa incluir o cidadão lesionado no trabalho, no lazer e na sociedade, orientando-o sobre seus direitos e deveres. "Esse acompanhamento vai permitir que cada um tenha suas potencialidades maximizadas", explica Osmarina.

O trabalho de acompanhamento ao usuário, conforme ressalta Osmarina, inclui as necessidades essenciais de qualquer cidadão, como direito ao trabalho, esporte e cultura, sexualidade e apoio familiar.

Ela lembra, ainda, que o Projeto tem uma trajetória intersetorial que envolve o Conselho de Reabilitação, ONGs (Organizações Não Governamentais) e outras entidades ligadas à educação ou instituições de saúde.

Atualmente, em Campinas, o Centro de Reabilitação Física atende a cerca de vinte usuários. No entanto, com a implantação do novo projeto, esse número será ampliado, mesmo porque envolverá seus familiares, colegas de trabalho e outras pessoas ligadas a sua reabilitação.

Segundo dados da Organização Panamericana de Saúde (Opas), numa população urbana como a de Campinas, 18% das incapacidades são ocasionadas pela violência urbana. A Opas ainda aponta que apenas 2% dessas vítimas têm algum tipo de atendimento e que a maioria dos vitimados por arma de fogo está na faixa etária entre 13 e 30 anos.

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