Município tem
697 casos de dengue confirmados este ano; 513 são autóctones
A
Prefeitura de Campinas retirou, de vários pontos da cidade, mais
28 toneladas de entulhos e outros materiais que podem servir de
criadouro para o mosquito da dengue, o Aedes aegypti, no último
sábado (23). A Secretaria de Estado da Saúde definiu a data como
dia "D" estadual no combate à doença.
Na
região Noroeste da cidade, na área do Centro de Saúde São
Quirino, foram retiradas 5 toneladas. Cerca de 80 pessoas
estiveram envolvidas na operação naquele local. No Ipaussurama
foram retiradas 4 ton. e 70 pessoas trabalharam, não só na remoção
dos criadouros, mas também na busca de eventuais casos. No
Perseu, houve remoção de 7,5 ton. e 45 pessoas atuaram também
na busca de casos.
Na
região Sudoeste, a operação resultou na retirada de 11
toneladas e 120 pneus. Além disso, 1.500 residências foram
visitadas e a população foi orientada quanto às maneiras de
agir para evitar que o mosquito se reproduza. Os bairros
envolvidos foram Jardim Rosalina, Jardim Telesp, Eldorado dos
Carajás, Dic 1 e Jardim Capivari.
Na
região Norte, nas áreas da Vila Padre Anchieta e do Santa Bárbara
houve remoção de 1,5 ton. de materiais e busca de suspeitos de
terem sido infectados pelo vírus da dengue em 40 quarteirões. Na
área do Jardim Aurélia e de Barão Geraldo, houve arrastão e as
casas estabelecimentos de risco que estavam fechados foram
notificados. Também foram desenvolvidas atividades educativas nos
bairros atendidos pelos centros de saúde do Jardim Eulina, Padre
Anchieta, Barão Geraldo, Santa Bárbara e Aurélia.
As
equipes da região Sul concentraram seus esforços na área no
Campo Belo, onde há o maior número de casos da cidade. Lá foram
distribuídas 140 caixas d’água e recolhidos 200 tambores. Na
área do Faria Lima, foi feita aplicação de inseticida em
escolas e residências.
Luta
permanente
– Na próxima semana (entre 1 e 7 de abril), equipes da
Secretaria de Saúde estarão fazendo aplicação de inseticida
contra o mosquito da dengue na região Sudoeste, na área do
Tancredão e do Santa Lúcia. Na região Sul, a aplicação será
na área da Vila Rica, e na região Noroeste, nas áreas do
Integração, Balão do Laranja e Perseu. As atividades educativas
e arrastões também prosseguem em vários pontos da cidade.
A
vigilância epidemiológica de Campinas informa que a aplicação
do inseticida é feita somente como medida complementar nos locais
onde haja transmissão importante da doença. Os profissionais da
vigilância também informam que o inseticida mata somente o
mosquito adulto e não surte efeitos contra as larvas e ovos do Aedes
aegypti. Portanto, é imprescindível que a população
elimine sempre os locais que possam servir de criadouros para o
mosquito.
Números
– Campinas tem confirmados, até o momento, 697 casos de dengue,
sendo 513 autóctones, 125 importados e 59 casos que ainda estão
em investigação.
Cuidados
– A Secretaria de Saúde informa que a população deve tomar as
providências abaixo quando as equipes visitarem suas casas para
aplicar o inseticida:
- Guardar em
lugar fechado ou cubra qualquer tipo de alimento, depósito de
água ou material de cozinha;
- Guardar em
lugar fechado ou cubra roupas limpas e retire a roupa do varal
mesmo que molhada, colocando-as de volta, se necessário, após
o final do inseticida;
- Cobrir ou vire
bebedouros de animais (cães, gatos, aves) e cubra gaiolas de
passarinhos;
- Erguer as
colchas das camas e as toalhas das mesas;
- Quando a
equipe chegar, manter portas, janelas e cortinas abertas,
inclusive o Box do banheiro, facilitando a entrada do
inseticida na casa.
- Durante a
aplicação do inseticida permanecer na calçada oposta à sua
casa, junto com as crianças e pequenos animais;
- Só entrar em
casa depois de 15 minutos da aplicação do inseticida;
- No caso de
pessoas doentes e acamadas, manter a porta e janela do quarto
fechada durante a aplicação, abrindo-as 30 minutos após a
aplicação do inseticida.