Não
existe vacina que proteja contra a conjuntivite e a doença só
é notificada às Vigilâncias em Saúde se ocorrerem surtos.
Tratamento inclui lavar os olhos com água limpa, fervida e fria
A Secretaria de
Saúde de Campinas está alertando os profissionais de saúde
para que estejam atentos à ocorrência de surtos de
conjuntivite no município. A orientação está sendo reforçada
devido ao aparecimento de casos da doença na região,
principalmente em Sumaré e Hortolândia, nas últimas três
semanas.
Em Campinas, até
o momento, houve notificação de um surto numa creche do Jardim
Santo Expedito, localizada na área de cobertura do Centro de Saúde
Santa Odila, região Sul. Doze pessoas foram acometidas. A ocorrência
foi registrada em 26 de fevereiro. A Secretaria de Saúde ainda
aguarda resultados de exames que devem apontar que micróbio
causou o surto.
O verão é a
estação em que ocorrem surtos de conjuntivites virais no
Estado de São Paulo. E, além destas, as conjuntivites
bacterianas e o tracoma também são registrados em vários
municípios paulistas. O tracoma é uma doença crônica do
olho.
A conjuntivite
preocupa porque, se causada pelo micróbio Haemophilus
influenzae biogrupo aegyptius, pode levar ao
aparecimento da febre purpúrica brasileira. A febre purpúrica
é uma doença infecciosa aguda que acomete as crianças após a
conjuntivite. Tem início súbito e pode levar à morte. Os
primeiros sintomas são febre alta e sinais de intoxicação.
Não existe
vacina que proteja contra a conjuntivite. A doença só é
notificada às Vigilâncias em Saúde se ocorrerem surtos. O
tratamento inclui lavar os olhos com água limpa, fervida e
fria. Se necessário, e somente com prescrição médica, é
indicado uso de anti-inflamatórios. Remédios caseiros não
devem ser utilizados.
A pessoa
acometida por conjuntivite viral deve ser mantida afastada de
ambientes coletivos, como escolas, trabalho, creches, etc, por
pelo menos três dias. A doença pode ser prevenida com a adoção
de medidas de higiene como lavar sempre as mãos e o rosto com
água e sabão, evitar coçar os olhos e usar toalhas e
travesseiros individuais. Objetos de pessoas com conjuntivite,
como cosméticos, óculos e lenços, não devem ser
compartilhados. A pessoa com conjuntivite também deve evitar
piscinas.
A conjuntivite
- A
conjuntivite é uma doença muito freqüente causada por vírus,
bactéria e também pode ter origem alérgica. É transmitida de
pessoa para pessoa com muita facilidade, principalmente quando
as condições de saneamento básico, higiene pessoal e
domiciliar são precárias.
Os principais
sintomas são olhos avermelhados, lacrimejamento, pálpebras
inchadas e avermelhadas, secreção amarela no canto dos olhos
ou nas bordas das pálpebras, intolerância à luz, sensação
de areia nos olhos, pálpebras grudadas ao acordar e visão
borrada.
Se for causada
por vírus, na maioria das vezes, dura cerca de 15 dias e evolui
para a cura. Se for ocasionada por bactéria, regride dentro de
três a cinco dias, e, diferentemente da viral, produz muita
secreção.