Prefeitura lança Campinas Cidade-Mãe

14/03/2003

Projeto garante que gestantes sejam bem cuidadas tanto com relação à saúde, quanto como mulheres e como cidadãs

A Secretaria Municipal de Saúde lança oficialmente neste sábado, 15 de março, o projeto Campinas Cidade-Mãe. Parte deste projeto já vem sendo colocada em prática há dois anos no município e promove a humanização do pré-natal e do parto. Dados da Secretaria mostram que, neste período, já houve avanços. As gestantes agora chegam aos serviços antes do primeiro trimestre de gravidez e o município reduziu pela metade a mortalidade materna – quando a mulher morre durante o parto ou logo após dar à luz. Em 2001, houve 12 mortes. No ano passado, foram seis.

A cerimônia de lançamento do Cidade-Mãe ocorre às 10h30 de amanhã, na Maternidade de Campinas, com presença da prefeita Izalene Tiene e da secretária municipal de saúde Maria do Carmo Cabral Carpintéro. O médico sanitarista Gastão Wagner de Sousa Campos, secretário nacional de saúde, também participa representando o Ministro da Saúde Humberto Costa.

O objetivo do Campinas Cidade-Mãe é garantir que a gestante seja bem assistida tecnicamente para que o nascimento ocorra em condições normais, seguras. É proteger a saúde das mulheres e das crianças que vão nascer. E, além de assegurar que as gestantes sejam bem tratadas tecnicamente, o Cidade-Mãe garante que elas sejam acolhidas também como mulheres e como cidadãs.

A coordenadora da saúde da mulher em Campinas, a médica ginecologista-obstetra Verônica Gomes Alencar, explica que a atenção adequada às gestantes tem início já no Centro de Saúde mais próximo da casa da mulher. Lá, diz Verônica, a gestante é acolhida e pode fazer o exame rápido de detecção da gravidez.

A partir daí, ela é cadastrada no serviço de saúde do município e passa o mais rápido possível pela consulta com o ginecologista-obstetra. Ao longo da gestação, a mulher ainda passa por, pelo menos, seis consultas. Os profissionais médicos ou de enfermagem dos Centros de Saúde também estão preparados para detectar e dispensar atenção à gestação de risco e aos agravos que possam ocorrer durante a gravidez.

Segundo Verônica, a gestante recebe, se necessário, vacinação anti-tetânica e outros cuidados. Passa por exames laboratoriais de rotina e faz, pelo menos, uma ultrassonografia obstétrica. Ela também é orientada nas reuniões do grupo de gestantes sobre como cuidar do bebê, a importância da amamentação, a anticoncepção no pós-parto, como e quando procurar o Centro de Lactação - Banco de Leite Humano de Campinas, e demais cuidados que deve adotar nesta fase.

A gestante também é encaminhada para conhecer a maternidade onde vai dar à luz. Dependendo do Centro de Saúde que ela freqüenta, pode ser a Maternidade de Campinas, o Caism (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher) ou a maternidade do Hospital Celso Pierro. E, a partir de agora, no momento do parto, a mulher poderá estar acompanhada do seu companheiro ou de alguma outra pessoa de sua confiança. Além disso, as visitas do pai estão podem ser feitas a qualquer horário em qualquer dia.

De acordo com a secretária municipal de saúde, Maria do Carmo Cabral Carpintéro, o Cidade-Mãe recupera o "humano" que o momento do nascimento nunca deveria ter perdido. "O programa garante o direito ao parto seguro e humanizado e recupera o que existe de mais especial neste momento tão importante da vida da mulher e da sua família", diz Maria do Carmo.

O Campinas Cidade-Mãe é desenvolvido em parceria com o Ministério da Saúde e tem apoio da Maternidade de Campinas e das maternidades do Hospital Celso Pierro e do Caism (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher).

Volta ao índice de notícias