Saúde intensifica ações de combate à dengue na região Sul de Campinas

25/03/2003

Objetivo é sensibilizar as pessoas para que mantenham o ambiente livre dos possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue

Com uma série de ações concentradas na ocupação do Jardim do Lago 2, área do Centro de Saúde São José, região Sul e Campinas, a Prefeitura de Campinas reforça a atenção para evitar o aumento dos casos de dengue na cidade. No local, foram confirmados cinco casos autóctones (quando a pessoa infectada onde mora no local da contaminação) da doença. Em todo município, desde janeiro, foram registrados 220 casos.

Agentes comunitários e outros profissionais do Centro de Saúde São José, entre outras providências, promovem ações de conscientização com a população. De acordo com o biólogo Daniel de Freitas, coordenador da Visa Sul (Vigilância em Saúde), a idéia é sensibilizar as pessoas para que mantenham o ambiente livre dos possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue.

"As equipes ainda estão desenvolvendo ações de limpeza em quintais e terrenos baldios durante toda semana. No sábado, 29, faremos desinsetização", diz Daniel. Ele explica que é necessário fazer um trabalho prévio com a população por causa dos riscos da aplicação do veneno.

Na área do Centro de Saúde Figueira, também na região Sul, as equipes promovem arrastões para eliminação dos criadouros, a partir de quinta-feira. Junto com a limpeza, são desenvolvidas ações educativas e é feita busca de casos suspeitos. No local, foram registrados três casos autóctones de dengue. A área também será desinsetizada.

Ainda na área do São José, as equipes continuam com a colocação de telas em caixas d’água. O objetivo é impedir o acesso da fêmea do mosquito da dengue e, desta maneira, evitar que o inseto deposite seus ovos nos recipientes.

Conforme explica o coordenador, na área da Vila Industrial, a Prefeitura conseguiu, depois de muito trabalho, conter a proliferação da doença. O bairro já está há mais de trinta dias sem registrar casos. No entanto, na Vila Teixeira, que fica ao lado, já foram registrados dois casos autóctones da doença. Por isso, as equipes estão diariamente nas ruas do bairro com atividades de limpeza, busca de casos e ações educativas.

A Secretaria de Saúde promove ações contra a dengue também na área do Balão do Laranja, região Noroeste, nesta terça-feira, 25. Amanhã, quarta-feira 26, as atividades de remoção de criadouros do mosquito ocorrem na área do Centro de Saúde Santa Mônica, região Norte. Na quinta, as ações estarão sendo desenvolvidas no Tancredão, região Sudoeste. E, na sexta-feira, 28, as equipes se concentram na área do Centro de Saúde São José, região Sul.

Campinas já contabiliza, desde janeiro, 220 casos de dengue, sendo 177 autóctones, 41 importados e dois que ainda estão em investigação. Em 2002, no mesmo período, a cidade já havia registrado 700 casos. Uma redução de mais de 68%.

De qualquer forma, a Prefeitura alerta que só com a participação da sociedade será possível manter a doença sob controle. Levantamento recente da Secretaria de Saúde mostra que o mosquito da dengue muitas vezes se desenvolve no próprio quintal das pessoas, nas vasilhas com água parada.

O estudo aponta que na região Norte, na área do Centro de Saúde Aurélia, a cada cem casas, pelo menos nove têm focos da doença – contêm larvas.

E ainda mostra que mais de 80% dos criadouros disponíveis para o mosquito estão nas casas e quintais. São lotes sem capinar, cheios de sucatas, pratos de vasos de planta, latas, garrafas, potes, pneus e reservatórios de água entre outros.

Os sintomas da dengue são febre, dor de cabeça e no corpo e fraqueza. Também podem surgir manchas pelo corpo. Ao apresentar algum destes sinais, a pessoa deve procurar o Centro de Saúde.

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