Ministro Humberto Costa anuncia mais recursos para a saúde em Campinas

05/03/2004

Denize Assis e Marco Aurélio Capitão

O Ministro de Saúde, Humberto Costa, anunciou nesta sexta-feira, 5 de março, em Campinas um investimento de R$ 8,8 milhões para a melhoria da atenção à saúde da população no município. O anúncio ocorreu durante cerimônia de inclusão de Campinas na rede nacional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192).

Parte do repasse já havia sido comunicada pelo Governo Federal em 5 de fevereiro. Além deste montante, o Ministério vai destinar, para o Samu/Campinas, R$ 450 mil e mais verba mensal para custeio (leia nesta página).

Os recursos, previstos em 16 convênios, serão destinados para compra de equipamentos hospitalares e materiais de uso permanente, custeio e manutenção de hospitais, capacitação profissional, aquisição de unidades móveis de saúde, apoio a pesquisas em saúde, construção, reforma e ampliação de Centros de Saúde e do Hospital Municipal Mário Gatti, capacitação e implantação do Cartão SUS, projetos de estudos e pesquisas.

Os convênios foram firmados com a Prefeitura, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Sociedade Campineira de Educação e Instrução – Pontifícia Universidade Católica (PUC-Campinas).

Samu ganha reforço e passa a integrar a rede nacional

O Ministro Humberto Costa anunciou ainda que Campinas integra, a partir de hoje, a rede nacional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192). Para custeio do serviço, em funcionamento há oito anos na cidade, o Ministério da Saúde irá disponibilizar, mensalmente, R$ 300 mil, o que representa quase 50% do custo estimado. A verba passa a ser paga já em abril.

Até então, o Samu/Campinas era mantido exclusivamente com recursos municipais. Atualmente o serviço conta com 11 ambulâncias básicas, três unidades de suporte avançado ou Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e central de regulação médica.

O Ministério também vai destinar R$ 150 mil para reforma e ampliação da central de regulação, que permitirá ao município modernizar ainda mais a assistência prestada ao usuários. Além disso, serão destinados R$ 200 mil para a compra de equipamentos, instrumentais e outros materiais. A cidade vai receber, também, cinco ambulâncias de suporte básico e duas de suporte avançado (Unidade de Terapia Intensiva), adquiridas pelo Ministério da Saúde e R$ 100 para atualização de profissionais.

"O investimento para Campinas e para a criação de Samus nas maiores cidades brasileiras é o principal componente da Política Nacional de Atenção às Urgências, lançada em 2003. Os recursos garantem que o Samu/Campinas atenda a população com mais presteza e maior qualidade. Também há uma verba prevista para capacitação e atualização dos profissionais", disse o ministro Humberto Costa.

Segundo o médico emergencista Joaquim José de Oliveira Filho, coordenador da área de urgência da Secretaria de Saúde de Campinas, serviços como o Samu têm custo muito alto. No caso de Campinas, o município, até então, bancava sozinho todas as despesas. "Com a contrapartida do Ministério, vamos melhorar e ampliar ainda mais a qualidade do atendimento aos cidadãos", disse.

De acordo com Oliveira Filho, um dos projetos a ser concretizado com os recursos adicionais é a descentralização do Samu. "Vamos implantar bases do Samu nos cinco distritos da cidade, em locais estratégicos. Esta é uma das diretrizes que foi apontada na última Conferência Municipal de Saúde", afirma.

O médico emergencista José Roberto Hansen, coordenador da Samu/Campinas, afirmou que Campinas está reivindicando também um Núcleo de Educação em Urgência. Ao todo, o Ministério da Saúde vai criar 27 núcleos em todo País, um em cada Estado. "No entanto, estamos solicitando uma unidade específica para o município, que também poderia contemplar toda região metropolitana", afirmou.

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