Denize Assis e
Marco Aurélio Capitão
O Ministro de
Saúde, Humberto Costa, anunciou nesta sexta-feira, 5 de março,
em Campinas um investimento de R$ 8,8 milhões para a melhoria
da atenção à saúde da população no município. O anúncio
ocorreu durante cerimônia de inclusão de Campinas na rede
nacional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu/192).
Parte do
repasse já havia sido comunicada pelo Governo Federal em 5 de
fevereiro. Além deste montante, o Ministério vai destinar,
para o Samu/Campinas, R$ 450 mil e mais verba mensal para
custeio (leia nesta página).
Os recursos,
previstos em 16 convênios, serão destinados para compra de
equipamentos hospitalares e materiais de uso permanente,
custeio e manutenção de hospitais, capacitação
profissional, aquisição de unidades móveis de saúde, apoio
a pesquisas em saúde, construção, reforma e ampliação de
Centros de Saúde e do Hospital Municipal Mário Gatti,
capacitação e implantação do Cartão SUS, projetos de
estudos e pesquisas.
Os convênios
foram firmados com a Prefeitura, Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) e Sociedade Campineira de Educação e
Instrução – Pontifícia Universidade Católica
(PUC-Campinas).
Samu ganha
reforço e passa a
integrar a rede nacional
O Ministro
Humberto Costa anunciou ainda que Campinas integra, a partir
de hoje, a rede nacional do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu/192). Para custeio do serviço, em
funcionamento há oito anos na cidade, o Ministério da Saúde
irá disponibilizar, mensalmente, R$ 300 mil, o que representa
quase 50% do custo estimado. A verba passa a ser paga já em
abril.
Até então,
o Samu/Campinas era mantido exclusivamente com recursos
municipais. Atualmente o serviço conta com 11 ambulâncias básicas,
três unidades de suporte avançado ou Unidades de Terapia
Intensiva (UTIs) e central de regulação médica.
O Ministério
também vai destinar R$ 150 mil para reforma e ampliação da
central de regulação, que permitirá ao município
modernizar ainda mais a assistência prestada ao usuários. Além
disso, serão destinados R$ 200 mil para a compra de
equipamentos, instrumentais e outros materiais. A cidade vai
receber, também, cinco ambulâncias de suporte básico e duas
de suporte avançado (Unidade de Terapia Intensiva),
adquiridas pelo Ministério da Saúde e R$ 100 para atualização
de profissionais.
"O
investimento para Campinas e para a criação de Samus nas
maiores cidades brasileiras é o principal componente da Política
Nacional de Atenção às Urgências, lançada em 2003. Os
recursos garantem que o Samu/Campinas atenda a população com
mais presteza e maior qualidade. Também há uma verba
prevista para capacitação e atualização dos
profissionais", disse o ministro Humberto Costa.
Segundo o médico
emergencista Joaquim José de Oliveira Filho, coordenador da
área de urgência da Secretaria de Saúde de Campinas, serviços
como o Samu têm custo muito alto. No caso de Campinas, o
município, até então, bancava sozinho todas as despesas.
"Com a contrapartida do Ministério, vamos melhorar e
ampliar ainda mais a qualidade do atendimento aos cidadãos",
disse.
De acordo com
Oliveira Filho, um dos projetos a ser concretizado com os
recursos adicionais é a descentralização do Samu.
"Vamos implantar bases do Samu nos cinco distritos da
cidade, em locais estratégicos. Esta é uma das diretrizes
que foi apontada na última Conferência Municipal de Saúde",
afirma.
O médico
emergencista José Roberto Hansen, coordenador da
Samu/Campinas, afirmou que Campinas está reivindicando também
um Núcleo de Educação em Urgência. Ao todo, o Ministério
da Saúde vai criar 27 núcleos em todo País, um em cada
Estado. "No entanto, estamos solicitando uma unidade
específica para o município, que também poderia contemplar
toda região metropolitana", afirmou.