Para
enfrentar a questão do pouco acesso aos medicamentos, em
fevereiro, a Secretaria de Saúde de Campinas renegociou dívidas
do ano passado com fornecedores, iniciou processo de compra de
vários fármacos e materiais e implementou uma série de
mudanças no processo de distribuição dos itens. Com isto,
rapidamente foram adquiridos medicamentos básicos que estavam
com estoques comprometidos como antiinflamatórios e antibióticos
além de outros usados no controle de doenças como hipertensão
e diabetes. Ainda foi iniciado processo amplo de compra para
suprir todas as necessidades.
Para sanar o
problema da falta de médicos e de outros profissionais, a
Secretaria começou a transformar a gestão dos recursos
humanos na saúde. Primeiro fez um balanço da força de
trabalho disponível, que apontou afastamento de 11,2% dos
profissionais por LTS (Licença de Trabalho por Motivo de Saúde),
o que equivale a 462 pessoas, número suficiente para tocar um
hospital. Nesta mesma linha de atuação, a Secretaria passou
a atacar o problema das licenças de curta duração e a
gerenciar as férias e licenças-prêmio para uma melhor
distribuição ao longo do ano. O objetivo é trazer de volta
estes profissionais e garantir a atuação deles no sistema
para que a Prefeitura possa dispor de médico e de outros
profissionais da saúde no momento em que o usuário precisa.
Dados.
Em fevereiro de 2005, mais de 280 mil pessoas passaram pela
unidades próprias e conveniadas da Secretaria de Saúde de
Campinas para os mais diversos tipos de assistência. Foram
realizados aproximadamente 250 mil procedimentos médicos,
entre consultas de rotina e de urgência, exames de diagnóstico
e cirurgias ambulatoriais. Também fora feitas 1,5 mil
mamografias e cerca de 130 mil exames no Laboratório
Municipal de Análises Clínicas. O Samu realizou 5,8 mil
atendimentos e transportou 3 mil pacientes que, sem recursos
próprios, carecem de ser levados de casa para serviços de
hemodiálise, fisioterapia, radioterapia e quimoterapia. Também
foram feitos cerca de 250 mil procedimentos de enfermagem
incluindo aplicação de vacinas, inalação e curativos. As
148 equipes de saúde da família ainda realizaram 2 mil
consultas domiciliares e o agentes comunitários de saúde
destas equipes fizeram 75 mil visitas casa a casa para as mais
diversas ações de saúde. Os profissionais que atuam no
controle da dengue promoveram 22 ações de controle de focos
do mosquito Aedes aegypti e removeram cerca de 34
toneladas de entulhos, pneus e outros resíduos.