Denize
Assis
A Vigilância
em Saúde (Visa) de Campinas notificou, nesta
segunda-feira, dia 21 de março, um óbito por doença
meningocócica na Região Leste da cidade. Trata-se de um
bebê de dois meses morto na madrugada de domingo logo após
chegar a um hospital da rede pública. Este é o quinto
caso da doença e o segundo óbito registrado em 2005 no
município. Não há relação entre as ocorrências. No
ano passado, foram registrados dezesseis casos e 7 mortes
por doença meningocócica na cidade, sendo que de janeiro
a março houve 1 caso.
"A
equipe da Vigilância em Saúde Leste, em conjunto com o
Centro de Saúde de Sousas, já desencadeou as medidas
para prevenir a ocorrência de novos casos oriundos deste
registro, medida chamada tecnicamente de quimioprofilaxia
(bloqueio)", informa a enfermeira sanitarista Maria
Filomena Gouveia Vilela, da Visa. O bloqueio, feito com o
antibiótico rifampicina, é indicado nas pessoas que
tiveram contato próximo e prolongado com o doente,
chamadas comunicantes.
A doença
meningocócica é uma infecção aguda causada por bactéria
e que pode atingir todas as pessoas independente da faixa
etária. No entanto, é mais comum nas crianças. Existe
tratamento para a doença meningocócica e a maioria dos
casos evolui para cura. Às vezes, pode deixar seqüelas.
Ocorre durante o ano todo. Mas, nos meses mais frios e
secos, como acontece com todas as doenças de transmissão
respiratória, observa-se aumento nas ocorrências.
A doença
meningocócica pode ser manisfestar como uma meningite –
infecção das meninges - e, na sua forma mais grave, a
bactéria se espalha no organismo como uma septicemia –
meningoccemia. Também podem aparecer casos em que há
presença de meningite e meningococcemia associadas.
Maria
Filomena afirma que é necessário atenção para o sinal
característico da doença meningocócica que é febre
acompanhada de dor de cabeça, vômito, dor na região do
pescoço e, nas crianças muito pequenas, irritabilidade,
choro, gemido, e letargia entre outros. "Mediante
estes sinais, a pessoa deve ser encaminhada imediatamente
ao serviço de saúde", diz. "No caso da
meningococcemia, que pode ocorrer com ou sem sinais meníngeos
– que são os descritos acima -, observa-se a presença
de lesões ou manchas arroxeadas e avermelhadas na
pele".
A
sanitarista informa que a intervenção nas primeiras
horas do início dos sintomas da meningite é fundamental
para a boa evolução do caso. "Por isso, o diagnóstico
e tratamento precoce, a notificação rápida e o esforço
no sentido de identificar o tipo da meningite – o agente
etiológico – são extremamente importantes", diz.