Incidência de aids entre jovens, dos 15 aos 19 anos, de 1991 a 2004, em Campinas, cai de 23 para menos de dois casos em cada 100 mil habitantes

16/03/2006

Busca pelo preservativo nas unidades de saúde cresceu de 40 mil unidades ao mês para 300 mil; 
também aumentou uso de camisinha na primeira relação

A incidência de aids entre jovens, em Campinas, diminuiu. Pelo menos desde 1991 até o final de 2004. E a tendência de queda deve ser mantida, afirma a coordenadora do Programa Municipal (PM) de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Campinas, Maria Cristina Ilário, enfermeira sanitarista.

Segundo ela, a tendência que vem sendo observada nos últimos anos deve ser confirmada nos dados epidemiológicos futuros. A queda da incidência, ou seja, a ocorrência de casos da síndrome a cada 100 mil habitantes foi verificada em um período em que também ocorreu um aumento na busca pelas camisinhas em unidades da rede pública de saúde, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas.

Também foi neste período, segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, que foi registrado aumento no uso de preservativos logo na primeira sexual. A pesquisa, divulgada no final de 2005, foi realizada em todo o território nacional.

De acordo com o Programa Municipal de DST/Aids de Campinas, a incidência da aids em jovens na faixa etária dos 15 aos 19 anos caiu em Campinas de 23 para menos de dois casos, em cada grupo de 100 mil habitantes. O incentivo ao uso do preservativo nas relações sexuais, segundo o Programa Municipal de DST/Aids é uma das explicações para a queda da incidência.

A busca por esse insumo nas unidades básicas de saúde em Campinas cresceu de 40 mil unidades por mês, em 1999, para 300 mil unidades por mês em 2005. A eficácia e efetividade do preservativo masculino, ou seja, da camisinha masculina, segundo o Ministério da Saúde, na prevenção da infecção ao HIV e a aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, através das relações sexuais, são da ordem de 95%.

Segundo o Programa Municipal de DST e Aids de Campinas, em 1991, em cada grupo de 100 mil habitantes, eram registrados 23 casos de aids entre jovens de 15 a 19 anos. Em 1998 esta incidência já havia caído para menos de seis casos em cada grupo de 100 mil habitantes. Foi em 2004 que a incidência chegou a menos de dois casos em cada grupo de 100 mil habitantes.

Mais informações sobre doenças sexualmente transmissíveis e aids podem ser obtidas pelo telefone (19) 3234 – 5000, ou pessoalmente, no Centro de Referência (CR) em DST/Aids de Campinas, serviço público de saúde localizado à rua Regente Feijó, número 637, no Centro –próximo ao Terminal Central e Terminal 2 de ônibus urbanos. O Centro de Referência funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 20h.

Para saber mais sobre o teste de HIV e sífilis, a população pode informar-se através do Centro de Orientação e Apoio Sorológico / Testagem e Aconselhamento (Coas/CTA), que funciona dentro do Centro de Referência, pelo telefone (19) 3236 – 3711. O teste de aids é gratuito, anônimo e sigiloso.

Mais informações à Imprensa: (19) 3234 – 5000 ramal 220, com Eli Fernandes

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