Ações de educação em saúde marcam Dia Mundial Contra a Tuberculose em Campinas

23/03/2007

Para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, comemorado em 24 de março, os Centros de Saúde da Prefeitura de Campinas promovem durante todo mês de março ações de educação em saúde, comunicação e mobilização social sobre o tema. As unidades intensificaram principalmente nesta semana a busca ativa de casos suspeitos e as informações nas salas de recepção. Além disso, nesta sexta-feira, dia 23, equipes da Secretaria Municipal de Saúde participam em São Paulo do Fórum de Tuberculose.

O Secretário Municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, reafirma que o controle da tuberculose é uma prioridade do seu governo e faz parte do Pacto de Gestão do SUS. “Trabalhamos em sintonia com os Programas Nacional e Estadual de Controle da Tuberculose, que buscam a redução dos casos e das mortes pela doença. Em Campinas, temos conseguido avanços”, disse.

Considerada uma doença ‘persistente’, a tuberculose atinge, atualmente, um terço da população mundial, com cerca de 8 milhões de casos novos a cada ano, o que significa 23 mil doentes detectados por dia. São 2 milhões de mortes por ano, 5 mil mortes a cada dia, uma morte a cada 15 segundos.

Em Campinas, em 2006, foram registrados 302 casos novos da doença, numa taxa de incidência de 30 para cada grupo de 100 mil habitantes. Houve 11 mortes, segundo dados provisórios da Vigilância em Saúde (Visa) do município. O sucesso do tratamento ficou em torno de 73% e a taxa de abandono foi de 10,5%. A maior população atingida é na faixa etária de 30 a 49 anos, com prevalência do sexo masculino.

A enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde (Visa) de Campinas, afirma que nos últimos anos o município melhorou a taxa de cura, ampliou a cobertura do tratamento supervisionado e melhorou o diagnóstico de co-infecção pelo HIV entre pacientes com tuberculose – em 2006 a taxa de pacientes com co-infecção foi de 16%.

“Mas os desafios ainda são muitos e entre as metas da Secretaria Municipal de Saúde constam fazer busca ativa de casos, ampliar do tratamento supervisionado, diminuir o abandono, melhorar a taxa de cura, ampliar o controle da tuberculose nos presídios e aprimorar o sistema de informações”, diz Carmo Ferreira.

A tuberculose é uma doença grave, transmitida pelo paciente ao falar, espirrar ou tossir, por meio das gotas de secreção respiratória que se propagam pelo ar. Causada por um microorganismo, o bacilo de Koch, cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis, a enfermidade pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial os pulmões. O diagnóstico da doença é fácil e barato, o tratamento está disponível na rede pública de saúde e é eficaz.

O sintoma mais freqüente da tuberculose é a tosse, muitas vezes acompanha de escarro. Também podem surgir febre baixa, geralmente no final da tarde, fraqueza no corpo, perda de apetite, dores no peito e nas costas, suores noturnos e, às vezes, escarro com sangue.

De acordo com a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, a orientação para a população é que procure o centro de saúde ao apresentar tosse há mais de três semanas. “E os profissionais também precisam estar atentos e pensar tuberculose quando o paciente se apresentar com tosse pois esta doença ainda é um problema de saúde pública muito presente”, afirma Brigina.

Denize Assis

Volta ao índice de notícias