Autor: Eli Fernandes
Atividade é promovida pela Vigilância à Saúde e Programa DST/Aids de Campinas e conta com palestras, workshop e desfile
Mais de 100 pessoas acompanham neste momento o encontro "Beleza e Segurança" promovido pela Coordenadoria de Vigilância à Saúde (Covisa) e Programa de DST/Aids da Secretaria de Saúde de Campinas para profissionais que trabalham com a beleza (salões de cabeleireiros, pedicures, manicures, entre outros). O evento teve início às 8h.
Durante a tarde, das 14h às 17h, os profissionais da saúde e dos salões participam de workshop que vai relacionar o tema à moda e à beleza. Haverá um desfile para apresentação das produções. Palestras e ações educativas são realizadas no momento para potencializar a multiplicação das informações sobre prevenção entre os profissionais da beleza e futuramente entre seus clientes.
O objetivo é apresentar a primeira versão de um manual de cuidados para prevenção ao HIV, outras doenças sexualmente transmissíveis e outros agravos de saúde lançado pelas duas áreas técnicas da secretaria com os profissionais que trabalham com a beleza. A atividade integra a programação especial de comemoração ao Dia Internacional da Mulher, que foi celebrado dia 8 de março.
No sábado, cerca de 100 pessoas participaram de outro evento relacionado às mulheres, o encontro "Desafios da Prevenção às DST/Aids e as Condições de Vida das Trabalhadoras Domésticas", realizado durante todo o dia no mesmo local, Euro Suíter Hotel (Regente Feijó, 595, Centro, ao lado do Centro de Referência às DST/Aids).
As ações integram o Plano Municipal de Enfrentamento à Feminização da Aids. Cerca de 5.000 casos da síndrome já foram notificados no município desde o início da epidemia, nos anos 80. Hoje a principal forma de transmissão do HIV são as relações sexuais entre pessoas heterossexuais que não usaram camisinha.
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas, a enfermeira sanitarista Maria Cristina Feijó Januzzi Ilário, balanço parcial dos casos notificados em 2007 (até outubro) indica inversão na relação de gênero entre os casos de transmissão entre heterossexuais.
"A feminização da epidemia deixou de ser tendência e hoje é fato", afirma. Segundo ela, a relação atual é de aproximadamente três mulheres para cada dois homens com aids, entre os casos notificados de pessoas heterossexuais. "Ainda é um dado preliminar mas que indica o que pode acontecer nos próximos anos", disse a sanitarista.
Beleza e Segurança
Local: Regente Feijó, 595, Centro
Programação: Palestras, worshop e desfile
Mais informações à Imprensa: (19) 9232 – 4092, com Eli Fernandes