CCZ encontra jibóia na região do Campo Grande

23/03/2009

Autor: Cláudia Xavier

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde capturou na manhã do último domingo, 22 de março, na região do Campo Grande, uma cobra do tipo Jiboia (Boa constrictor), de aproximadamente um metro e meio de comprimento.

O CCZ foi acionado por um grupo de amigos que caminhava por uma estrada de terra, rumo a uma pescaria quando, de repente, se deparou com a cobra dentro de um buraco, às margens da via.

Segundo funcionários dos CCZ, o fato atraiu muitos curiosos ao local; houve agitação e até quem quisesse matar o animal. "Fomos acionados pela própria população às 10h10 e conseguimos capturar a jiboia, que deve ser devolvida à natureza na próxima semana", disse o oficial de Controle Animal, Domingos Lopes.

De acordo com o funcionário, a cobra deve ser solta nas matas da região de Sousas ou Joaquim Egídio, áreas de proteção ambiental do município. Se fosse um animal peçonhento, seria entregue ao Instituto Butantã, em São Paulo.

"A população agiu corretamente ao nos chamar. O cidadão não deve se expor a riscos desnecessários nesses casos. Além do mais, foi garantida a integridade física do animal para que ele possa ser encaminhado a uma reserva natural", disse Lopes.

Jibóia

Segundo a Fundação Parque Zoológico de São Paulo, a jibóia é a mais conhecida das serpentes da família Boidae, que inclui as maiores cobras do mundo. São conhecidas pelo famoso "abraço de cobra", processo chamado de "constrição" que consiste em enrolar e apertar firmemente a presa até que a respiração e os batimentos cardíacos dela cessem. Em seguida, a presa é engolida inteira, pois as cobras não possuem dentes para mastigar seu alimento.

De acordo com a Fundação, não é verdade que com o "abraço" a cobra tenta quebrar os ossos da vítima, embora alguns mais fracos possam partir com a pressão. Quando assustadas, elas emitem um som agudo para tentar desestimular algum predador de se aproximar.

Ainda segundo a Fundação, a jiboia é uma serpente de índole muito calma, e que por muito tempo foi vendida como animal de estimação. Agora, apenas criadores legalizados e com registro do Ibama podem comercializar esses animais, que são vendidos com garantia de procedência, nota fiscal e com um microchip eletrônico que permite a identificação do número de registro, de modo a não ser confundida com cobras capturadas na natureza.

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