'Mário Gatti' inova no tratamento de doenças respiratórias

13/03/2013

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As doenças respiratórias em crianças atendidas no Hospital Municipal Doutor Mário Gatti, de Campinas, serão combatidas com um medicamento broncodilatador com spray para abrir as vias respiratórias, mas que dispensa o uso de oxigênio e mascaras, facilitando o socorro e diminuindo o tempo de permanência do paciente no hospital.

O pronto-socorro infantil do Mario Gatti adotará o método a partir do próximo mês, período em que aumentam as ocorrências de bronquites e asma, por conta da chegada do outono e, consequentemente, de mudanças bruscas de temperatura.

A pediatra Elione Brasil explica que o medicamento, salbutamol, já existe no mercado farmacêutico, mas só agora vem sendo utilizado com sucesso em hospitais infantis de referência de pronto atendimento do país.

Segundo ela, a facilidade na aplicação garante que as crises respiratórias sejam combatidas com mais rapidez, eficiência e menos efeitos indesejáveis. “ A utilização do remédio com um dispositivo diferente das máscaras de inalação e oxigênio garante que o tratamento no quadro agudo respiratório, que hoje, demora em média duas horas, seja substância apresenta menos efeitos indesejáveis”, confirmou.

O atendimento médio do pronto-socorro infantil do Hospital Mario Gatti é de 200 crianças por dia. No outono, a média chega a 350 consultas. Desse total, 70% correspondem a problemas respiratórios.

Para a coordenadora do pronto-socorro infantil do Mario Gatti, Andreia Paiva, “ a utilização do novo método terapêutico é um avanço e vai ajudar o PSI reduzir as filas e tempo de espera. Embora as inalações continuem sendo ministradas em casos respiratórios mais graves e que necessitam de oxigênio, entre eles a asma, a administração do medicamento vai agilizar a estabilização dos quadros respiratórios com mais agilidade e conforto para as crianças”, disse.

Os quadros mais comuns de crises agudas das vias aéreas, consistem em chiado no peito, tosse, falta de ar e dificuldade respiratória.

De acordo com dados do SUS, as doenças respiratórias ocupam o segundo lugar no numero de internações (ficando atrás apenas de internações por gravidez e partos) e representam mais de 1,5 milhão de internações no país por ano.

Segundo o Ministério da Saúde,os gastos com tratamento de doenças respiratórias representam valores superiores a R$ 600 milhões anuais.

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