A CoViSA (Coordenadoria de Vigilância
e Saúde Ambiental), órgão da Secretaria Municipal de Saúde, recebeu, nesta
quinta-feira, exames que confirmam dengue em mais 26 cidadãos de Campinas.
Com isso, o número de casos confirmados desde janeiro no município subiu
para 286. Deste total, 228 são autóctones, 54 são importados e quatro ainda
estão em investigação. O coeficiente de incidência da doença em Campinas é
de 23,56 por grupo de 100 mil habitantes. O coeficiente leva em
consideração somente o número de casos autóctones - quando a transmissão
acontece no próprio município.
A enfermeira Brigina Kemp, da
CoViSA (Coordenadoria de Vigilância e Saúde Ambiental), explica que
Campinas vive uma epidemia de pequeno porte e de progressão lenta. Kemp
ressalta que a Secretaria vem desenvolvendo medidas importantes de controle
da doença e intensificando as ações contra a dengue desde o início do ano,
quando foram registrados os primeiros casos autóctones na cidade.
Hoje (quinta-feira, 27 de
abril), a Secretaria da Saúde iniciou a operação Cemitério Sem Mosquito. A ação tem como objetivo eliminar os
criadouros nos cemitérios da Saudade e Santo Antônio. Os dois locais juntos
têm cerca de 120 mil vasos, que se transformam em potenciais criadouros
devido ao acúmulo de água. Criadouros são locais onde o mosquito
transmissor da dengue, o Aedes
aegypti, se reproduz. A previsão é de que a ação dure cerca de 40 dias.
Não está previsto que a operação se estenda para outros cemitérios da
cidade, já que o restante deles são ajardinados - não possuem edificações.
No próximo sábado, a partir
das 7h30, haverá operação cata-bagulho no Jardim Ipaussurama, na região
Noroeste de Campinas. A iniciativa da Secretaria de Saúde atende a uma
mobilização da própria comunidade e do Conselho Local de Saúde do
Ipaussurama. A ação será desenvolvida em conjunto com a AR5 (Administração
Regional). Os profissionais da Secretaria da Saúde também vão esclarecer e
orientar a população sobre as maneiras de prevenir a doença.
A Secretaria solicita que a
comunidade colabore na luta contra a dengue. Para isto, basta contribuir
com ações simples como atender em suas casas os profissionais que estão
trabalhando no combate à doença e que atuam devidamente identificados.
A coordenadora da CoViSA,
Salma Balista, orienta ainda que os cidadãos procurem a unidade de saúde
mais próxima de sua residência se apresentarem febre associada a algum
outro sintoma como dor de cabeça, dor no corpo ou manchas na pele. "E
é muito importante que todos eliminem qualquer recipiente que possa
acumular água, já que o mosquito da dengue se reproduz em água parada e
limpa", informa Salma.
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