No decorrer do
Projeto, HMMG receberá recursos de R$ 50 mil que serão
aplicados em treinamento e aquisição de novos equipamentos
Ao lado das maiores 55 instituições de saúde do País, o
Hospital Municipal "Dr. Mário Gatti" (HMMG), de Campinas, a
partir deste mês de abril passa a integrar a Segunda fase do
Projeto Piloto Hospitais Sentinela, coordenado pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da
Saúde.
O Projeto, com
duração de doze meses, tem como um dos objetivos principais
avaliar o desempenho de produtos de saúde adquiridos pelos
hospitais, como medicamentos, material hospitalar, hemoderivados
e equipamentos médicos, em todos os estados brasileiros.
No entender da
Anvisa, existe hoje uma grande dificuldade em se obter informações
de "boa qualidade" a respeito do desempenho de produtos de saúde
em uso no País. A entidade ressalta, ainda, que falhas em
produtos de saúde estão estreitamente relacionadas à
qualidade de atenção prestada ao paciente, o que pode resultar
em agravos à saúde, seqüelas, e mesmo, mortes.
"Com esse
trabalho, vamos criar um amplo banco de dados que vai permitir a
fiscalização dos produtos hospitalares que entram no mercado
e, sobretudo, acompanhar seu desempenho nas fases
pós-comercialização",
explica o médico sanitarista do HMMG, João Claudenir Antunes,
gerente de risco do Projeto Piloto Hospitais Sentinela.
O médico faz
questão de ressaltar que esse convite da Anvisa mostra o prestígio
e a importância do Mário Gatti, "que atualmente está entre os
mais importantes hospitais do País". Para o sanitarista,
participar desse projeto vai resultar em mais qualidade no
atendimento e muitos benefícios para os pacientes do HMMG.
Recursos
Durante o período de duração do Projeto, o hospital
campineiro receberá uma verba de R$ 50 mil. Esses recursos serão
utilizados no treinamento interno de técnicos para utilizar
corretamente os equipamentos hospitalares, confecção de
boletins informativos, além da aquisição de equipamentos
imprescindíveis ao trabalho.
Segundo a
Anvisa, está prevista a sustentabilidade do Projeto, concluída
a fase piloto, por até mais dois períodos iguais de doze
meses, o que resultará na captação de mais R$ 100 mil para o
HMMG.
Para que isso
ocorra, o Hospital terá que cumprir algumas exigências da
Anvisa, como fornecimento de relatórios bimensais de ocorrências
e providências, além de um relatório final comparativo, com a
situação inicial e final.
Para participar
do Projeto Piloto, o HMMG constitui uma comissão de seis
profissionais, que inclui, além do gerente de risco, um
engenheiro clínico, dois farmacêuticos, um enfermeiro e um médico
hematologista.