Mário Gatti integra Projeto Sentinela

05/04/2002

No decorrer do Projeto, HMMG receberá recursos de R$ 50 mil que serão
aplicados em treinamento e aquisição de novos equipamentos

Ao lado das maiores 55 instituições de saúde do País, o Hospital Municipal "Dr. Mário Gatti" (HMMG), de Campinas, a partir deste mês de abril passa a integrar a Segunda fase do Projeto Piloto Hospitais Sentinela, coordenado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde.

O Projeto, com duração de doze meses, tem como um dos objetivos principais avaliar o desempenho de produtos de saúde adquiridos pelos hospitais, como medicamentos, material hospitalar, hemoderivados e equipamentos médicos, em todos os estados brasileiros.

No entender da Anvisa, existe hoje uma grande dificuldade em se obter informações de "boa qualidade" a respeito do desempenho de produtos de saúde em uso no País. A entidade ressalta, ainda, que falhas em produtos de saúde estão estreitamente relacionadas à qualidade de atenção prestada ao paciente, o que pode resultar em agravos à saúde, seqüelas, e mesmo, mortes.

"Com esse trabalho, vamos criar um amplo banco de dados que vai permitir a fiscalização dos produtos hospitalares que entram no mercado e, sobretudo, acompanhar seu desempenho nas fases pós-comercialização", explica o médico sanitarista do HMMG, João Claudenir Antunes, gerente de risco do Projeto Piloto Hospitais Sentinela.

O médico faz questão de ressaltar que esse convite da Anvisa mostra o prestígio e a importância do Mário Gatti, "que atualmente está entre os mais importantes hospitais do País". Para o sanitarista, participar desse projeto vai resultar em mais qualidade no atendimento e muitos benefícios para os pacientes do HMMG.

Recursos

Durante o período de duração do Projeto, o hospital campineiro receberá uma verba de R$ 50 mil. Esses recursos serão utilizados no treinamento interno de técnicos para utilizar corretamente os equipamentos hospitalares, confecção de boletins informativos, além da aquisição de equipamentos imprescindíveis ao trabalho.

Segundo a Anvisa, está prevista a sustentabilidade do Projeto, concluída a fase piloto, por até mais dois períodos iguais de doze meses, o que resultará na captação de mais R$ 100 mil para o HMMG.

Para que isso ocorra, o Hospital terá que cumprir algumas exigências da Anvisa, como fornecimento de relatórios bimensais de ocorrências e providências, além de um relatório final comparativo, com a situação inicial e final.

Para participar do Projeto Piloto, o HMMG constitui uma comissão de seis profissionais, que inclui, além do gerente de risco, um engenheiro clínico, dois farmacêuticos, um enfermeiro e um médico hematologista.

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