Sistema de Atendimento Domiciliar ganha força no Hospital Mário Gatti

15/04/2002

O Sistema de Atendimento Domiciliar (SAD), instituído pela Secretaria Municipal de Saúde em 1983, atualmente em vigor apenas no Hospital Municipal "Dr. Mário Gatti" (HMMG), terá sua equipe de multiprofissionais ampliada a partir da próxima segunda-feira, dia 22.

O fortalecimento desse serviço também inclui, a curto prazo, a implantação de mais duas equipes que passariam a atender os hospitais da Unicamp e da PUC de Campinas.

O SAD, que atualmente atende pacientes da Região Sul da cidade, conta com uma equipe multiprofissional formada por um médico, uma enfermeira, uma auxiliar de enfermagem, um fisioterapeuta, além de um terapeuta ocupacional.

A a partir da semana que vem, a equipe passa contar com mais uma enfermeira e uma assistente social.

Mônica Macedo Nunes, coordenadora do SAD, explica que o objetivo do programa é atender, em suas residências, a pacientes acamados de alta a média complexidade, que necessitam de acompanhamento e cuidados rotineiros.

Conforme coloca a coordenadora, as ações do SAD evitam a reinternação e promove a alta precoce. "O paciente tem, em seu domicílio, todo o apoio de materiais e equipamentos médicos. Esse procedimento – ressalta ela – traz mais comodidade ao doente e amplia o atendimento no Hospital".

A triagem dos pacientes para participar do Sistema é feita no próprio Mário Gatti, onde eles estão internados, ou nas visitas domiciliares. A partir daí é feita uma lista de espera para que, oportunamente, todos sejam atendidos.

Resolutividade

Mônica Macedo afirma que o SAD é um instrumento adequado que considera os instrumentos básicos do Sistema Único de Saúde (SUS): vínculo, responsabilização e resolutividade.

Esse modo de trabalho, segundo a coordenadora, amplia o conceito de resolutividade, desvinculando-o do enfoque clínico tradicional, o que propicia a reorganização da dinâmica familiar no sentido de fortalecer subsídios de respaldar o acompanhamento de núcleos familiares que contenham pacientes ditos "fora de possibilidade terapêutica"

A coordenadora do SAD, em outras palavras, argumente, ainda, que o programa além de evitar internações e a utilização do pronto-atendimento, acaba por suprir internações não absorvidas pelo SUS.

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