Prefeitura realiza campanha de combate à hanseníase

19/04/2002

Manchas avermelhadas e esbranquiçadas, com dormência ou formigamento, que não doem e nem coçam, são sinais característicos da hanseníase. Esteja sempre atento ao seu próprio corpo. Combater a hanseníase é dever de todos e depende também de você. O tratamento é gratuito

A Prefeitura de Campinas realiza na próxima semana (de 22 a 26 de abril) a Campanha de combate à hanseníase. A Campanha deve ser realizada em todo o Estado, de acordo com orientação da Secretaria Estadual de Saúde. Nesse período, a Secretaria Municipal de Saúde realiza uma série de atividades na cidade com o intuito de orientar as pessoas sobre os sintomas e diminuir a existência oculta da doença.

Entre as atividades, estão previstas instalações de barracas educativas em alguns pontos da cidade. Na terça-feira, haverá uma tenda no Paço. Na quinta, uma outra será instalada no Largo do Rosário. Nos terminais de ônibus do Ouro Verde e de Barão Geraldo também serão desenvolvidas atividades educativas.

Além das atividades de orientação para a população, a Secretaria de Saúde de Campinas também tem treinado as equipes do Paidéia –Saúde da Família para que os profissionais saibam avaliar uma suspeita da doença, diagnosticá-la, tratá-la e avaliar as pessoas que tem contato próximo com doentes, uma vez que trata-se de uma doença infecto-contagiosa.

Atualmente, 15 dos 46 centros de saúde de Campinas fazem acompanhamento dos pacientes de hanseníase, além do Ambulatório Ouro Verde e do Ambulatório de Dermatologia do Hospital Municipal Mário Gatti.

Em Campinas, têm sido diagnosticados, anualmente, cerca de 70 casos novos de hanseníase. No total, o município mantém em tratamento aproximadamente 120 pacientes por ano. A prreviewência da doença na cidade é de 1,38 casos por grupo de 10 mil habitantes. O índice aproxima-se da meta preconizada pela Organização Mundial de Saúde, que é de 1/10 mil habitantes.

No entanto, apesar da diminuição da prreviewência da doença em Campinas, o que tem sido verificado nos últimos anos na cidade é que os pacientes chegam aos serviços de saúde quando a doença já se encontra num estágio avançado. E, quando o tratamento é iniciado tardiamente, os pacientes podem desenvolver complicações, ficar com seqüelas e transmitir a doença. Dados apontam que menos de 15% dos diagnósticos de hanseníase são realizados na forma inicial da doença.

Volta ao índice de notícias