A Secretaria de Saúde
de Campinas está atenta e já se prepara para o combate à
pneumonia chamada de síndrome respiratória aguda grave, também
conhecida como pneumonia misteriosa. A doença surgiu na Ásia e
tem se espalhado com facilidade. No mundo inteiro, segundo a ONU
(Organização Mundial da Saúde), já são mais de 1.700 os
casos suspeitos e 61 mortes.
As primeiras
medidas preventivas foram tomadas na rede de saúde do município.
Profissionais de todos os serviços de saúde da Prefeitura e do
Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de
Campinas) estão sendo orientados a estar atentos para casos de
pacientes com os sintomas da pneumonia que tenham feito viagem
internacional há pouco tempo.
Os sintomas são
febre alta e sensação de gripe, podendo incluir tosse, fadiga,
falta de apetite e falta de ar.
No Aeroporto de
Viracopos, passageiros que chegam da China e de outros lugares
onde há casos da doença estão recebendo orientação
especial. O serviço de som informa que passageiros com sintomas
da síndrome respiratória aguda grave devem procurar a vigilância
em saúde, ainda no aeroporto.
No HC da
Unicamp, o Núcleo de Vigilância e a Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar fez um alerta para os profissionais de saúde
para que estejam atentos e notifiquem casos suspeitos
rapidamente e estabeleçam as medidas de precaução e
isolamento.
De acordo com a
enfermeira sanitarista Salma Regina Rodrigues Balista,
coordenadora da Vigilância e Saúde Ambiental da Campinas, só
é considerado suspeito quem apresentar este conjunto de
sintomas e que, ao mesmo tempo, recentemente, tenha vindo de
algum país considerado como área de transmissibilidade.
Os casos estão
concentrados no Sudeste Asiático, principalmente China e Hong
Kong. Também há registros no Vietnã e Cingapura. Fora da Ásia,
Canadá e EUA são os mais prejudicados.
"É
importante ressaltar que este tipo de pneumonia ainda não
chegou ao Brasil e que, na América do Sul, nenhum caso foi
confirmado. No entanto, estamos atentos para identificar
qualquer caso suspeito e tomar todas as precauções necessárias",
diz Salma.
Embora todos os
tratamentos tenham mostrado pouca eficiência na cura da síndrome
respiratória aguda grave, os serviços de saúde ressaltam que
alguns dos sintomas estão sendo combatidos com sucesso e vários
pacientes estão se recuperando e recebendo alta.