Saúde prepara combate ao vírus da nova pneumonia

01/04/2003

A Secretaria de Saúde de Campinas está atenta e já se prepara para o combate à pneumonia chamada de síndrome respiratória aguda grave, também conhecida como pneumonia misteriosa. A doença surgiu na Ásia e tem se espalhado com facilidade. No mundo inteiro, segundo a ONU (Organização Mundial da Saúde), já são mais de 1.700 os casos suspeitos e 61 mortes.

As primeiras medidas preventivas foram tomadas na rede de saúde do município. Profissionais de todos os serviços de saúde da Prefeitura e do Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) estão sendo orientados a estar atentos para casos de pacientes com os sintomas da pneumonia que tenham feito viagem internacional há pouco tempo.

Os sintomas são febre alta e sensação de gripe, podendo incluir tosse, fadiga, falta de apetite e falta de ar.

No Aeroporto de Viracopos, passageiros que chegam da China e de outros lugares onde há casos da doença estão recebendo orientação especial. O serviço de som informa que passageiros com sintomas da síndrome respiratória aguda grave devem procurar a vigilância em saúde, ainda no aeroporto.

No HC da Unicamp, o Núcleo de Vigilância e a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar fez um alerta para os profissionais de saúde para que estejam atentos e notifiquem casos suspeitos rapidamente e estabeleçam as medidas de precaução e isolamento.

De acordo com a enfermeira sanitarista Salma Regina Rodrigues Balista, coordenadora da Vigilância e Saúde Ambiental da Campinas, só é considerado suspeito quem apresentar este conjunto de sintomas e que, ao mesmo tempo, recentemente, tenha vindo de algum país considerado como área de transmissibilidade.

Os casos estão concentrados no Sudeste Asiático, principalmente China e Hong Kong. Também há registros no Vietnã e Cingapura. Fora da Ásia, Canadá e EUA são os mais prejudicados.

"É importante ressaltar que este tipo de pneumonia ainda não chegou ao Brasil e que, na América do Sul, nenhum caso foi confirmado. No entanto, estamos atentos para identificar qualquer caso suspeito e tomar todas as precauções necessárias", diz Salma.

Embora todos os tratamentos tenham mostrado pouca eficiência na cura da síndrome respiratória aguda grave, os serviços de saúde ressaltam que alguns dos sintomas estão sendo combatidos com sucesso e vários pacientes estão se recuperando e recebendo alta.

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