Ainda
na tarde desta quarta-feira, a Secretaria de Saúde do Estado,
após exames no Hospital de Clínicas a Unicamp, descartou a hipótese
de o paciente ter contraído a pneumonia atípica
A Secretaria de
Saúde do Estado descartou nesta quarta-feira a probabilidade de
um paciente de Campinas ter contraído a chamada síndrome
respiratória aguda grave, também conhecida como pneumonia
misteriosa ou pneumonia atípica.
Trata-se de uma
mulher de 26 anos. Ela estava no Japão e embarcou num vôo onde
havia vários passageiros de Hong Kong.
A mulher
apresentou os primeiros sintomas ainda durante o vôo e foi
atendida no aeroporto de Nova Iorque. Ela estava com febre,
tosse, falta de ar, dor de cabeça e dor toráxica. Lá ela foi
liberada e orientada a procurar o serviço de saúde assim que
chegasse ao Brasil. Quando chegou a Campinas, ela procurou o
Centro de Saúde da Vila Costa e Silva.
A equipe de saúde
a atendeu, prescreveu medicação, orientou quanto aos cuidados
e a encaminhou para o Hospital de Clínicas da Unicamp.
Ainda nesta
quarta, a Secretaria de Estado da Saúde informou que não se
trata da pneumonia atípica. Segundo o superintendente da Sucen
(Superintendência do Controle de Endemias) de São Paulo, Luiz
Jacintho, o paciente passou por exames no Hospital de Clínicas
da Unicamp e as suspeitas foram descartadas.
"Isso
mostra que existe a possibilidade de a doença chegar ao Brasil
e em Campinas. É preciso considerar que Campinas, por receber
muitas pessoas de fora, deve redobrar os cuidados nessa vigilância",
afirma o superintendente.
A enfermeira
sanitarista da Secretaria Municipal de Saúde, Brigina Kemp, diz
que a probabilidade dessa doença chegar à cidade é real.
"Por isso – ressalta ela – nossos profissionais de saúde
devem estar atentos".
Ela ressalta,
ainda, que toda rede de saúde está atenta para identificar
precocemente os casos e, depois disso, tomar todas as medidas
necessárias, "exatamente como foi feito nesse caso
encaminhado pelo Centro e Saúde Costa e Silva".
A pneumonia atípica
surgiu na Ásia e tem se espalhado com facilidade. No mundo
inteiro, segundo a ONU (Organização Mundial da Saúde), já são
mais de 1.800 os casos suspeitos, além de 64 mortes.
Os sintomas são
febre alta e sensação de gripe, podendo incluir tosse, fadiga,
falta de apetite e falta de ar.
Nos aeroportos,
passageiros que chegam da China e de outros lugares onde há
casos da doença estão recebendo orientação especial. O serviço
de som informa que passageiros com sintomas da síndrome
respiratória aguda grave devem procurar a vigilância em saúde,
ainda no aeroporto.
De acordo com a
enfermeira sanitarista Salma Regina Rodrigues Balista,
coordenadora da Vigilância e Saúde Ambiental da Campinas, só
é considerado suspeito quem apresentar este conjunto de
sintomas e que, ao mesmo tempo, recentemente, tenha vindo de
algum país considerado como área de transmissibilidade.
Os casos estão
concentrados no Sudeste Asiático, principalmente China e Hong
Kong. Também há registros no Vietnã e Cingapura. Fora da Ásia,
Canadá e EUA são os mais prejudicados.