A Secretaria de Saúde
de Campinas está reforçando a orientação aos profissionais
de saúde do município para que continuem atentos aos surtos de
conjuntivite. A doença atinge todas as regiões da cidade. De
acordo com os últimos dados da Vigilância Epidemiológica
Municipal, os casos registrados já passam de 800 somente na
rede pública de saúde.
Até a última
semana, segundo o Ministério a Saúde, foram registrados mais
de 106 mil casos no País. São Paulo é o segundo Estado com o
maior número de casos, atrás apenas de Santa Catarina. Na região,
Campinas é uma das cidades mais atingidas.
Os surtos se
refletem nos Centros de Saúde e nos serviços de referência
para oftalmologia conveniados à Prefeitura, que continuam a
receber um número expressivo de pacientes. Na Clínica Raskin,
referência para a rede municipal de saúde, são mais de 40
atendimentos diários.
Não há vacina
contra a doença. Evitar contato com pessoas que estejam doentes
e tomar cuidados de higiene são as únicas medidas de evitá-la.
A conjuntivite causa inflamação na membrana que recobre a
parte externa do olho. Os sintomas são olho vermelho, inchaço
nas pálpebras e na conjuntiva e secreção.
"Só a adoção
de medidas como lavar as mãos e o rosto com freqüência e não
compartilhar objetos de uso pessoal como toalhas, lençóis e
travesseiros de quem está com conjuntivite podem evitar o contágio.
Além desses cuidados, piscinas também devem ser
evitadas", orienta a enfermeira Salma Balista, coordenadora
da Covisa (Coordenadoria de Vigilância e Saúde Ambiental).
Há 19 anos, o
Brasil não vivia uma epidemia de conjuntivite como a verificada
atualmente. Mesmo assim, não há motivo para pânico, já que a
conjuntivite é uma doença benigna, que tem começo, meio e
fim, independentemente de o doente procurar ajuda médica. E,
apesar de não ser grave, é muito importante que a pessoa
procure o serviço de saúde se apresentar sintomas da doença.