Área do Florence e Santa Lúcia apresentam maior risco para dengue

14/04/2003

Pesquisa promovida em março pela Secretaria de Saúde de Campinas mostra que as áreas do Centro de Saúde Florence, na região Noroeste, e do Centro de Saúde Santa Lúcia, na Sudoeste, são as de maior infestação do mosquito da dengue.

O estudo, tecnicamente chamado de pesquisa de índice de breteau, aponta o número de criadouros com larvas do Aedes aegypti – mosquito da dengue - encontrados a cada 100 residências. A Secretaria de Saúde considera que qualquer índice maior que 1 é importante porque representa risco para a doença.

No Florence, o índice foi de 3,2. No Santa Lúcia, 2,64. Além disso, diversos outros bairros naquelas duas regiões tiveram breteau maior que 1.

A situação preocupa a Secretaria de Saúde porque, além do alto índice de breteau, o estudo aponta um grande número de criadouros disponíveis e mostra que a maior parte deles está dentro das casas e nos quintais, nos pratos de vasos de plantas e potes e frascos de plásticos, em latas, nas garrafas e pneus. Nas regiões com condições mais precárias, os tambores utilizados para armazenar água e caixas d’água sem tampa também foram apontados como criadouros potenciais.

Os resultados obtidos na pesquisa de breteau são tomados como base para desencadear as ações contra a doença. O estudo das regiões Norte, Sul e Leste da cidade deve ser divulgado ainda esta semana. A última pesquisa sobre a infestação do mosquito da dengue em Campinas foi realizada em dezembro de 2002.

Além do breteau, a Secretaria de Saúde também considera, para o combate à dengue, áreas com casos confirmados da doença, áreas com casos suspeitos e quantidades e tipos de criadouros encontrados em cada região. Também são levadas em conta as características geográficas de cada localidade.

Ações – No último sábado, 12 de abril, equipes de saúde promoveram mutirão contra dengue na área da escola Benedita Sales Pimentel Vultic, no Jardim Nova América, região Sul de Campinas. A ação envolveu alunos da escola e seus familiares. No mesmo dia, houve aplicação de inseticida na área do Jardim Santa Letícia e no Santa Mônica.

Nesta semana, de 14 a 18 de abril, agentes comunitários e outros profissionais da Secretaria de Saúde prosseguem percorrendo as ruas de Campinas com arrastões para eliminação do Aedes aegypti e conscientizando os moradores sobre os perigos da doença. Os trabalhos incluem colocação de telas em caixa d’água e busca ativa de casos suspeitos.

Nesta segunda-feira, 14, as equipes atuam na área do Centro de Saúde São Quirino, região Leste de Campinas. Também há ações no Nova América, região Sul. Na terça, 15, ocorre arrastão na área do Centro de Saúde Perseu, região Noroeste. Na quarta-feira, 16, as ações para eliminação de criadouros acontecem na abrangência do Centro de Saúde Santa Bárbara, região Norte, e, na quinta, 17, na área do Centro de Saúde Aeroporto, região Sudoeste.

Campinas registrou, em 2003, 326 casos de dengue, sendo 260 deles autóctones – contraídos no próprio município. Também há 49 casos importados e 17 em investigação. Em 2002, foram registrados 1.458, sendo 1.246 autóctones.

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