Pesquisa promovida
em março pela Secretaria de Saúde de Campinas mostra que as áreas
do Centro de Saúde Florence, na região Noroeste, e do Centro
de Saúde Santa Lúcia, na Sudoeste, são as de maior infestação
do mosquito da dengue.
O estudo,
tecnicamente chamado de pesquisa de índice de breteau, aponta o
número de criadouros com larvas do Aedes aegypti –
mosquito da dengue - encontrados a cada 100 residências. A
Secretaria de Saúde considera que qualquer índice maior que 1
é importante porque representa risco para a doença.
No Florence, o
índice foi de 3,2. No Santa Lúcia, 2,64. Além disso, diversos
outros bairros naquelas duas regiões tiveram breteau maior que
1.
A situação
preocupa a Secretaria de Saúde porque, além do alto índice de
breteau, o estudo aponta um grande número de criadouros disponíveis
e mostra que a maior parte deles está dentro das casas e nos
quintais, nos pratos de vasos de plantas e potes e frascos de plásticos,
em latas, nas garrafas e pneus. Nas regiões com condições
mais precárias, os tambores utilizados para armazenar água e
caixas d’água sem tampa também foram apontados como
criadouros potenciais.
Os resultados
obtidos na pesquisa de breteau são tomados como base para
desencadear as ações contra a doença. O estudo das regiões
Norte, Sul e Leste da cidade deve ser divulgado ainda esta
semana. A última pesquisa sobre a infestação do mosquito da
dengue em Campinas foi realizada em dezembro de 2002.
Além do
breteau, a Secretaria de Saúde também considera, para o
combate à dengue, áreas com casos confirmados da doença, áreas
com casos suspeitos e quantidades e tipos de criadouros
encontrados em cada região. Também são levadas em conta as
características geográficas de cada localidade.
Ações
– No último sábado, 12 de abril, equipes de saúde
promoveram mutirão contra dengue na área da escola Benedita
Sales Pimentel Vultic, no Jardim Nova América, região Sul de
Campinas. A ação envolveu alunos da escola e seus familiares.
No mesmo dia, houve aplicação de inseticida na área do Jardim
Santa Letícia e no Santa Mônica.
Nesta semana,
de 14 a 18 de abril, agentes comunitários e outros
profissionais da Secretaria de Saúde prosseguem percorrendo as
ruas de Campinas com arrastões para eliminação do Aedes
aegypti e conscientizando os moradores sobre os perigos da
doença. Os trabalhos incluem colocação de telas em caixa d’água
e busca ativa de casos suspeitos.
Nesta
segunda-feira, 14, as equipes atuam na área do Centro de Saúde
São Quirino, região Leste de Campinas. Também há ações no
Nova América, região Sul. Na terça, 15, ocorre arrastão na
área do Centro de Saúde Perseu, região Noroeste. Na
quarta-feira, 16, as ações para eliminação de criadouros
acontecem na abrangência do Centro de Saúde Santa Bárbara,
região Norte, e, na quinta, 17, na área do Centro de Saúde
Aeroporto, região Sudoeste.
Campinas
registrou, em 2003, 326 casos de dengue, sendo 260 deles autóctones
– contraídos no próprio município. Também há 49 casos
importados e 17 em investigação. Em 2002, foram registrados
1.458, sendo 1.246 autóctones.