Mortes
no trânsito caem 13% em relação a 2002. Para os pedestres,
o resultado é ainda mais positivo. A redução foi de 27%.
Denise
Pereira
Um
levantamento da EMDEC, apresentado nesta quarta-feira, dia 7
– Dia Mundial da Saúde, revela que Campinas tem motivos
para comemorar na política de segurança no trânsito e na
redução dos acidentes e mortes nesta área. Por indicação
da Organização Mundial da Saúde (OMS), as atividades do Dia
Mundial da Saúde tratam, neste ano, do tema Segurança no Trânsito.
Os
números de acidentes e vítimas fatais no trânsito no período
de janeiro a setembro de 2003, apresentados pelo secretário
de transportes, Marcos Bicalho, em conjunto com a secretária
da Saúde, Maria do Carmo Cabral Carpintéro, revelam queda
significativa em todas as categorias em relação ao ano de
2002.
No
total de acidentes, a redução foi de 10%, os atropelamentos
chegaram a cair 19% e os acidentes com vítimas diminuíram
10,3%, em relação ao mesmo período de 2003.
O
relatório também mostrou que a cidade vem reduzindo as
mortes no trânsito. Em 2003, o número de vítimas fatais
caiu 13% .
PRINCIPAIS
CONQUISTAS - 2003
REDUÇÃO
DAS MORTES NO SEGMENTO PEDESTRES _ - 27%
REDUÇÃO DOS
ATROPELAMENTOS - -19,45%
REDUÇÃO DAS
MORTES ENTRE MOTOCICLISTAS – -14,3%
REDUÇÃO
NO TOTAL DE ACIDENTES - - 9,1%
Pedestres
e motociclistas morrem menos
Entre
as vítimas fatais, o dado mais significativo da pesquisa está
relacionado aos pedestres. O número de mortos neste segmento
caiu 27% e foi a maior redução apresentada no período
analisado.
Numa
outra comparação apresentada para os anos de 1995 (quando
tem início a instalação da fiscalização eletrônica) e
2003, os resultados mostram queda de 65,39% entre vítimas
fatais, que são pedestres.
Para
os motociclistas, os dados também são favoráveis. As mortes
dos ocupantes de motos caíram 14,3%, no período de janeiro a
setembro de 2003, comparados ao mesmo período de 2002.
Este
segmento geralmente apresenta aumento tanto na acidentalidade,
quanto nas mortes em todo o país.
Mortes
entre ocupantes de veículos cresce
O
único segmento que apresentou aumento entre as vítimas
fatais foi o dos ocupantes de veículos. O número de mortos
subiu 15,8% na comparação 2003/2002, mas ainda assim
apresenta redução de 56% se comparado aos índices de 1995.
Durante
a divulgação, o secretário de transportes, Marcos Bicalho,
destacou a influência da política de segurança no trânsito,
com a adoção da fiscalização eletrônica, os projetos de
educação de trânsito e lembrou a importância do Código de
Trânsito Brasileiro, como instrumentos para a conquista
destes números.
A secretaria
da Saúde, Maria do Carmo C. Carpintero, destacou que apesar
dos índices favoráveis, Campinas não pode deixar de buscar
"zerar" os acidentes e defender o conceito de morte
evitável para os óbitos no trânsito.
Acidentes
de trânsito custam 5,3 bilhões para o País, diz Ipea
No Dia
Mundial da Saúde, a EMDEC também trouxe para a cidade a
reflexão sobre o custo dos acidentes para toda a sociedade.
Em uma palestra, que integrou as atividades da Semana
Municipal da Saúde, na terça-feira à noite, foi apresentada
um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
e da Associação Nacional de Transportes Púbicos (ANTP), que
mapeou pela primeira vez os prejuízos de um acidente de trânsito.
A arquiteta Nancy Schneider, consultora da ANTP e assessora de
segurança da Companhia de Engenharia de Tráfego de São
Paulo (CET-SP) falou sobre o tema.
A pesquisa
chegou a valores de custos para acidentes com mortos,
acidentes com feridos e acidentes sem vítimas. Foram
considerados custos com resgate, com perdas de produção,
serviços médicos, atendimentos policial e de trânsito,
congestionamento, despesas previdenciárias entre outros.
De acordo com
o Ipea, o Brasil chega a gastar 5,3 bilhões com acidentes de
trânsito.
Custo
Campinas
A EMDEC
aplicou os valores do Ipea aos números de acidente de trânsito
na cidade para os anos de 1995, 2002 e 2003.
Os resultados
revelam que o município conseguiu economizar mais de 20 milhões
com a redução de acidentes numa comparação entre 1995 e
2003.
De acordo com
a pesquisa, em 1995, os custos estimados dos acidentes ficaram
na ordem de R$ 85 milhões, enquanto em 2003, o valor caiu
para aproximadamente 64 milhões. Já em 2002, os custos
estimados foram de R$ 71 milhões.