Profissionais recebem capacitação para tratar doenças sexualmente transmissíveis

13/04/2004

Denize Assis

A Vigilância em Saúde (Visa) Noroeste, em parceria com o Centro de Referência em Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (CR DST/Aids), promove nestas quinta-feira e sexta-feira, 15 e 16 de abril, capacitação sobre DSTs para médicos, dentistas, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e auxiliares de consultório dentário que atuam nos Centros de Saúde da região e no Hospital Celso Pierro. A expectativa dos organizadores é de que pelo menos 60 pessoas compareçam ao evento que acontece das 8h às 17h no Flat Parthenon, na rua José Paulino, Centro de Campinas.

A capacitação atende à iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde, adotada por Campinas em dezembro de 2003, de notificar doenças adquiridas por meio de relação sexual como sífilis, herpes genital e condiloma acuminado, entre outras. Até então, a única DST registrada pela Vigilância Epidemiológica Municipal era a Aids, doença que é de notificação compulsória em todo País. Além das DSTs, os acidentes de trabalho com risco biológico também passaram a ser registrados.

A técnica de enfermagem Fabiana Medeiros Lopes de Oliveira, da Visa Noroeste, diz que notificação permite avançar muito no controle das DSTs. "Com base nestas informações, o município pode conhecer melhor o perfil da população mais atingida, como faixa etária, sexo e local de maior incidência na cidade e, assim, melhorar os programas de controle e prevenção ", afirma.

De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, o Brasil tem 12 milhões de casos novos de DSTs curáveis por ano. Em Campinas, a situação também é grave. As informações disponíveis até o momento mostram que, de 1998 a 2002, 266 dos 3,8 mil casos de DSTs registrados no Estado de São Paulo são da Região de Campinas. O número corresponde a 6% do total.

Pequena mostra. A enfermeira sanitarista Luciane Castro, da Visa Noroeste, lembra que estas doenças não são de notificação obrigatória e que, portanto, os números representam uma pequena mostra da realidade.

Luciane explica que a doença sexualmente transmissível é o principal facilitador da transmissão sexual do HIV, o vírus da Aids. "Por isso, a notificação vai permitir que possamos intervir de forma mais competente no impacto da Aids", diz.

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