Denize Assis
A Vigilância
em Saúde (Visa) Noroeste, em parceria com o Centro de Referência
em Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (CR DST/Aids),
promove nestas quinta-feira e sexta-feira, 15 e 16 de abril,
capacitação sobre DSTs para médicos, dentistas,
enfermeiros, auxiliares de enfermagem e auxiliares de
consultório dentário que atuam nos Centros de Saúde da
região e no Hospital Celso Pierro. A expectativa dos
organizadores é de que pelo menos 60 pessoas compareçam ao
evento que acontece das 8h às 17h no Flat Parthenon, na rua
José Paulino, Centro de Campinas.
A capacitação
atende à iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde,
adotada por Campinas em dezembro de 2003, de notificar doenças
adquiridas por meio de relação sexual como sífilis,
herpes genital e condiloma acuminado, entre outras. Até então,
a única DST registrada pela Vigilância Epidemiológica
Municipal era a Aids, doença que é de notificação
compulsória em todo País. Além das DSTs, os acidentes de
trabalho com risco biológico também passaram a ser
registrados.
A técnica
de enfermagem Fabiana Medeiros Lopes de Oliveira, da Visa
Noroeste, diz que notificação permite avançar muito no
controle das DSTs. "Com base nestas informações, o
município pode conhecer melhor o perfil da população mais
atingida, como faixa etária, sexo e local de maior incidência
na cidade e, assim, melhorar os programas de controle e
prevenção ", afirma.
De acordo
com estimativas do Ministério da Saúde, o Brasil tem 12
milhões de casos novos de DSTs curáveis por ano. Em
Campinas, a situação também é grave. As informações
disponíveis até o momento mostram que, de 1998 a 2002, 266
dos 3,8 mil casos de DSTs registrados no Estado de São
Paulo são da Região de Campinas. O número corresponde a
6% do total.
Pequena
mostra.
A enfermeira sanitarista Luciane Castro, da Visa Noroeste,
lembra que estas doenças não são de notificação obrigatória
e que, portanto, os números representam uma pequena mostra
da realidade.
Luciane
explica que a doença sexualmente transmissível é o
principal facilitador da transmissão sexual do HIV, o vírus
da Aids. "Por isso, a notificação vai permitir que
possamos intervir de forma mais competente no impacto da
Aids", diz.