Prefeitura presta assistência imediata a servidores que relataram ter passado mal após almoço

04/04/2005

Secretaria de Saúde investiga possibilidade 
de
doença causada por alimento

Denize Assis

A Prefeitura de Campinas prestou assistência imediata e integral a doze dos 42 trabalhadores da força-tarefa que atuam na área da Administração Regional (AR) 5, na Região Noroeste da cidade, que relataram ter passado mal após o almoço servido nesta segunda-feira, dia 4 de abril. Os servidores se queixaram de náusea, diarréia, dor adominal e cefaléia, num período médio de 15 minutos após a ingestão de refeição servida em marmitex por um restaurante da cidade.

Segundo José Henrique Delamain Filho, coordenador das Administrações Regionais e Subprefeituras, todos foram imediatamente conduzidos ao pronto-socorro (PS) do Hospital Celso Pierro, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puc-Campinas), onde receberam tratamento. O Centro de Saúde (CS) Perseu Leite de Barros também atendeu um paciente. Delamain informou que a Prefeitura não prepara as refeições.

A Prefeitura também acionou a Secretaria Municipal de Saúde que, por meio da Vigilância em Saúde (Visa) Noroeste, passou a investigar a possibilidade de toxiinfecção alimentar – doença transmitida por alimento. A Visa adotou providências para evitar outros casos e iniciou inquérito epidemiológico com todos os trabalhadores que se alimentaram da mesma refeição.

"Após as primeiras investigações, se houver justificativa técnica, o inquérito pode se ampliar para outras pessoas além dos servidores da Prefeitura já que o restaurante fornece refeição para outros locais e serviu, somente nesta segunda-feira, almoço para 492 clientes, sendo 300 marmitex", diz a enfermeira sanitarista Eloísa Cristina dos Santos Costa, coordenadora da Visa Noroeste.

Eloísa informa que os técnicos da Visa coletaram amostras dos alimentos servidos e já encaminharam o material para exame microbiológico no Instituto Adolfo Lutz de Campinas, sendo que os resultados preliminares devem demorar, no mínimo, sete dias para estarem prontos.

A equipe da Visa Noroeste também visitou o restaurante e não encontrou indícios ou irregularidades que pudessem causar o surto. Os técnicos aproveitaram a ocasião para orientar o responsável pelo estabelecimento com relação à organização do processo de produção das refeições. Segundo Eloísa, agora, a Visa vai acompanhar a evolução dos casos e aguardar os resultados dos exames laboratoriais.

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