Denize
Assis
A Vigilância
em Saúde (Visa) Leste da Prefeitura de Campinas promoveu
na manhã desta segunda-feira, dia 11 de abril, operação
de combate à dengue na favela do Buraco do Sapo, próxima
ao Shopping Iguatemi. O trabalho deu início a mais uma série
de ações para o controle da doença nas favelas e ocupações
da Região Leste da cidade. Na próxima segunda-feira, dia
18, as atividades ocorrem na favela do São Quirino.
Durante a
operação, os agentes comunitários de saúde visitaram
310 residências e orientaram moradores sobre a doença,
sintomas, formas de prevenção e quando procurar a equipe
de saúde. Além disso, realizaram busca ativa de casos
suspeitos ou seja de pessoas com sintomas. Os técnicos de
controle ambiental telaram 10 caixas d´água e removeram
duas toneladas de resíduos que podem servir de criadouros
para o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus
da dengue.
Segundo a
supervisora de controle ambiental Sandra Deório Venturato,
que coordenou a ação, as latas e potes foram os
criadouros encontrados com mais freqüência na
comunidade. Mas as caixas d´água foram os recipientes em
que a equipe constatou mais larvas de mosquito.
"Recolhemos amostras para análises que devem apontar
se é o Aedes aegypti", informa.
Sandra
informa que a melhor maneira de evitar a doença é
impedir a reprodução do mosquito, que procura água
acumulada para colocar seus ovos em recipientes como
pneus, latas, garrafas, pratos de vasos de planta, caixas
d´água destampadas e piscinas não tratadas, entre
outros. "Por isso, a orientação é inviabilizar e
eliminar qualquer recipiente que possa juntar água,
manter limpos locais como calhas, ralos e lajes e bem
vedados ou telados os reservatórios de água", diz.
Os
sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dor no
corpo e dor por trás dos olhos. A pessoa com dengue também
pode apresentar dor nas juntas e manchas vermelhas na
pele. Ao apresentar algum destes sinais, o cidadão deve
procurar o Centro de Saúde, evitar medicamentos à base
da ácido acetilsalicílico, como aspirina, AAS, melhoral,
entre outros, e tomar bastante líquido.
Desde
janeiro deste ano, em Campinas, foram registrados 17 casos
de dengue. Do total, oito são referentes a pessoas que
contraíram a doença em outros municípios - chamados
casos importados -, seis são autóctones - contraídos em
Campinas – e três ainda estão em investigação. No
mesmo período do ano passado, a Vigilância em Saúde
havia confirmado 22 casos, dos quais seis eram autóctones.