Saúde remove duas toneladas de resíduos em ação contra dengue na Favela do Buraco do Sapo

11/04/2005

Denize Assis

A Vigilância em Saúde (Visa) Leste da Prefeitura de Campinas promoveu na manhã desta segunda-feira, dia 11 de abril, operação de combate à dengue na favela do Buraco do Sapo, próxima ao Shopping Iguatemi. O trabalho deu início a mais uma série de ações para o controle da doença nas favelas e ocupações da Região Leste da cidade. Na próxima segunda-feira, dia 18, as atividades ocorrem na favela do São Quirino.

Durante a operação, os agentes comunitários de saúde visitaram 310 residências e orientaram moradores sobre a doença, sintomas, formas de prevenção e quando procurar a equipe de saúde. Além disso, realizaram busca ativa de casos suspeitos ou seja de pessoas com sintomas. Os técnicos de controle ambiental telaram 10 caixas d´água e removeram duas toneladas de resíduos que podem servir de criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue.

Segundo a supervisora de controle ambiental Sandra Deório Venturato, que coordenou a ação, as latas e potes foram os criadouros encontrados com mais freqüência na comunidade. Mas as caixas d´água foram os recipientes em que a equipe constatou mais larvas de mosquito. "Recolhemos amostras para análises que devem apontar se é o Aedes aegypti", informa.

Sandra informa que a melhor maneira de evitar a doença é impedir a reprodução do mosquito, que procura água acumulada para colocar seus ovos em recipientes como pneus, latas, garrafas, pratos de vasos de planta, caixas d´água destampadas e piscinas não tratadas, entre outros. "Por isso, a orientação é inviabilizar e eliminar qualquer recipiente que possa juntar água, manter limpos locais como calhas, ralos e lajes e bem vedados ou telados os reservatórios de água", diz.

Os sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dor no corpo e dor por trás dos olhos. A pessoa com dengue também pode apresentar dor nas juntas e manchas vermelhas na pele. Ao apresentar algum destes sinais, o cidadão deve procurar o Centro de Saúde, evitar medicamentos à base da ácido acetilsalicílico, como aspirina, AAS, melhoral, entre outros, e tomar bastante líquido.

Desde janeiro deste ano, em Campinas, foram registrados 17 casos de dengue. Do total, oito são referentes a pessoas que contraíram a doença em outros municípios - chamados casos importados -, seis são autóctones - contraídos em Campinas – e três ainda estão em investigação. No mesmo período do ano passado, a Vigilância em Saúde havia confirmado 22 casos, dos quais seis eram autóctones.

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