Secretaria de Saúde leva ação anti-dengue à Escola Preparatória de Cadetes do Exército

14/04/2005

Denize Assis

A Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) recebeu nesta quinta-feira, dia 14 de abril, equipes da Secretaria Municipal de Saúde para uma grande ação de combate à dengue. Os trabalhos foram desenvolvidos por 15 profissionais da Vigilância em Saúde (Visa) Norte e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e 10 alunos da EsPCEx além de um capitão e um sargento. A atividade é mais uma da série de medidas desencadeadas pela Prefeitura de Campinas para o controle da dengue na cidade.

O grupo visitou todas as dependências da escola, inclusive salas de aula, vilas oficiais, residências, chafariz, estandes de tiro, locais de lazer entre outros. Durante a ação, foram inviabilizados criadouros e recolhidas amostras de larvas para identificar se é o Aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus da dengue.

Segundo o biólogo Ovando Provatti, da Visa Norte, o criadouro encontrado com mais freqüência no local foi o prato com água. No geral, segundo o biólogo, a situação da escola em relação à dengue é boa. Grande parte dos criadouros foram inviabilizados no momento da visita e os alunos foram orientados quanto à disposição dos recipientes.

As equipes aproveitaram a oportunidade para avaliar e orientar em relação aos abrigos de outros animais, como escorpiões e roedores. "Os problemas diagnosticados são poucos, simples de solucionar e só dependem de uma melhor organização", diz Ovando.

O biólogo informa que esta é a segunda ação de prevenção à dengue na escola este ano. Em fevereiro, antes da chegada dos alunos, os médicos da EsPCEx foram orientados para estarem atentos aos sintomas da dengue e identificarem e encaminharem casos suspeitos para o Centro de Saúde (CS) Eulina que é referência para a escola.

Parceria. A médica veterinária Tosca de Lucca, da Visa Norte, informa que o trabalho em parceria com a EsPCEx foi iniciado há três anos e, desde lá, equipes da Secretaria de Saúde têm abordado com os alunos, além da dengue, vários outros temas, entre eles febre maculosa e outras doenças transmitidas por carrapatos, leptospirose. "A idéia é que os cadetes reproduzam estas informações na própria escola e, depois, nas suas comunidades de origem em todas as regiões do Brasil", diz Tosca.

Nesta quinta-feira, além dos trabalhos na EsPCEx, a Prefeitura também promoveu arrastão contra a dengue na área do Centro de Saúde (CS) Tancredão, Região Sudoeste. Amanhã, dia 15, as ações ocorrem na área do CS São Vicente, Região Sul.

Os sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dor no corpo e dor atrás dos olhos. A pessoa com a doença também pode apresentar dor nas juntas e manchas vermelhas na pele. Ao manifestar algum destes sinais, o cidadão deve procurar o Centro de Saúde, evitar medicamentos à base da ácido acetilsalicílico, como aspirina, AAS, melhoral, entre outros, e ingerir líquido em abundância.

Desde janeiro deste ano, em Campinas, foram registrados 17 casos de dengue. Do total, oito são referentes a pessoas que contraíram a doença em outros municípios - chamados casos importados -, seis são autóctones - contraídos em Campinas – e três ainda estão em investigação. No mesmo período do ano passado, a Vigilância em Saúde havia confirmado 22 casos, dos quais seis eram autóctones.

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