Campanha de Vacinação de Idosos contra a gripe começa no dia 24

13/04/2006

Com o lema "Viva melhor, vacine-se contra a gripe", a Prefeitura Municipal de Campinas, por intermédio da Secretaria de Saúde (SMS) inicia no dia 24 de abril a 8 ª Campanha Nacional de Vacinação do Idoso contra a gripe. Este ano a meta é vacinar cerca de 70,8 mil pessoas, número que representa 70% da população campineira na faixa etária acima de 60 anos constituída por 101.151 mil habitantes. Também serão aplicadas doses contra difteria e tétano (dupla adulto) em adultos não vacinados. A vacina contra pneumonia (anti-pneumocócica) é oferecida em casos específicos.

As doses da vacina contra o vírus influenza, causador da gripe, estarão disponíveis durante a semana nos 47 centros de saúde e 14 módulos de saúde da família espalhados em todas as regiões da cidade, até o dia 5 de maio. No sábado, 29 de abril, dia da mobilização nacional, estas unidades atenderão das 8h às 17h. A Prefeitura vai colocar o telefone 156 à disposição para informações sobre os locais de vacinação. Os idosos devem levar a carteira de vacinas. Aqueles que ainda não possuem o documento receberão uma caderneta na campanha.

A Secretaria de Saúde solicitou 100 mil doses para Campinas. Em 2005, a campanha foi considerada um sucesso, com 75% (5% acima da meta) da população idosa vacinada. "A expectativa para este ano é repetir ou até melhorar este índice", diz a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da SMS.

Um dos motivos é a parceria firmada com o Conselho Municipal dos Idosos, que vai colaborar na divulgação da campanha junto às cerca de 150 entidades cadastradas, sendo que 14 trabalham especificamente com idosos.

Para a presidente do Conselho, Noêmia Rodrigues de Oliveira, a participação a campanha é de grande importância. "Está dentro das nossas diretrizes de estimular a prevenção", diz. Segunda ela, a vacina é fundamental na saúde do idoso, pois contribui para a melhoria do sistema imunológico, evitando doenças e prolongando o tempo de vida.

Durante a campanha, profissionais de saúde também vacinarão idosos em casas de repouso. No caso dos acamados, os familiares devem solicitar às respectivas equipes de Saúde da Família que a vacina seja feita no próprio domicílio.

Além dos idosos, também serão vacinados grupos populacionais considerados de maior risco, como portadores de doenças cardiovasculares, pulmonares, renais, metabólicas (diabetes mellitus) e hepáticas.

De acordo com Brigina, a vacina não provoca gripe ou qualquer outra doença. Ela ressalta que mesmo as pessoas que já foram vacinadas contra gripe em anos anteriores devem repetir a dose porque, a cada ano, a vacina tem uma composição diferente para proteger contra as novas cepas do vírus.

"A pessoa vacinada corre menos risco de desenvolver quadros graves de gripe, que requerem internação hospitalar e podem evoluir para pneumonia e outras complicações que levam à morte", diz. Segundo ela, os maiores de 60 anos são mais vulneráveis a esses quadros graves e é por isso que o Ministério da Saúde realiza, desde 1999, campanhas anuais de vacinação dirigidas aos idosos. Em Campinas, a campanha foi instituída em 1998.

O Brasil é um dos poucos países que têm oferecido gratuitamente a vacina para maiores de 60 anos. Países do mesmo nível socio-econômico conseguem implementar esse sistema. Além do Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Cuba, Estados Unidos, México e Uruguai são os países americanos que promovem a vacinação anual de idosos contra o vírus influenza.

 

Saiba mais:

Gripe e resfriado não são a mesma coisa

A gripe é uma doença muito contagiosa, causada pelo vírus influenza e transmitida de pessoa a pessoa pelo ar. Em geral, a gripe provoca febre alta, dor de garganta, tosse, dores no corpo e na cabeça, fraqueza, mal-estar, e pode evoluir para doenças mais graves, como pneumonia. Já o resfriado é causado por diferentes vírus. Seus sintomas são parecidos e podem ser confundidos com os da gripe. Porém, sintomas do resfriado são mais fracos e de curta duração. Normalmente, o resfriado provoca coriza, dor de garganta leve e, às vezes, febre.

A vacina raramente provoca reação

A vacina nunca provoca gripe. Quando alguém fica gripado dias após ter sido vacinado, é porque já estava contaminado pelo vírus da gripe e não houve tempo suficiente para a ação da vacina. Ainda assim, quando isso acontece, os sintomas da gripe são mais fracos. Algumas pessoas podem apresentar dor leve e pequena vermelhidão no local de aplicação. Em raras ocasiões, podem ocorrer febre baixa, mal-estar e dor no corpo, mas esses sintomas desaparecem entre 24 e 48 horas.

A vacina protege também contra outros problemas de saúde

As pessoas portadoras de doenças pulmonares, doenças do coração e dos vasos sangüíneos são ainda mais beneficiadas, pois a vacina diminui as complicações e o número de mortes provocadas por estas doenças.

Todos os homens e mulheres com 60 anos ou mais devem tomar a vacina

Principalmente aqueles que são cardíacos, asmáticos, diabéticos, hipertensos, que têm insuficiência renal ou hepática, portadores sintomáticos ou assintomáticos do vírus HIV ou com outro estado associado a baixa imunidade devem tomar a vacina contra a gripe.

A vacina faz efeito após duas semanas

A proteção oferecida pela vacina tem efeito após duas semanas da aplicação. Por isso, é importante que todas as pessoas com 60 anos ou mais recebam logo a sua dose. Todos devem procurar as equipes da vacinação, mesmo que já tenham tomado a vacina no ano anterior.

Quem não pode tomar a vacina

Pessoas que já tenham apresentado reação alérgica grave à dose anterior da vacina e a proteínas do ovo não devem receber a vacina. Também não devem tomá-la os portadores de doenças neurológicas em fase aguda comprovada: meningite, encefalite, surto de esclerose múltipla, derrame cerebral, traumatismo craniano e pós-operatório de tumores.

Fonte: Ministério da Saúde

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