Com o lema "Viva melhor,
vacine-se contra a gripe", a Prefeitura Municipal
de Campinas, por intermédio da Secretaria de Saúde
(SMS) inicia no dia 24 de abril a 8 ª Campanha
Nacional de Vacinação do Idoso contra a gripe. Este
ano a meta é vacinar cerca de 70,8 mil pessoas, número
que representa 70% da população campineira na faixa
etária acima de 60 anos constituída por 101.151 mil
habitantes. Também serão aplicadas doses contra
difteria e tétano (dupla adulto) em adultos não
vacinados. A vacina contra pneumonia (anti-pneumocócica)
é oferecida em casos específicos.
As doses da vacina contra o vírus
influenza, causador da gripe, estarão disponíveis
durante a semana nos 47 centros de saúde e 14 módulos
de saúde da família espalhados em todas as regiões
da cidade, até o dia 5 de maio. No sábado, 29 de
abril, dia da mobilização nacional, estas unidades
atenderão das 8h às 17h. A Prefeitura vai colocar o
telefone 156 à disposição para informações sobre
os locais de vacinação. Os idosos devem levar a
carteira de vacinas. Aqueles que ainda não possuem o
documento receberão uma caderneta na campanha.
A Secretaria de Saúde solicitou
100 mil doses para Campinas. Em 2005, a campanha foi
considerada um sucesso, com 75% (5% acima da meta) da
população idosa vacinada. "A expectativa para
este ano é repetir ou até melhorar este índice",
diz a enfermeira sanitarista Brigina Kemp,
coordenadora da Vigilância Epidemiológica da SMS.
Um dos motivos é a parceria
firmada com o Conselho Municipal dos Idosos, que vai
colaborar na divulgação da campanha junto às cerca
de 150 entidades cadastradas, sendo que 14 trabalham
especificamente com idosos.
Para a presidente do Conselho, Noêmia
Rodrigues de Oliveira, a participação a campanha é
de grande importância. "Está dentro das nossas
diretrizes de estimular a prevenção", diz.
Segunda ela, a vacina é fundamental na saúde do
idoso, pois contribui para a melhoria do sistema
imunológico, evitando doenças e prolongando o tempo
de vida.
Durante a campanha, profissionais
de saúde também vacinarão idosos em casas de
repouso. No caso dos acamados, os familiares devem
solicitar às respectivas equipes de Saúde da Família
que a vacina seja feita no próprio domicílio.
Além dos idosos, também serão
vacinados grupos populacionais considerados de maior
risco, como portadores de doenças cardiovasculares,
pulmonares, renais, metabólicas (diabetes mellitus) e
hepáticas.
De acordo com Brigina, a vacina não
provoca gripe ou qualquer outra doença. Ela ressalta
que mesmo as pessoas que já foram vacinadas contra
gripe em anos anteriores devem repetir a dose porque,
a cada ano, a vacina tem uma composição diferente
para proteger contra as novas cepas do vírus.
"A pessoa vacinada corre menos
risco de desenvolver quadros graves de gripe, que
requerem internação hospitalar e podem evoluir para
pneumonia e outras complicações que levam à
morte", diz. Segundo ela, os maiores de 60 anos são
mais vulneráveis a esses quadros graves e é por isso
que o Ministério da Saúde realiza, desde 1999,
campanhas anuais de vacinação dirigidas aos idosos.
Em Campinas, a campanha foi instituída em 1998.
O Brasil é um dos poucos países
que têm oferecido gratuitamente a vacina para maiores
de 60 anos. Países do mesmo nível socio-econômico
conseguem implementar esse sistema. Além do Brasil,
Argentina, Canadá, Chile, Cuba, Estados Unidos, México
e Uruguai são os países americanos que promovem a
vacinação anual de idosos contra o vírus influenza.
Saiba mais:
Gripe e resfriado não são a mesma
coisa
A gripe é uma doença muito
contagiosa, causada pelo vírus influenza e
transmitida de pessoa a pessoa pelo ar. Em geral, a
gripe provoca febre alta, dor de garganta, tosse,
dores no corpo e na cabeça, fraqueza, mal-estar, e
pode evoluir para doenças mais graves, como
pneumonia. Já o resfriado é causado por diferentes vírus.
Seus sintomas são parecidos e podem ser confundidos
com os da gripe. Porém, sintomas do resfriado são
mais fracos e de curta duração. Normalmente, o
resfriado provoca coriza, dor de garganta leve e, às
vezes, febre.
A vacina raramente provoca reação
A vacina nunca provoca gripe.
Quando alguém fica gripado dias após ter sido
vacinado, é porque já estava contaminado pelo vírus
da gripe e não houve tempo suficiente para a ação
da vacina. Ainda assim, quando isso acontece, os
sintomas da gripe são mais fracos. Algumas pessoas
podem apresentar dor leve e pequena vermelhidão no
local de aplicação. Em raras ocasiões, podem
ocorrer febre baixa, mal-estar e dor no corpo, mas
esses sintomas desaparecem entre 24 e 48 horas.
A vacina protege também contra
outros problemas de saúde
As pessoas portadoras de doenças
pulmonares, doenças do coração e dos vasos sangüíneos
são ainda mais beneficiadas, pois a vacina diminui as
complicações e o número de mortes provocadas por
estas doenças.
Todos os homens e mulheres com 60
anos ou mais devem tomar a vacina
Principalmente aqueles que são
cardíacos, asmáticos, diabéticos, hipertensos, que
têm insuficiência renal ou hepática, portadores
sintomáticos ou assintomáticos do vírus HIV ou com
outro estado associado a baixa imunidade devem tomar a
vacina contra a gripe.
A vacina faz efeito após duas
semanas
A proteção oferecida pela vacina
tem efeito após duas semanas da aplicação. Por
isso, é importante que todas as pessoas com 60 anos
ou mais recebam logo a sua dose. Todos devem procurar
as equipes da vacinação, mesmo que já tenham tomado
a vacina no ano anterior.
Quem não pode tomar a vacina
Pessoas que já tenham apresentado
reação alérgica grave à dose anterior da vacina e
a proteínas do ovo não devem receber a vacina. Também
não devem tomá-la os portadores de doenças neurológicas
em fase aguda comprovada: meningite, encefalite, surto
de esclerose múltipla, derrame cerebral, traumatismo
craniano e pós-operatório de tumores.
Fonte: Ministério da Saúde