Sobe para 45 o número de casos de dengue em Campinas

20/04/2006

Novo boletim divulgado nesta quinta-feira, dia 20, pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), revela que cresceu o número de casos de dengue em Campinas. Agora são 45 casos confirmados, sendo 34 autóctones e 11 autóctones. Outros 1.300 casos são considerados suspeitos.

Diante do aumento do número de casos, a Secretaria de Saúde de Campinas tem intensificado suas ações contra a dengue e na busca de novos casos da doença. O casos autóctones, ou seja, quando a pessoa é infectada pelo mosquito contaminado no próprio município, são considerados os mais preocupantes pela Vigilância em Saúde.

Outro fator considerado importante é que as pessoas contaminadas estão distribuídos por todas as regiões da cidade. Levantamento mostrou também um alto índice de larvas do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, em praticamente todos os bairros. As regiões mais atingidas são a Sul, com 16 casos, seguida da região Norte com 11 casos, da região Sudoeste com 10 casos, Noroeste, com 5 casos e Leste com 3 casos.

As equipes da saúde estão indo as residências fazendo o levantamento e controle de criadouros, busca ativa de suspeitos com sintomas em uma área de até nove quarteirões a partir da residência do contaminado e nebulização dos quarteirões dos casos positivos, em parceria com a Sucen.

A chuva e calor são propícios à proliferação do mosquito Aedes aegypti. São considerados criadouros os objetos que acumulam água e que precisam estar sempre limpos, como pneus, pratos de vasos, garrafas, latas, calhas, ralos, potes de animais, caixas d’água e outras vasilhas. O prato de vaso de flores aparece como o principal criadouro positivo.

O biólogo da vigilância sanitária do Distrito de Saúde Norte, Ovando Provatti, solicita aos moradores que colaborem e permitam a entrada das equipes que fazem a busca de criadouros e de pessoas que possam estar infectadas. Segundo ele, é de extrema importância que as pessoas abram suas casas para receber os profissionais de saúde, que estarão devidamente identificados", diz.

A Vigilância orienta aos profissionais de saúde para que estejam atentos a pessoas com febre, acompanhada ou não de outro sintoma como dor de cabeça, dor no corpo, mal-estar e exantema (manchas vermelhas na pele). É importante que os profissionais suspeitem, investiguem e notifiquem imediatamente os casos para que a Vigilância possa ser ágil para desencadear todas as medidas ambientais e sanitárias necessárias para evitar a propagação da doença.

De acordo com Naoko é fundamental a participação de todos os setores da sociedade nas medidas de combate ao Aedes aegypti. A expansão da epidemia está diretamente relacionada às ações de controle, principalmente as de eliminação de criadouros.

Na semana de 24 a 28 de abril, estão previstas ações de combate ao mosquito da dengue (Operação Catabagulho) na região Leste (segunda-feira), Região Noroeste (terça-feira), Região Norte (quarta-feira), Região Sudoeste (quinta-feira) e Região Sul (sexta-feira).

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