Campinas registra 66 casos de dengue

28/04/2006

Chega a 66 o número de casos de dengue confirmados em Campinas nos primeiros quatro meses do ano. Deste total, 48 são autóctones, 11 importados e 7 continuam em investigação. Os dados são do boletim divulgado nesta sexta-feira, 28, pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O boletim anterior, do dia 20, apontava para 45 casos confirmados, sendo 34 autóctones.

De acordo com o novo levantamento, as regiões mais atingidas são a Sul com 22 casos, seguida da região Norte com 21, Sudoeste com 13, Noroeste com 5 e Leste com 5 casos.

Nesta sexta-feira, a Vigilância em Saúde (Visa Sul) realizou uma megaoperação catabagulho na área de abrangência do Centro de Saúde São Vicente (Jardim Centenário, Vila Formosa e Jardim Bonsucesso), no Distrito Sul, onde este ano também foram confirmados 8 casos de leptospirose.  

A operação envolveu cerca de 30 profissionais de saúde e dois caminhões para recolher lixo. Até o começo da tarde haviam sido retiradas 12 toneladas de entulho. Apesar da operação estar programada para terminar às 12 horas, as equipes continuaram à tarde, devido a grande quantidade de lixo encontrada. O surgimento da doença é atribuído à proliferação de ratos, que encontram abrigo e alimento em lixões e entulhos.  

Dengue  

A Secretaria Municipal de Saúde tem intensificado suas ações contra a dengue e na busca de novos casos da doença. Os casos autóctones, ou seja, quando a pessoa é infectada pelo mosquito contaminado no próprio município, são considerados os mais preocupantes pela Vigilância em Saúde.

As equipes da Saúde estão indo às residências fazendo o levantamento e controle de criadouros do mosquito Aedes aegypti, busca ativa de suspeitos com sintomas em uma área de até nove quarteirões a partir da residência do contaminado, e nebulização dos quarteirões dos casos positivos, em parceria com a Sucen (Superintendência de Controles de Endemia).

São considerados criadouros os objetos que acumulam água e que precisam estar sempre limpos, como pneus, pratos de vasos, garrafas, latas, calhas, ralos, potes de animais, caixas d’água e outras vasilhas. O prato de vaso de flores aparece como o principal criadouro.  

A médica sanitarista da SMS Naoko Silveira, alerta para a importância dos moradores permitirem a entrada das equipes que fazem a busca de criadouros e de pessoas que possam estar infectadas. 

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