Campinas reduz mortalidade e
aumenta expectativa de vida
|
03/04/2007
|
Dados
foram divulgados na manhã desta terça-feira, dia 3,
pelo prefeito, dr. Hélio de Oliveira Santos, e pelo
secretário de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva,
durante coletiva para a imprensa
O
prefeito de Campinas, dr. Hélio de Oliveira Santos,
e o Secretário Municipal de Saúde, José Francisco
Kerr Saraiva, divulgaram nesta terça-feira, dia 3 de
abril, durante coletiva para a imprensa, dados
inéditos sobre a situação da mortalidade infantil e
da mortalidade por homicídios em Campinas e sobre a
expectativa de vida do campineiro ao nascer.
O
prefeito e o secretário comentaram a queda nos
índices – que são menores do que a média do Estado
de São Paulo e do Brasil - e as ações de prevenção e
controle desencadeadas pelo município.
Os
dados apontam que em 2006 a taxa de homicídios foi
de 17,2 a cada grupo de 100 mil habitantes, uma
queda de quase 50% em relação a 2004, quando a taxa
foi de 34,06/100 mil. Em relação à mortalidade
infantil, em 2006, a taxa de mortalidade foi de 10,1
a cada 1 mil nascidos vivos, o que representa
redução de mais de dois pontos percentuais em
relação ao ano de 2005, quando foram registrados
12,34/1 mil nascidos vivos.
Estes
índices, aliados à redução da mortalidade por
doenças cardiovasculares e por diabetes mellitus,
tiveram impacto direto na esperança de vida do
cidadão campineiro. Em 2006, ao nascer, a
expectativa de vida de cada morador de Campinas foi
de 74,8 anos, o que representa um aumento de mais de
um ponto percentual em ralação ao ano de 2000,
quando a esperança de vida era de 73,44 anos.
Segundo o prefeito, a queda na taxa de mortalidade
por homicídios coincide com os resultados positivos
divulgados hoje pela Secretaria de Segurança Pública
do Estado, que mostram uma queda de 66% em Campinas
e que são resultado de uma ação coercitiva conjunta
entre as diversas esferas da Polícia.
“Mas o
que mais tem contribuído para a queda nestes índices
com certeza é a intervenção do poder público
municipal, principalmente em áreas estigmatizadas e
de maior vulnerabilidade, que sofriam com o abandono
social e que estão sendo compensadas com ações nas
áreas de lazer e cultura, saúde, infra-estrutura,
educação, transportes, ação social e outras”,
afirmou dr. Hélio.
O
prefeito ressaltou a competência da saúde pública
neste contexto e informou que, após o feriado da
Semana Santa, a Administração Municipal vai
estabelecer uma agenda no sentido de prevenir a
violência urbana com ações educativas, repressivas,
de reabilitação e promocionais. O trabalho vai
envolver diversas secretarias municipais e
Organizações Não-Governamentais (ONGs), além da
Guarda Municipal e vai atuar em várias frentes,
inclusive no combate e prevenção ao alcoolismo,
integrando escolas e comunidades.
O
secretário de Saúde também comentou a queda nos
índices e afirmou que “o mais bonito” na redução da
mortalidade na infância, em adultos jovens e na
terceira idade é que esta diminuição reflete
diretamente na esperança de vida. “Isto mostra o
melhor controle social da cidade. Sem dúvida é muito
importante que a população viva mais, com qualidade
e de forma digna. Nossa diretriz é desencadear ações
que possam dar sustentabilidade e continuidade a
este processo”, disse Francisco Saraiva. Ele
ressaltou ainda a importância da divulgação dos
dados. “São dados vitais, não só para a comunidade,
mas para embasar gestores e profissionais tanto da
saúde pública como de outros setores da
Administração”.
Denize
Assis
Taxa de
homicídios segundo sexo.Campinas, 1996-2006.
Ano do Óbito |
Feminino |
Masculino |
Total |
1996 |
5,81 |
68,01 |
36,20 |
1997 |
4,23 |
74,86 |
38,74 |
1998 |
6,89 |
107,25 |
55,92 |
1999 |
8,44 |
117,42 |
61,68 |
2000 |
8,04 |
94,46 |
50,13 |
2001 |
6,55 |
101,51 |
52,80 |
2002 |
7,05 |
98,01 |
51,36 |
2003 |
7,16 |
93,18 |
49,06 |
2004 |
4,21 |
65,49 |
34,06 |
2005 |
2,80 |
41,82 |
21,80 |
2006 |
2,58 |
32,75 |
17,27 |
|
|
|
|
Fonte :
SIM/SMS-Campinas ( de 2000a 2006) e Datasus
de 1996 a 1999 |
Mortalidade
Infantil e seus componentes ( neonatal e
pósneonatal)- Campinas de 1990 a 2006
Ano |
Nascidos
vivos |
0-27 dias |
28-364 dias |
< 1 ano |
Taxa Neonatal |
Taxa
Pósneonatal |
Taxa Infantil |
1990 |
15421 |
220 |
43 |
367 |
14,27 |
2,79 |
23,8 |
1991 |
16241 |
209 |
39 |
338 |
12,87 |
2,4 |
20,81 |
1992 |
15813 |
219 |
52 |
349 |
13,85 |
3,29 |
22,07 |
1993 |
15669 |
202 |
49 |
279 |
12,89 |
3,13 |
17,81 |
1994 |
15945 |
181 |
45 |
282 |
11,35 |
2,82 |
17,69 |
1995 |
15971 |
212 |
58 |
314 |
13,27 |
3,63 |
19,66 |
1996 |
16131 |
177 |
35 |
272 |
10,97 |
2,17 |
16,86 |
1997 |
16784 |
184 |
49 |
268 |
10,96 |
2,92 |
15,97 |
1998 |
17201 |
133 |
39 |
221 |
7,73 |
2,27 |
12,85 |
1999 |
16848 |
164 |
39 |
231 |
9,73 |
2,31 |
13,71 |
2000 |
16178 |
142 |
37 |
229 |
8,78 |
2,29 |
14,16 |
2001 |
14609 |
122 |
34 |
179 |
8,35 |
2,33 |
12,25 |
2002 |
14054 |
126 |
31 |
172 |
8,97 |
2,21 |
12,24 |
2003 |
13847 |
127 |
30 |
170 |
9,17 |
2,17 |
12,28 |
2004 |
14227 |
105 |
27 |
159 |
7,38 |
1,9 |
11,18 |
2005 |
13942 |
117 |
37 |
172 |
8,39 |
2,65 |
12,34 |
2006 |
13377 |
100 |
34 |
134 |
7,47 |
2,54 |
10,01 |
|
|
|
|
|
|
|
|
Fonte : SIM/SMS-Campinas |
|
|
|
|
|
Taxa de
mortalidade infantil - óbito por 1000
nascidos vivos |
|
|
|
Esperança de vida
ao nascer para Campinas em 2005
Total - 74,82
Homens - 71,26
Mulheres - 78,45
Esperança de Vida
aos 60 anos para Campinas em 2005
Total - 20,19
Homens - 18,18
Mulheres - 20,08
Fonte:
SIM/SMS-Campinas
|
Volta
ao índice de notícias |